A Tesla é investigada pela NHTSA por supostamente atrasar dados de acidentes do FSD, o problema foi atribuído a uma falha interna
A Tesla está sob mais uma investigação, desta vez pela Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos (NHTSA). O foco está nos acidentes que envolvem os veículos da marca com o FSD, o sistema de direção autônoma. Existe a suspeita de que a marca estaria atrasando ou até mesmo retendo informações sobre esses acidentes, mesmo com a obrigação legal de reportá-los em até 5 dias.
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A Tesla tem acesso quase imediato às informações sobre acidentes. Poucos minutos após o ocorrido, o veículo envia automaticamente fotos e dados para os servidores da empresa. Mesmo com essa tecnologia, a empresa não repassa de forma rápida e eficaz os dados para a NHTSA.
Em alguns casos, a empresa levou meses para enviar os dados à agência de segurança. A legislação norte-americana obriga as montadoras a comunicar acidentes relacionados a sistemas de assistência ao motorista, como o FSD.
O prazo mínimo para o envio dessas informações é de cinco dias após o acidente, prazo este que a empresa de Elon Musk não tem cumprido. Essa lei existe para garantir que os órgãos de segurança possam analisar rapidamente os potenciais riscos e falhas, e assim evitar novos sinistros no trânsito.
A empresa reconheceu seu erro em relação aos atrasos; entretanto, ela atribuiu o problema a uma falha em seu sistema interno de comunicação, que a própria empresa já teria identificado e corrigido. A NHTSA afirmou que manterá a investigação em aberto mesmo com a justificativa apresentada.
Segundo dados levantados pela Electrek, a montadora de EVs lidera, com vantagem, o número de acidentes registrados que envolvem sistemas semi-autônomos. As autoridades registraram mais de 2.300 acidentes, a título de comparação, a GM aparece em segundo lugar com apenas 55 casos registrados.
Em agosto de 2025, o CEO Elon Musk anunciou que o Full Self-Driving iria passar por uma atualização para melhorar sua confiabilidade. Essa atualização seria uma resposta direta ao número preocupante de críticas, processos e investigações que a empresa tem sofrido. Será que vai funcionar?
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