Por Bernardo Castro
Publicado em 16/12/2022 às 10h02

Thomas Schmall, CEO da divisão de componentes da Volkswagen, afirmou que a montadora está investindo em uma nova tecnologia com a finalidade de tornar o carro elétrico mais acessível.

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Um dos caminhos que o executivo acredita ser o mais viável para esse objetivo é reduzir a autonomia dos modelos elétricos, barateando o custo das baterias. “Um cliente médio roda 40 quilômetros por dia, então por que você precisa de um alcance de 500 quilômetros?”

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Por um lado, a linha de pensamento Schmall até que faz sentido. Considerando que as pessoas têm o costume de usar o carro elétrico para circular nas cidades (principalmente para ir trabalhar), realmente não faz sentido uma autonomia com algumas centenas de quilômetros. No entanto, há de se pensar que, caso a pessoa precise viajar, ela será obrigada a alugar um carro ou, se tiver mais bala na agulha, ter um segundo veículo, com maior autonomia, à disposição na garagem.

Thomas explica que essa medida está relacionada ao constante aumento dos preços do níquel e do cobalto, elementos fundamentais para as baterias de carros elétricos. Com isso, a Volkswagen também estuda outras alternativas de produtos químicos que possam ser utilizados nos componentes.

Uma das possibilidades é utilizar essas baterias com menor capacidade em carros compactos que deixam menor margem de lucro para a montadora, enquanto SUVs, sedãs e picapes – que são mais rentáveis – manteriam a bateria padrão.

Com a alta dos preços, Schmall destaca que a procura por carros elétricos esteve em queda na Europa nos últimos meses em 2022 – apesar do aumento da demanda nos EUA. Ao todo, os modelos a bateria atingiram 6,8% de participação no total de vendas no terceiro trimestre de 2022, cravando 366.400 emplacamentos.