Xiaomi pode estar prestes a desistir de ingressar no mercado automotivo

Mesmo com investimento bilionário, Xiaomi pode estar prestes a desistir do setor automotivo devido a falta de peças e falta de qualidade

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Produtos não atingiram a expectativa da empresa (Foto: Reprodução)
Por Bernardo Castro
Publicado em 02/12/2022 às 16h32

A Xiaomi, empresa multinacional de tecnologia, está enfrentando problemas em sua empreitada para participar do segmento automotivo e alguns sites chineses, como o Powerhouse, apontam que o projeto vai ser deixado de lado.

A marca chinesa tinha como foco lançar o seu primeiro carro elétrico autônomo em 2024, mas estava passando por alguns problemas de regulamentação que poderiam atrasar seus planos. Não o bastante, o projeto da Xiaomi enfrenta uma falta de confiança, já que o primeiro modelo não cumpriu as expectativas da multinacional.

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Junto a isso, as peças necessárias para agilizar o andamento do projeto não estão sendo entregues no prazo correto, que gerou ainda mais rumores de que a gigante da tecnologia poderia desistir de atuar no setor automotivo.

A Xiaomi investiu pesado nessa empreitada. No ano passado foram investidos US$ 1,5 bilhão (R$ 7,75 bilhões na cotação atual) com previsão de aplicar mais US$ 10 bilhões (R$ 51,7 bilhões) ao longo de 10 anos. O CEO Lei Jun, no entanto, negou os rumores de desistência.

Em uma teleconferência com os investidores, o executivo afirmou que, mesmo com os atrasos, a produção de veículos em massa do primeiro carro elétrico começa em 2024. Apesar de estar relativamente perto o prazo não é muito animador, já que datas anteriores indicavam que ele seria apresentado em agosto de 2022.

Xiaomi enfrenta problemas de regulamentação dos carros

Essa informação foi oficializada algumas semanas depois de relatos de que a marca chinesa estaria com dificuldades para obter aprovação regulatória para seu projeto de carro.

Alguns relatórios apontaram que a Xiaomi tem falado com funcionários da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, mas continua enfrentando dificuldades para obter aprovação.

Steven Tseng e Sean Chen, analistas do portal Bloomberg, concluiram que os empecilhos podem prejudicar o desenvolvimento do carro elétrico e adiar a estreia que estava planejada para 2024.

O atraso pode prolongar as pesadas despesas de P&D, bem como investimentos em ativos fixos e pode pesar em sua participação de mercado, já que o segmento de veículos elétricos da China está ficando cada vez mais lotado de rivais de rápido crescimento Nio, Xpeng e Li Auto”.

As empresas que desejam ingressar no mercado de carros elétricos da China precisam apresentar documentos que comprovam sua capacidade financeira e tecnológica. O processo de revisão pode levar alguns meses.

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