VW rompe com revenda que usou foto de nazistas
Concessionária mexicana usou em sua decoração foto de um Fusca cercado por suásticas e soldados nazistas, o que provocou forte reação no país
Concessionária mexicana usou em sua decoração foto de um Fusca cercado por suásticas e soldados nazistas, o que provocou forte reação no país
A Volkswagen rompeu parceria com uma concessionária que decorou sua concessionária com cena histórica de um Fusca com suásticas e cercado por soldados durante o regime nazista. O caso aconteceu no México.
“Desaprovamos o uso da imagem vista nas instalações. Ela mostra um regime que enfatizava o ódio e a discriminação, em uma época da história que, felizmente, ficou para trás”, declarou a subsidiária mexicana da Volkswagen, em comunicado.
A denúncia partiu de uma cliente que foi a concessionária e se indignou com a situação e chamou atenção em redes sociais, o que provocou uma forte reação.
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“Felicitamos a Volkswagen do México por ter reagido rapidamente em memória das vítimas da barbárie nazista, como uma mensagem clara ao mundo”, afirmou, por meio de nota, o escritório na América Latina do Centro Simon Wiesenthal, sediado em Buenos Aires.
La decisión de la empresa de origen alemán se dio después de un polémico fin de semana, derivado de las insólitas reacciones por parte de los usuarios de redes sociales, por la imagen nazi mostrada en la distribuidora de Coyoacán. https://t.co/RisqQrzVNp
— Proceso (@proceso) September 8, 2020
Em maio, a VW foi acusada de ser racista em um comercial do novo Golf em um post no Twitter. No pequeno vídeo, uma mão branca afasta, de forma agressiva, um homem negro que se aproximava de uma unidade amarela da nova geração do Golf. Ela retirou o post e se desculpou publicamente.
Reportagens na Alemanha ainda destacaram que a mão ainda faz um movimento que é usado como símbolo de supremacistas brancos enquanto as letras que aparecem no comercial formam uma palavra alemã ofensiva aos negros.
Na ocasião, o executivo Jürgen Stackmann, responsável pelas vendas e marketing de carros da marca Volkswagen, e Elke Heitmueller, chefe de gestão de diversidade da marca, se desculparam no Twitter e no Linkedin.
“Nós entendemos o ultraje do público em relação a isso, pois também ficamos horrorizados. Esse vídeo é um insulto a todas as conquistas dos movimentos de direitos civis. E é um insulto a todas as pessoas decentes”, eles declararam em nota.
No ano passado, a Volkswagen teve que pedir desculpas depois que o CEO do Grupo, Herbert Diess, disse, em alemão, “Ebit macht frei” (em tradução livre, “Ebit te liberta”), em um evento interno da companhia. Ebit é sigla em ingês para Earnings Before Interest and Taxes (em português, “lucro antes dos juros e tributos”).
A frase soou similar a “Arbeit macht frei”, estampada nos portões de campos de concentração nazista, como Auschwitz, e que é traduzida como “o trabalho te liberta”.
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Daqui a pouco vão esquecer o Dieselgate também?!?
Ué foi montagem a foto? Negando a sua história? As famílias alemãs donas de todas as grandes marcas de automóveis fizeram parte disso sim! Agora se fazem de loucos!