Stellantis, Hyundai e General Motors suspendem produção no Brasil
Em momento de baixa na econômia local, empresas precisaram interromper produção de alguns modelos e deram férias coletivas aos funcionários
Em momento de baixa na econômia local, empresas precisaram interromper produção de alguns modelos e deram férias coletivas aos funcionários
Stellantis, Hyundai e General Motors confirmaram que vão suspender suas operações a partir desta segunda-feira (20) em algumas fábricas do Brasil por um período de, aproximadamente, duas semanas. A razão pela paralização no trabalho está atrelada à queda de vendas e, por isso, os funcionários receberam férias coletivas.
A medida tem como objetivo reduzir o acúmulo de carros em estoque nos galpões das montadoras, já que as vendas do setor estão em queda desde 2022, muito por conta do momento de desaceleração da economia do Brasil. Além do baixo número de retiradas, as fabricantes também estão sofrendo com a falta de componentes, como os chips semicondutores, que já impediu que mais de 600 mil automóveis fossem fabricados por aqui.
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Com isso, a Hyundai vai suspender a fabricação do Creta e do HB20 em Piracicaba, no interior de São Paulo, por três semanas – mesmo período em que foi concedida as férias coletivas dos funcionários.
A General Motors, por sua vez, vai paralisar sua fábrica de São Paulo, responsável pela picape S10 e o SUV Trailblazer, a partir do dia 27 de março. A previsão é que as atividades sejam retomadas no dia 13 de abril.
O impacto na Stellantis é um pouco maior, já que terá quatro modelos com produção suspensa. A holding dona da Fiat e da Jeep vai deixar de produzir os SUVs Renegade, Compass e Commander, além da picape Toro na planta de Goiana, em Pernambuco.
Em 2019, último ano pré-pandemia, o setor automotivo do Brasil registrou 2,8 milhões de veículos vendidos. Em 2022, quando as coisas começaram a se normalizar, as vendas tiveram uma queda de 25%, totalizando 2,1 milhões de emplacamentos.
Em nota, a Stellantis informou:
A Stellantis concederá férias coletivas na planta de Goiana, Pernambuco, liberando um dos três turnos de trabalho a partir de 22 de março, com retorno ao trabalho programado para 10 de abril. No dia 27 de março, as atividades também serão interrompidas nos demais turnos, com retorno previsto para 6 de abril. AS DEMAIS PLANTAS DA EMPRESA CONTINUAM A PRODUZIR NORMALMENTE. A medida se deve à necessidade de ajustar o volume de produção à disponibilidade de componentes.
A Hyundai, por sua vez, afirmou:
A Hyundai Motor Brasil vai conceder férias coletivas a partir de 20 de março até 2 de abril, com retorno em 3 de abril, para os três turnos de produção e equipes administrativas de sua fábrica de veículos em Piracicaba, interior de São Paulo. Essa medida não inclui as operações da fábrica de motores, localizada no mesmo complexo industrial, que seguirão normalmente. A ação tem como objetivo adequar os volumes de produção para o mês de março, evitando a formação de estoques e acompanhando a dinâmica do mercado interno de veículos para o primeiro trimestre do ano. Os volumes originais de produção programados para os demais meses de 2023 permanecem inalterados.
O AutoPapo entrou em contato com a GM, mas ainda não obtivemos um retorno.
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Tudo bem que existe uma taxação absurda em automóveis por parte do governo, mas a margem de lucro cobrada pelas montadoras aqui no Brasil também é um absurdo, uma das maiores, se não a maior do mundo. Brasileiro não é um povo muito bem educado e praticamente sempre cai na tática “Vai que cola” das montadoras e o resultado é esse aí, pagando R$70.000,00 num Kwid 0km.
Parabéns para nossos governantes que tem uma sede insaciável, onde se cobrar 48% de impostos nos carros nacionais e ate 78% em carros importados, para o brasil crescer é só criar um pouco mais de impostos, porque os trouxas aqui vão pagar sorrindo.
Porém isto o povão não sabe.
FAZ O “L”
Eu acho louvável que as empresas queiram produzir e vender bastante. Mas também acho uma estupidez e gasto desnecessário produzir N mil unidades/mês que não são comercializadas. É dinheiro gasto sem necessidade. Não seria melhor começar a produção com número reduzido pra ver se vai ter venda o suficiente e, de acordo com a demanda produzir mais para atender a demanda, ao invés de produtos trocentos mil veículos que ficarão encalhados no pátio e virando ferro velho?
fila de espera está enorme, são poucos carros que estão entregando em prazo curto