Volvo volta atrás e vai vender tanto carros híbridos quanto elétricos

Marca que tinha prometido produzir somente veículos elétricos afirma que também vai vender híbridos leves e híbridos plug-ins até 2030

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SUV XC90 é primeiro carro da nova fase da Volvo após mudança de planos (Foto: Volvo | Divulgação )
Por Julia Vargas
Publicado em 06/09/2024 às 10h00

O carro elétrico é uma solução vantajosa quando se trata de consumo e meio ambiente, por isso inúmeras montadoras prometeram tornar sua frota inteiramente elétrica. Porém, muitas delas estão voltando atrás e investindo nos carros híbridos, incluindo a Volvo.

Apesar de ser uma boa solução, o carro elétrico ainda é uma opção inviável para muitas pessoas e mercados graças a vários desafios como falta de infraestrutura pública de carregamento, valor de revenda, custos de manutenção, peças de reposição, entre outros. Por isso, a transição repentina de automóveis a combustão para carros 100% elétricos, ação tomada por muitas montadoras, está se mostrando uma decisão precipitada.

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A Volvo é o exemplo mais recente disso ao recuar seus planos para produzir veículos exclusivamente elétricos. A meta divulgada pela marca era tornar isso realidade até 2030, mas em 28 de agosto um comunicado informou que a estratégia foi alterada.

Pouco antes da revelação do XC90 remodelado, a Volvo anunciou que estava ajustando suas ambições de eletrificação. Sob o novo plano, a estimativa é de que, até 2030, 90% a 100% de seus veículos sejam eletrificados. Ou seja, a maioria frota será provavelmente composta de carros híbridos, incluindo leves e plug-ins, e  elétricos.

A montadora atribuiu a mudança às “condições de mercado” e disse que continua “comprometida com um futuro totalmente elétrico”. A empresa acrescentou que continuará a desenvolver veículos híbridos plug-in e híbridos leves para garantir um “portfólio equilibrado que sirva como uma ponte clara para um futuro totalmente elétrico”.

Segundo a Volvo, uma transição mais gradual é  necessária devido a uma implementação mais lenta do que o esperado da infraestrutura de carregamento, uma retirada de incentivos governamentais em alguns mercados e incertezas criadas por tarifas recentes sobre os carros elétricos. Além disso, os planos de produção dos carros na China enfrentaram problemas que chegaram a atrasar o lançamento do EX30 nos EUA .

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