Enxergando vida longa nos motores a combustão, Toyota prepara evolução do seu motor 1.6 altamente esportivo, colocando-o em paridade com a Mercedes
A Toyota confirmou o desenvolvimento de um novo motor 2.0 de quatro cilindros focado em alta performance, projetado para entregar cerca de 400 cv. A informação, vinda de executivos da montadora, segundo o site evo, coloca o propulsor na mira direta de rivais de peso, como o Mercedes-AMG M139.
O motor é chamado internamente de G20E, e deve equipar futuros carros esportivos da linha Gazoo Racing (GR). Essa é só mais uma iniciativa da Toyota na engenharia de motores a combustão de alto rendimento, mesmo em plena era de eletrificação.
A marca aposta numa estratégia “multi-caminhos”, em que acredita haver espaço para todos os combustíveis, em diferente aplicações, em um futuro a longo prazo.
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O G20E 2.0L não nasce do zero: ele é um derivado direto do G16E 1.6 de três cilindros, que atualmente equipa os aclamados GR Yaris e GR Corolla. A decisão de migrar para quatro cilindros, segundo a engenharia, corrige limitações práticas do projeto anterior.
Embora potente, o G16E sofre com vibrações inerentes que, para superar os 300 cv atuais, exigiriam soluções de amortecimento e balanceamento complexas e muito caras, inviabilizando a produção em massa com potência maior.

A meta de 400 cv para o G20E 2.0 turbo o coloca em paridade com o Mercedes-AMG M139 (que chega a 415 cv em suas versões mais potentes).
O desenvolvimento faz parte de uma estratégia ampla da Toyota, que busca otimizar custos de desenvolvimento entre seus programas de competição (como WRC e WEC) e os veículos de rua.
Para atingir a potência desejada, o G20E usará um turbocompressor de alta pressão e, crucialmente, sua arquitetura já prevê a integração futura com sistemas híbridos de dois motores, indicando uma longa vida útil.
A montadora confirmou que o G20E será usado em carros de produção, não sendo apenas um projeto de corrida. As aplicações mais prováveis incluem a próxima geração do GR Corolla, representado um salto de potência de quase 100 cv em relação ao modelo atual.
Hiroki Nakajima, diretor de tecnologia da Toyota, foi claro ao afirmar que o foco não é eliminar totalmente o motor a combustão, mas sim “reduzir as emissões através de novas tecnologias”.
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