Toyota volta a se posicionar contra carros elétricos, e sugere sobrevida ao motor a combustão

A Toyota acredita que produzir apenas elétricos ainda não é um caminho viável para as montadoras, pois o mundo não tem estrutura para isso

emblema toyota em destaque
Montadora quer usar o motor térmico a partir de combustíveis sustentáveis (Foto: Toyota | Divulgação)
Por Bernardo Castro
Publicado em 22/05/2023 às 13h02

A Toyota voltou a se posicionar contra o abandono completo dos motores a combustão, e reiterou que ainda não é o momento para as montadoras voltarem o foco para a produção de carros totalmente elétricos, uma vez que o mundo ainda não tem a estrutura necessária para isso.

Em um discurso feito em Hiroshima, antes da reunião com a cúpula do G7, o cientista-chefe da Toyota, Gill Pratt, argumentou que, embora existam subsídios para tornar o carro elétrico mais atraente, o investimento pode não ser dos melhores, pensando no longo prazo.

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Uma das soluções apontadas por Pratt é prolongar a vida útil dos motores a combustão, que não deve ir além de 2035 na maioria dos países da Europa.  Isso, sem deixar de lado o desenvolvimento dos híbridos, e tornando viável a produção em massa de combustíveis alternativos.

Esse posicionamento do cientista, inclusive, vai de encontro com o discurso adotado pela Toyota, que já faz experimentos em motores abastecidos com hidrogênio.

Segundo Pratt, um dos problemas relacionados aos carros elétricos pode ser a limitação dos componentes, que pode resultar em uma falta de bateria para os veículos.

Eventualmente, as limitações de recursos acabarão, mas por muitos anos não teremos materiais para bateria e recursos de recarga renováveis suficientes para uma solução exclusiva com carros elétricos.

Os materiais das baterias e a infraestrutura de recarga renovável acabarão sendo abundantes. Mas levará décadas para que a mineração destes materiais, as instalações de geração de energia renovável, as linhas de transmissão e as instalações sazonais de armazenamento de energia sejam ampliadas.”

Ainda nesta semana, o CEO da Toyota Koji Sato declarou que os combustíveis sintéticos precisam evoluir para se tornarem algo viável. Para ele, a produção em massa só poderá acontecer depois de uma redução significativa da energia usada durante o processo de produção.

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