'Passageiro reborn' virou mania, mas tem que respeitar a lei

Por Júlia Haddad
Sob supervisão de Marcelo Jabulas
Publicado em 25/06/2025 às 08h00

No trânsito agitado das grandes cidades, uma cena curiosa vem chamando a atenção: motoristas dirigindo com um boneco inflável no banco do carona. Pode parecer estranho à primeira vista, mas essa tendência tem uma explicação.

Compartilhe no WhatsApp

Compartilhe no Telegram

VEJA TAMBÉM:

Inspirado na popularidade dos bebês reborn, surgiu o chamado passageiro reborn, um boneco inflável com aparência humana, criado para oferecer mais segurança a quem dirige sozinho, especialmente mulheres. A ideia é simples: a presença de um “acompanhante” no veículo pode inibir abordagens e tentativas de assalto, muito comuns em áreas urbanas.

Um dos modelos mais conhecidos é o boneco Wilson, desenvolvido pelo empresário Roberto “Juca” Amaral. Com aparência de um homem grande e sério, ele possui formato anatômico e traços realistas que facilmente confundem os olhos dos bandidos. O boneco acompanha uma bomba elétrica que se conecta à tomada 12 V do carro, permitindo que o motorista o encha de ar rapidamente.

Mas a criatividade dos motoristas também tem ganhado destaque nas redes sociais. Circulam vídeos e fotos de pessoas improvisando seus próprios passageiros com o que têm em casa: jaquetas recheadas com almofadas, cabides com bonés, cabeças de manequins e até espantalhos adaptados. A ideia continua à mesma, que é parecer que não estão sozinhos no carro.

A invenção caiu no gosto de muita gente, não só entre mulheres, mas também entre homens que trabalham com fretes e buscam mais segurança durante suas rotas. O passageiro reborn é vendido por R$ 690, com desconto para pagamentos via Pix, que saem por R$ 455.

Passageiro reborn pode dar multa

Mas o motorista que fizer uso do boneco deve ficar atento às normas de trânsito. O boneco deve estar afivelado ao cinto de segurança. Afinal, como ele simula um passageiro humano é preciso que siga a legislação.