Embarcação brasileira se viu em meio à região de conflito entre Estados Unidos e Venezuela durante viagem de retorno ao país
Nas guerras modernas, milhares de usuários da internet se dedicam a monitorar atividades das zonas de conflito. Ontem, esses analistas se surpreenderam com um navio da Marinha do Brasil, que navegava bem próximo à costa da Venezuela.
Nas redes sociais, houve quem acusasse o Brasil de tomar parte dos vizinhos no conflito. O navio, diziam os desconfiados, estaria mapeando a frota norte-americana no local, a fim de repassar informações aos venezuelanos.
AutoPapo, entretanto, apurou que tudo não passa de uma coincidência.

A embarcação da Marinha que passou pela costa da Venezuela é o Navio-Escola Brasil. Esse é o principal equipamento de treinamento da Marinha e, anualmente, cruza o mundo em uma viagem de treinamento.
A ideia é que os futuros oficiais da Marinha, recém-saídos da Escola Naval, possam colocar o aprendizado em prática, ao visitarem até 18 países em quatro continentes. A cada parada, o NE Brasil também serve para estreitar laços diplomáticos e receber visitas, entre outras funções sociais.
A Viagem de Instrução de Guardas-Marinha, como é chamada, já ocorre há 39 anos, de agosto a dezembro. Justamente por isso, o NE Brasil passava pela Venezuela em seu retorno, com parada em Belém (PA) marcada para os próximos dias.
🇺🇸🇧🇷🇻🇪 A Brazilian warship is currently sailing east along Venezuela’s northern coast, just off the shores of Curacao and Caracas.
Its radar systems are capable of detecting every U.S. military vessel in the region.
The ship is mapping the Caribbean theater as tensions escalate… pic.twitter.com/eFuvsbCUgF
— DD Geopolitics (@DD_Geopolitics) December 4, 2025
Por não carregar armas, o NE Brasil pode passar até à beira da costa venezuelana sem cometer um ato hostil. É a chamada “passagem inocente”, prevista na convenção da ONU que rege as leis do mar.
Em termos de laços militares, entretanto, o Brasil — oficialmente neutro na questão — se alinha mais é com os Estados Unidos.
Nesta quarta (3), por exemplo, três aviões tanque KC-135R pousaram no aeroporto de Belém. Novamente, porém, não houve ligação com a Venezuela, já que os aviões da Força Aérea dos EUA apenas auxiliavam no translado de caças F-16 até a Argentina.
Mais significativa é a Operação Southern Seas, que ocorre em parceria da Marinha do Brasil com a dos EUA, incluindo operações navais e aeronavais de ambos países nas águas do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
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