A maioria destes ajustes são simples e além de melhorar o consumo garantem longevidade ao veículo e segurança ao piloto
Para muitos, a motocicleta é um veículo sinônimo de economia, afinal não são poucos os modelos que fazem mais de 40 km/l. Porém, para que o modelo continue rendendo bem, é extremamente necessário que ela esteja em dia com as manutenções. E, para ajudar o amigo que está com uma moto “beberrona”, aqui vai uma lista com 10 manutenções que melhoram o consumo de combustível da moto.
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Começando pelo básico! O conjunto de vela e cachimbo é um dos principais responsáveis pelo excesso de queima de combustível quando está em um estado ruim.
Basicamente, eles são responsáveis por gerar a centelha que provoca a explosão dentro do motor, fazendo assim ele funcionar. Uma vela ruim não queima direito, e o cachimbo no mesmo estado não leva tensão para que a vela faça o seu trabalho.
Em resumo, quando esse conjunto está ruim, a queima fica imprecisa e leva a moto a consumir mais. Na maioria dos modelos, a verificação do item é feita entre 5.000 km e 6.000 km, e a troca, a cada 10.000 km ou 12.000 km (verifique no manual da sua moto).
A troca do óleo é outra manutenção que melhora o consumo de combustível da moto — e não só ele, como todo o conjunto.
O óleo da moto é como se fosse o “sangue” dela, sendo essencial para o funcionamento. Ele é o responsável por lubrificar e resfriar o motor e, se estiver fora do prazo ou faltando, pode gerar vários problemas nas partes internas do motor.
O motor em estado ruim naturalmente queima mais combustível. Por isso, a troca de óleo e do filtro de óleo (que impede que impurezas se misturem ao lubrificante) deve ser feita segundo o manual, geralmente entre 5.000 km e 6.000 km.
Toda combustão exige o combustível — gasolina ou etanol —, calor e combustível, que é o oxigênio. Como já comentamos, o calor vem da faísca gerada pela vela, já o combustível é injetado pelos bicos, e o ar é captado por dutos que o levam naturalmente até a câmara de combustão.
O filtro de ar é a primeira barreira contra impurezas no sistema de admissão de oxigênio da moto e, com isso, se torna fundamental para que apenas o oxigênio chegue para fazer a explosão.
Quando o filtro de ar está muito velho e sujo, além de perder sua função de impedir as impurezas, ele passa a dificultar a passagem do ar, fazendo com que a moto tenha dificuldades de funcionar e mais combustível seja exigido para compensar as falhas no motor.
Os pneus são outros grandes responsáveis pela queima demasiada ou não do combustível. Encher menos que o indicado faz com que a área de contato aumente, crescendo também o atrito e, com isso, a força necessária para deslocar a moto. Ou seja, mais força requer mais torque ou mais aceleração e, consequentemente, aumento na queima.
Totalmente na contramão está o pneu cheio além do recomendado. Este ajuda na economia, porém com agravantes muito sérios. O primeiro é o desconforto, pois ele fica mais resistente e assim absorve menos as imperfeições da pista, levando a transferência até o banco e o guidão.
Mas o mais perigoso é o risco de quedas e acidentes. Quanto mais cheio, menor o contato com o asfalto e, assim, maior a chance de derrapar e cair.
O sistema de alimentação é fundamental para o bom funcionamento do motor. Nos modelos com injeção eletrônica, é importante manter os bicos sempre limpos, pois qualquer sujeira pode comprometer a pulverização do combustível. Já nas motos carburadas, é necessário verificar a regulagem e manter os giclês limpos para que a mistura ar/combustível esteja sempre equilibrada.
Um sistema sujo ou desregulado faz o motor trabalhar em mistura rica (mais combustível do que ar), elevando o consumo e reduzindo o desempenho. A limpeza deve ser feita periodicamente, conforme o uso e recomendação do fabricante.
A marcha lenta desregulada é outro vilão do consumo. Se estiver muito alta, o motor consome mais combustível mesmo com a moto parada; se estiver muito baixa, pode falhar, exigindo acelerações extras para se manter ligada.
O ideal é manter a rotação dentro da faixa indicada no manual — geralmente entre 1.200 e 1.500 rpm. Em motos carburadas, o ajuste é feito manualmente; nas injetadas, é controlado eletronicamente, mas pode precisar de “reaprendizado” após limpezas ou trocas de componentes.
Freios muito ajustados ou com pinças travadas também podem aumentar o consumo, já que criam uma resistência constante nas rodas. Essa resistência faz o motor trabalhar mais para vencer o atrito, elevando o gasto de combustível.
Além disso, freios travando causam aquecimento e desgaste prematuro das pastilhas. É importante verificar o sistema regularmente, garantindo que as rodas girem livremente e que o fluido de freio esteja dentro do prazo de validade.
A revisão completa é essencial para garantir que todos os componentes da moto estejam funcionando de forma correta. Durante a inspeção, o mecânico verifica rolamentos, relação (corrente, coroa e pinhão), alinhamento das rodas, suspensão e outros sistemas que podem influenciar no desempenho e no consumo.
Fazer revisões periódicas é a melhor maneira de identificar problemas antes que eles afetem o rendimento da moto e aumentem o gasto de combustível, além de garantir que a moto dure mais.
Nem sempre o aumento no consumo está relacionado à moto em si, mas sim à qualidade do combustível. Gasolina ou etanol adulterados reduzem o rendimento e podem causar entupimentos, falhas de ignição e até danos na moto.
Por fim, por mais que não seja uma dica de manutenção em si, o piloto deve revisar a sua forma de conduzir. Nenhuma das dicas acima terá toda a efetividade se o condutor ficar acelerando demais e jogando gasolina fora. Afinal, economia se faz no pé e na mão.
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