A Ford emitiu um alerta incomum para os proprietários do exclusivo GTD: o uso imediato pode arruinar o acabamento do supercarro.
Os sortudos selecionados pela Ford para desembolsar cerca de US$ 325 mil (R$ 1,8 milhão em conversão direta) pelo exclusivo Mustang GTD receberam uma orientação incomum: paciência. A fabricante recomenda que os novos proprietários aguardem ao menos 30 dias antes de colocar o esportivo de 815 cv na estrada ou aplicar películas protetoras sobre a carroceria.
A exigência não é um capricho, mas uma necessidade técnica do processo de “cura” da pintura. Ao contrário dos modelos de produção em massa, o Mustang GTD utiliza painéis de fibra de carbono em larga escala, que não passam pelos tradicionais fornos de secagem rápida das linhas de montagem convencionais.
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O fenômeno central é a desgaseificação da fibra de carbono. Durante o período inicial, microbolhas de ar e resíduos químicos presos no material buscam a superfície. Segundo a Ford, é necessário um tempo natural de estabilização para que esses gases sejam liberados sem comprometer o acabamento. Caso o carro seja exposto a altas velocidades ou variações térmicas intensas precocemente, a pintura pode apresentar bolhas ou poros permanentes.

Outro grande risco do esportivo reside na aplicação do PPF (Paint Protection Film). Embora a película seja o primeiro investimento de donos de supercarros para evitar riscos, no GTD ela pode ser fatal para a estética. Se aplicado antes da cura total, o filme sela a superfície e impede a saída dos gases, “aprisionando-os” sob a camada plástica. O resultado é um dano irreversível que exigiria a repintura completa dos componentes.
O prazo de espera pode se estender até 90 dias em climas mais frios. Para quem adquiriu o Mustang mais potente da história, o teste final não é nas pistas, mas na garagem.
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