Seu mecânico sabe mexer em carro elétrico? Agora ele tem um manual oficial para isso

Com o aumento da frota eletrificada, documento da ABNT e apoiado pela Anfavea visa qualificar mão de obra e garantir reparos seguros

Abnt lança manual de conduta para salvar o pós-venda de veículos eletrificados
O manuseio de baterias de alta tensão exige ferramentas isoladas e protocolos rigorosos definidos pela PR 1025 (Foto: Reprodução)
Por Tom Schuenk
Publicado em 24/12/2025 às 14h00

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) publicou a Prática Recomendada (PR) 1025, um documento que estabelece as primeiras diretrizes oficiais para a manutenção de veículos elétricos e híbridos no Brasil. A medida visa preencher uma lacuna técnica no setor de pós-venda, que enfrenta o desafio de acompanhar a rápida eletrificação da frota nacional sem uma infraestrutura de serviços padronizada.

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Atualmente, o crescimento das vendas expôs a escassez de mão de obra qualificada para lidar com sistemas de alta tensão. O receio de proprietários e do mercado é que oficinas operem de forma tradicional em motores que exigem rigor científico, aumentando o risco de acidentes fatais e prejuízos mecânicos.

Segurança e qualificação profissional

Diferente de uma lei, a PR 1025 funciona como um manual técnico de excelência. O texto abrange toda a cadeia automotiva, estabelecendo protocolos desde o mecânico de bancada até serviços de reboque e blindagem. A principal vantagem do formato “Prática Recomendada” é a agilidade: o documento pode ser atualizado constantemente para acompanhar a evolução das baterias.

A norma estrutura o setor em pilares fundamentais:

  • Gestão de Risco: Protocolos rígidos para manipulação de sistemas de alta voltagem, visando a segurança do trabalhador;
  • Níveis de Competência: Classificação técnica que separa profissionais aptos a realizar reparos complexos daqueles autorizados apenas para manutenções periféricas;
  • Formalização: Transforma o reparo em processo auditável, retirando o setor da informalidade técnica.

Impacto jurídico e seguradoras

Desenvolvida com apoio da Anfavea, IQA e Sindirepa, a norma confere segurança jurídica ao mercado. Embora não seja obrigatória por lei, ela deve se tornar o parâmetro exigido por montadoras e seguradoras para a validação de garantias e pagamento de sinistros.

A curto prazo, a conformidade com a ABNT tende a deixar de ser um diferencial para se tornar um requisito de operação. Para o consumidor, a medida oferece a garantia de que o veículo será manipulado segundo padrões de segurança validados internacionalmente, mitigando os riscos inerentes à tecnologia de propulsão elétrica.

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