Projeto liderado por ex-funcionários da marca mantém visual dos anos 70, mas acelera de 0 a 100 km/h em 4 segundos
Quase quatro décadas após sair de linha, o icônico Lotus Esprit Série 1 ganhou uma releitura moderna pelas mãos da Encor, startup britânica fundada por ex-funcionários da montadora. O projeto, batizado de Encor Series 1, terá produção limitada a apenas 50 unidades, com preço inicial fixado em £ 430 mil (aproximadamente R$ 3,2 milhões na conversão direta).
Embora mantenha a estética fiel ao cupê desenhado por Giorgetto Giugiaro na década de 1970, o modelo não é uma simples restauração. Sob a carroceria, o carro utiliza como base o chassi mais rígido e avançado do Esprit Série 4 V8, produzido em meados dos anos 1990. “Queríamos respeitar o original, mas sem ficar limitados por ele”, define Will Ives, engenheiro-chefe da Encor, descrevendo o conceito como uma evolução técnica do clássico.
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A mudança mais radical está no desempenho: o modesto motor 2.0 de quatro cilindros do modelo original foi substituído pelo 3.5 V8 biturbo do Série 4. O propulsor foi totalmente reconstruído com novos pistões, turbocompressores e injetores, elevando a potência para 400 cv e o torque para 47,5 kgfm — um salto de 240 cv em relação ao carro de 1976.
Com peso reduzido para 1.200 kg graças ao uso extensivo de materiais leves, o esportivo atinge uma relação peso-potência de 333 cv/tonelada, comparável a um Aston Martin Vantage moderno. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 4 segundos, reduzindo pela metade o tempo do Esprit original.
Para lidar com a força extra, a transmissão manual de cinco marchas foi reforçada, mantendo a carcaça original, mas renovando os componentes internos e adicionando um diferencial de deslizamento limitado. Segundo a Encor, a eletrificação chegou a ser cogitada, mas foi descartada para preservar a experiência de purismo mecânico.

A antiga carroceria de fibra de vidro foi substituída por painéis de fibra de carbono moldados nas proporções exatas do Série 1, garantindo maior rigidez e metade do peso. O design preserva o perfil em cunha, mas adota toques contemporâneos, como faróis escamoteáveis de LED que exigem menor ângulo de abertura, favorecendo a aerodinâmica.
No interior, o saudosismo convive com a tecnologia. O acabamento em madeira e a manopla de câmbio clássica dividem espaço com uma central multimídia de 10,1 polegadas e um quadro de instrumentos digital. O chassi também recebeu reforços estruturais em fibra de carbono para proteção contra capotamento, adequando o clássico aos padrões de segurança atuais.
















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