Para reverter queda nas vendas, Tesla estuda decisão que jurou não tomar

Com vendas em declínio, Tesla começa a abrir mão de antigas convicções e estuda implantar o CarPlay em seus carros pela primeira vez

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Desde sempre, Tesla recorre a software próprio em suas multimídias (Foto: Tesla | Divulgação)
Por Eduardo Passos
Publicado em 17/11/2025 às 12h00

A Tesla é conhecida por seu ecossistema de software fechado nas centrais multimídia, com forte resistência de Elon Musk em adotar padrões da indústria. A marca, entretanto, pode estar mudando: isso porque a Tesla deu o primeiro sinal de que pode ceder aos clientes e permitir a integração com o Apple CarPlay. A iniciativa seria mais uma para reverter as quedas nas vendas de seus modelos.

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O movimento, ainda tímido, veio com o anúncio de atualizações para o Cybertruck, que receberá suporte nativo a áudio “lossless” (sem perdas) do Apple Music. Embora não seja a integração completa do CarPlay —que espelha a interface do iPhone e seus aplicativos na tela do veículo—, a concessão é vista como um primeiro passo na quebra de paradigma.

Recusa ao CarPlay

Por anos, Elon Musk insistiu que o sistema de entretenimento próprio da Tesla era superior e que os usuários não precisavam do CarPlay ou do Android Auto. Essa postura, no entanto, era um ponto de frustração para muitos proprietários, além de uma barreira de compra significativa para consumidores acostumados com a conveniência dos sistemas da Apple e do Google, presentes em quase todos os concorrentes.

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Novo Tesla Model Y Standard, mais barato, não foi capaz de reverter quedas nas vendas da marca (Foto: Tesla | Divulgação)

A recusa em adotar o CarPlay era vista por analistas como uma desvantagem competitiva, alienando uma grande parcela do mercado que valoriza a integração direta com seus smartphones. A introdução do Apple Music sugere que a Tesla, pressionada por resultados, está finalmente ouvindo esse feedback.

Essa flexibilização ocorre em paralelo a outra mudança drástica: o início de publicidade paga em plataformas como Facebook e Instagram. Ambos os movimentos indicam que a empresa está disposta a sacrificar princípios antes inflexíveis para atrair novos compradores e reverter o cenário de vendas em queda.

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