Trump tenta salvar Elon Musk com ‘feirão’ da Tesla na Casa Branca
Presidente dos Estados Unidos tenta organizar salvação para Elon Musk em meio à queda de ações da marca e campanha anti Tesla
Presidente dos Estados Unidos tenta organizar salvação para Elon Musk em meio à queda de ações da marca e campanha anti Tesla
A aproximação entre Donald Trump e Elon Musk já vem acontecendo desde a pré-campanha do republicano e não é novidade para ninguém, mas agora atingiu um novo patamar. Na última terça-feira, o presidente dos Estados Unidos transformou o gramado sul da Casa Branca em um verdadeiro showroom de automóveis da Tesla.
Todo esse evento foi mobilizado como uma forma de ajudar o CEO da montadora estadunidense que é conselheiro da presidência e comanda um departamento que está fazendo cortes de gastos no governo. O ‘salão do automóvel’ da Tesla foi transmitido ao vivo pelo X, o antigo Twitter, e reuniu cinco modelos da empresa no jardim da residência presidencial.
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Trump inspecionou os veículos e declarou que são “lindos”, elogiando especialmente o Cybertruck. No fim, o presidente declarou que vai comprar um Tesla Model S vermelho, que custa a partir de US$ 76 mil, cerca de R$ 440 mil.
O líder ainda disse que faria o pagamento em cheque e não queria desconto. Mais cedo, o presidente havia postado no Truth Social que planejava comprar um Tesla para demonstrar seu apoio a Musk e à empresa em crise.
Segundo a NBC News, quando questionado se sua compra poderia ajudar as ações da marca, Trump disse: “Espero que sim”. Enquanto o republicano estava praticamente fazendo propaganda para sua empresa, Musk afirmou que a Tesla planejava dobrar a produção de veículos nos Estados Unidos.
Até o ano passado, inclusive durante sua campanha, Trump atacava constantemente os veículos elétricos. Por muito tempo, o republicano foi conhecido como um crítico ferrenho desse tipo de automóvel.
Em postagem feita em 2023 na plataforma Truth Social, ele sugeriu que a “ loucura dos carros totalmente elétricos” era uma das formas pelas quais os líderes políticos estavam tentando destruir os Estados Unidos. Donald Trump anteriormente também usou os planos de expansão de Biden para a rede de carregamento público como objeto de crítica. Ele ainda rotulou o carro elétrico como uma “farsa” e disse que eles levariam a cortes generalizados de empregos nos Estados Unidos.
Mas, o cenário começou a mudar quando o presidente disse a jornalistas que tinha ouvido de seus amigos coisas boas sobre os modelos da Tesla. Em seguida, durante comício realizado no estado da Geórgia, ele teve que pagar a língua e afirmou que não tinha outra “escolha” a não ser dar seu apoio aos veículos elétricos. Isso tudo, pois Musk tinha declarado seu apoio a Trump, que ainda era candidato na época, após o atentado contra a sua vida.
Apesar dessa mudança de discurso, neste ano ele retirou o incentivo federal, logo após a posse, que já era uma promessa antiga de campanha. A realidade é que Trump parece ser a favor apenas dos elétricos vinculados a Elon Musk.
Durante o showroom que aconteceu no dia 11 de março, o presidente estadunidense segurava um pedaço de papel com notas sobre os recursos da Tesla, de acordo com fotos das notas publicadas pela Getty Images. As notas se assemelhavam bastante a um discurso de vendas, incluindo detalhes de que os Teslas poderiam ser comprados por US$ 299 por mês e que todos os veículos “têm direção autônoma”.
Isso causou muita controvérsia, pois, devido às restrições éticas, é extremamente raro que um alto funcionário do governo, especialmente um presidente, endosse um produto de consumo tão explicitamente. Ao avaliar os Teslas em público diante das câmeras, Trump garantiu que sua compra receberia ampla atenção. A Casa Branca ainda não se pronunciou sobre o tema e as regras de ética.
Todo esse show para promoção da Tesla foi feito para levantar a moral e as ações da empresa, que está passando por um sufoco, tanto nos Estados Unidos, quanto em outros países.
Um dos primeiros fatores que está prejudicando a montadora é a reação global prolongada ao crescente papel de Musk na política. Nos últimos meses, o bilionário foi responsável por um corte de empregos no governo americano, pela promoção de partidos de extrema direita, incluindo o AfD da Alemanha e por um gesto muito semelhante à saudação nazista em discuso na posse de Trump.
Com isso, as ações da Tesla despencaram, ela perdeu mais de 50% de seu valor de mercado desde dezembro, sendo que só na segunda-feira (10) a baixa foi de 15,4%. A avaliação de preço passou de um pico de US$ 1,5 trilhão para US$ 696 bilhões.
As primeiras manifestações vieram de donos de modelos da Tesla que foram flagrados em diversas partes do mundo com adesivos criticando Elon Musk. Os motoristas estão sentindo a necessidade de afirmar que, mesmo possuindo um carro da marca, não corroboram com as atitudes do CEO da empresa. Os adesivos, que tiveram uma explosão de vendas para mais de 30 países, trazem frases como: “eu comprei isso antes do Elon ficar maluco” e “comprei isso antes de saber quão horrível ele é”.
Já quando Musk declarou apoio ao AfD da Alemanha, os impactos foram bem mais intensos: as vendas da Tesla despencaram no país. A queda em janeiro foi de 59,5%, em comparação ao mesmo mês de 2024, indo na contramão do mercado que está em crescimento. França, Noruega, Suécia e Reino Unido também registaram baixas.
Em seguida, um grupo antinazista da Califórnia, nos EUA, prometeu vandalizar carros da Tesla em quatro cidades do estado. O objetivo do Students Against Nazi Extremist – Sane (Estudantes Contra Extremistas Nazistas) é fazer com que os proprietários vendam esses modelos. O pequeno grupo enviou um manifesto e assumiu a responsabilidade por deixar ameaças em pelo menos 13 Teslas na Califórnia.
Em resposta a todas essas investidas, Trump condenou o vandalismo e elogiou a empresa. “Eles estão prejudicando uma grande empresa americana”, ele disse. Referindo-se a Musk, o presidente afirmou: “ele construiu esta grande empresa e não deveria ser penalizado porque é um patriota”.
O republicano ainda rotulou os que protestam contra a empresa como terroristas domésticos, ele alegou que essas pessoas estavam “prejudicando uma grande empresa americana” e que qualquer um que usasse violência contra a fabricante de carros elétricos “passaria pelo inferno”.
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Título sensacionalista de repórter militante.
Com toda certeza os dois homem que estão entre os mais ricos mundo estão super preocupados em serem “salvos”…🤣🤣
Valores medíocres e tacanhos que pessoas desse nível desconhecem.