Huayra Codalunga: Pagani lança versão alongada do supercarro
Pagani lança edição especial do Huayra, batizada de Codalunga, com apenas cinco unidades para atender a pedido de um grupo seleto de clientes
Pagani lança edição especial do Huayra, batizada de Codalunga, com apenas cinco unidades para atender a pedido de um grupo seleto de clientes
A Pagani acaba de apresentar o Huayra Codalunga, versão com balanço estendido do supercarro italiano. Como o nome sugere, o supercarro tem traseira esticada.
Trata-se de um recurso aerodinâmico para melhorar a estabilidade do carro em velocidades elevadas e também permitir melhor comportamento nas curvas. Isso porque a corroceria alongada aumenta o arrasto sobre o carro, mantendo principalmente o eixo traseiro pressionado contra o chão.
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É como se fosse um aerofólio natural. Com isso, as chances de a traseira se “soltar” numa tangente é menor. Isso significa que o piloto pode entrar com mais voracidade na curva que o carro irá segurar.
O Codalunga é uma série limitada com apenas cinco unidades e valor unitário de 7 milhões de euros (R$ 37,6 milhões). Ela atende ao pedido de um grupo seleto de clientes (como se os compradores da Pagani já não fossem seletos) que buscavam não apenas um design diferenciado, mas também um comportamento mais próximo de um bólido de competição.
De resto é o bom e velho Pagani Huayra de sempre. Ele é equipado com V12 biturbo 6.0, de posição central, fornecido pela AMG. O bloco alemão entrega nada menos de 840 cv e 110 kgfm de torque. Ele ainda conta com transmissão sequencial de sete marchas e a tração é traseira.
Esse Pagani é um carro de corridas travestido de um supercarro de luxo. Ele ainda conta com suspensão independente de braços sobrepostos feitos com liga de alumínio. O chassi utiliza liga de carbono-titânio e monocoque em fibra de carbono. Tudo isso garante peso de apenas 1.280 kg.
No entanto, a solução do Codalunga não é uma primazia. Na verdade, esse conceito é utilizado desde a década de 1960, como o Ford GT40 MKIV, Ferrari 330 P3 e Porsche 917. Esse tipo de carroceria foi pensado principalmente superar os os 6 km da reta Mulsanne, nas 24 Horas de Le Mans, com o máximo de velocidade, mas sem deixar que o carro literalmente decolasse.
Funcionou tão bem que os carros das categorias superiores passaram a ser desenhados nesse formato. O Peugeot WM P88 ainda detem o recorde de velocidade na Mulsanne, com impressionantes 407 km/h. O protótipo da Welter Racing era equipado com V6 biturbo 3.0 de 910 cv. Em 1990 duas chicanes foram fragmentaram a Mulsanne justamente para evitar que um dos carros levantasse voo na pista.
Esse conceito de arquitetura perdura até os dias hoje, principalmente nas categorias de protótipos. No entanto, também foi utilizado em carros de produção limitada, que disputaram categorias GT1.
Modelos como Porsche 911 GT1, Mercedes-Benz CLK GTR, McLaren F1 GTR “Long Tail” e Nissan R390 beberam nessa fonte nos anos 1990. A própria Ferrari F50 é foi um carro desenhado com base nesse conceito, com um longo capô traseiro plano, auxilido pelo aerofólio integrado.
Recentemente a McLaren apresentou o Longtail, que era um com proposta aerodinâmica, com câmeras escamoteáveis no lugar dos retrovisores, rodas fechadas e uma traseira comprida. Mas assim como o Pagani, não foi elaborado para as pistas, mas para seletos clientes que dificilmente levarão esses carros ao limite na reta Mulsane.
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Que loucura!