Acostumada a ver seus carros valorizarem após a compra, marca inglesa enfrenta a realidade do mercado de elétricos com seu novo cupê
O mercado de ultraluxo, historicamente blindado contra a depreciação imediata, enfrenta uma anomalia com a chegada da eletrificação. Nos Estados Unidos, concessionárias da Rolls-Royce começaram a aplicar descontos agressivos no Spectre, o primeiro cupê totalmente elétrico da marca britânica.
O movimento contraria a lógica desse segmento, onde a escassez costuma gerar ágio, e expõe a resistência do consumidor de alta renda à volatilidade dos veículos a bateria.
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Lançado em 2022 com a promessa de substituir gradualmente os icônicos motores V12, o Spectre chegou ao mercado com preços-base na casa dos US$ 420 mil (cerca de R$ 2,24 milhões). No entanto, o cenário atual de revenda aponta para uma correção severa.
Segundo o Carscoops, relatórios de mercado identificaram unidades seminovas, ano 2024 e com baixíssima quilometragem, sendo ofertadas com reduções que variam entre US$ 136 mil e US$ 158 mil (aproximadamente R$ 725 mil e R$ 842 mil) em relação ao preço de etiqueta.
Em um caso específico, um modelo com apenas 4.000 km rodados foi listado por US$ 385 mil, um valor muito abaixo do esperado para um Rolls-Royce recém-saído da fábrica.

A desvalorização do Spectre não é um caso isolado, mas sintoma de um mercado saturado. Diferente dos clássicos a combustão, que mantêm valor pela mecânica e tradição, os elétricos de luxo são percebidos cada vez mais como produtos tecnológicos, sujeitos à obsolescência rápida de baterias e software.
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