Sistemas de assistência na condução estão deixando motoristas mais “barbeiros”

Sistemas de assistência no trânsito vieram com o intuito de ajudar o motorista, mas dispositivos podem desenvolver a função contrária

Motoristas devem ficar atentos antes de confiar demais nos sistemas de assistência a direção
Sistemas de assistência ao motorista tem causado alguns incidentes no trânsito (Foto: Reprodução)
Por Bernardo Castro
Publicado em 07/04/2022 às 17h32

Ao comprar um carro, as pessoas têm optado cada vez mais pelos que vem recheados de aparelhos tecnológicos e com sistema de assistência ao motorista. Afinal, todo mundo quer dirigir o mais “certinho” possível para evitar eventuais danos no veículo.

De fato, esses dispositivos auxiliam na condução e ajudam a evitar acidentes de maior ou menor gravidade. No entanto, o sistema de assistência também está deixando o motorista em uma zona de conforto que pode, eventualmente, resultar em problemas no trânsito.

Há algum tempo já se discutia se todos esses aparatos tecnológicos poderiam ter algum efeito prejudicial na condução, e um relatório da CCC Intelligent Solutions – empresa responsável por ornece serviços digitais e de dados para seguradoras, fabricantes de automóveis e oficinas – confirmou essa teoria.

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Mesmo com a expansão do sistema de assistência ao motorista,  as mortes por acidentes de carro nos Estados Unidos aumentaram 18% no primeiro semestre de 2021. Número recorde nos últimos 15 anos. Além disso, o número de pessoas que estão dirigindo sob o efeito de drogas (lícitas ou não) e sem o cinto de segurança, também aumentou.

Susanna Gotsch, diretora sênior e analista do setor da CCC, afirmou que essa alta está relacionada com a “comodidade” dos motoristas.

Existe a preocupação de que o controle de cruzeiro adaptativo e outros recursos tenham levado os motoristas a acreditarem que estão muito mais seguros, e por isso não prestam a devida atenção na estrada.Assim, o motorista pode não estar apto para assumir o controle do veículo com rapidez suficiente.

Todo esse equipamento também tem impactou o tempo de serviço das oficinas mecânicas que aumentou, juntamente com o custo. O preço médio para reparos de veículos aumentou 15% em relação a 2019, o último ano pré-pandemia registrado.

Ademais, O valor médio das peças subiu de US$ 122 (aproximadamente R$578) em 2019 para US$ 136 (R$ 644) em 2021. Os reparos também estão demorando dois dias a mais do que o normal, enquanto os trabalhos mais “elaborados” demoram em média cinco dias a mais.

A tecnologia também afeta o preço final do carro 0 km. O Boris já comentou sobre esse assunto aqui no AutoPapo:

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