Inspirada pelo Hyundai Ioniq 5 N, marca alemã planeja sistema que simula trancos e sons de motor para recuperar a emoção ao volante nos carros elétricos
A Porsche planeja implementar um sistema de “transmissão virtual” no Taycan a partir da linha 2027. A novidade, que busca emular a sensação mecânica de trocas de marcha, representa uma mudança de paradigma para a fabricante alemã e segue o caminho trilhado pelo Hyundai Ioniq 5 N — modelo cujo envolvimento ao volante foi publicamente elogiado por Frank Moser, responsável pelas linhas 718 e 911.
A informação foi antecipada pelo site The Drive e, segundo fontes ligadas à marca, detalhada a gerentes de concessionárias durante um encontro recente em Atlanta (EUA). A previsão é que as encomendas para o Taycan atualizado sejam abertas em agosto de 2026, com entregas no final do mesmo ano. O movimento é interpretado pelo mercado como uma resposta à demanda de puristas por uma condução mais emocional em veículos a bateria.
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O recurso, contudo, não deverá ser retroativo. Como o sistema exige hardware específico, como paddle shifters (borboletas) no volante para o comando das marchas virtuais, modelos fabricados até 2026 ficarão de fora. Oficialmente, a Porsche mantém a cautela: em nota, declarou apenas que “testa continuamente novas tecnologias”, condicionando a adoção final aos resultados de pesquisa e desenvolvimento.
Embora houvesse expectativa de que o futuro Cayenne elétrico estreasse a tecnologia, o cronograma de desenvolvimento inviabilizou o lançamento a tempo no SUV. Assim, o Taycan assume o posto de vitrine tecnológica. Atualmente oferecendo de 402 cv na versão de entrada a mais de 1.000 cv na configuração Turbo GT, o sedã possui a plataforma ideal para validar se a simulação de trancos e sons convence o público de alta performance.
A estratégia da Porsche não é isolada. Com a aceleração linear dos elétricos tornando-se padrão, as marcas premium buscam diferenciais nostálgicos. Além da Hyundai, a BMW desenvolve o sistema “Heart of Joy” para o novo iX3, focado em entregar um feedback mais visceral. O futuro 718 elétrico também está na fila para receber a transmissão simulada, reforçando que o silêncio absoluto pode não ser o único futuro da mobilidade elétrica.
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