A Suzuki Haojue anunciou fim dos seus motores menores e menos tecnológicos em razão da nova fase de emissões do Promotot
A Suzuki Haojue até tentou segurar, mas infelizmente chegou a hora de desapegar dos seus motores mais simples e baratos. As pequenas Lindy 125, VR 150, Chopper Road 150 e DK150 saíram de linha no segundo semestre de 2025 e razão às diretrizes do Promot 5 – Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares, estabelecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
A nova fase dos programas de emissão passaram a valer e com isso vieram maiores restrições às emissões oriundas de veículos de duas rodas.
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Preços de cada modelo segundo a tabela Fipe:
Já era mais do que esperado que estes modelos da marca saíssem de linha, uma vez que a baixa tecnologia não acompanhava as novas normas e motos semelhantes a estas, mas com motor 160, começaram a compor o line up da marca.
Durante o lançamento da Haojue DL 160, a clássica e querida Chopper Road 150 já não estava mais presente dentre as motos de mostruário na sede da fabricante. Na ocasião, a Suzuki ainda não tinha uma resposta oficial para o fatídico.
Segundo as fabricantes, a “decisão reforça o compromisso da marca com a sustentabilidade e com o desenvolvimento de produtos cada vez mais eficientes, seguros e alinhados às exigências ambientais vigentes”.
A marca ainda destacou que em breve serão anunciadas novidades da marca aqui no Brasil e confortou os proprietários dizendo que todos os modelos descontinuados continuarão contando com assistência técnica, peças de reposição e suporte pós-venda em toda a rede de concessionárias do grupo.
A Haojue Lindy 125 chegou ao mercado brasileiro em 2017 e, desde então, se consolidou como a scooter mais barata do país, com preço público sugerido de R$ 13.438. A proposta era clara: oferecer um veículo simples, econômico e acessível para o deslocamento urbano, atendendo quem precisava de praticidade sem gastar muito.
Mesmo sendo um modelo básico, a Lindy entregava soluções que agradavam no uso do dia a dia. O painel, embora analógico, era completo e trazia velocímetro, marcador de combustível, hodômetro, setas e luz do farol alto. No conjunto óptico, o modelo dispensava LEDs, mas oferecia farol halógeno, conhecido por maior durabilidade. Outro ponto de destaque era a entrada USB, que a aproximava de concorrentes mais caras, além de oferecer bom espaço para transporte, com bagageiro de 11 litros sob o banco, porta-trecos na dianteira e gancho para sacolas.
Com assento baixo, a Lindy também se mostrava fácil de pilotar, reforçando sua proposta urbana. O motor carburado de 124 cm³, refrigerado a ar forçado, entregava até 8,4 cv e 0,92 kgf.m de torque, trabalhando junto ao câmbio automático CVT, característica típica das scooters.
A VR 150 se destacou no mercado brasileiro como uma scooter acessível e relativamente bem equipada, trazendo lanterna em LED e banco confortável com acabamento antiderrapante. Pensada para o uso urbano, oferecia bom espaço de armazenamento, incluindo compartimento sob o banco, porta-luvas, bauleto na cor da moto e gancho para sacolas ou mochilas.
Entre os recursos, chamavam atenção o painel em LCD de fácil leitura, a chave sextavada com proteção extra, rodas de liga leve com pneus sem câmara e escapamento silencioso em aço inoxidável com sistema redutor de emissões. O cavalete central também facilitava a manutenção no dia a dia.
Equipada com motor de 150 cm³, injeção eletrônica e câmbio CVT, a VR 150 entregava até 10,8 cv de potência e 1,17 kgf.m de torque. Com freio dianteiro a disco, traseiro a tambor com sistema combinado e suspensões ajustadas para o uso urbano, pesava 105 kg e tinha tanque de 6,44 litros. Disponível nas cores preta, vermelha e branca, se posicionava como uma das opções de melhor custo-benefício no segmento de scooters.
A Haojue DK 150 se destacou no mercado de entrada como uma moto urbana simples. Com preço inferior a R$ 16 mil, oferecia estilo com linhas esportivas e soluções práticas para o dia a dia.
O modelo trazia um dos painéis mais completos da categoria, ainda analógico, mas com funções extras como indicador de bateria. Tinha também cavalete central e pneus sem câmara. O conjunto de iluminação era robusto, com três lâmpadas no farol dianteiro e lanternas traseiras bem visíveis, favorecendo a pilotagem noturna.
No desempenho, a DK 150 usava motor carburado de 149 cm³, quatro tempos, capaz de gerar até 11,27 cv a 8.000 rpm e torque de 1,16 kgf.m a 6.000 rpm. A transmissão era manual de cinco marchas, com tração final por corrente. O consumo também chamava atenção: até 39,5 km/l pelo ciclo WMTC.
Com tanque de 12,5 litros, peso seco de 120 kg e suspensões ajustadas para uso urbano, oferecia ainda boa autonomia e conforto em percursos mais curtos.
A Haoje Chopper Road 150 foi um modelo simples e objetivo, sendo uma boa opção para rodar na cidade com um pouco mais de estilo. Sua estética de guidão mais elevado, tanque inclinado, banco reto, garfo projetado para frente e faróis arredondados deixam a pequena com uma clássica do século passado.
Sob o tanque a Haojue Chopper Road 150 contava com um motor monocilíndrico SRT de 149 cm³, DOHC e com refrigeração a ar. Este pequeno é capaz de entregar uma potência máxima de 11,27 cv a 8.000 rpm e torque de 1,16 kgf.m a 6.000 rpm. Seu conjunto de caixa de marchas tem 5 velocidades.
No tanque de combustível a custom mais barata do Brasil tem a capacidade de levar até 9,5 L de gasolina e no cárter de óleo 1 L de lubrificante. Somando tudo isso a Chopper Road 150 pesa 130 kg.
Para frear este conjunto a Haojue Chopper Road 150 conta com um disco simples na roda dianteira, com 240 mm de diâmetro, com pinça de um pistão de acionamento hidráulico. Na roda traseira ela também vem com um disco e a tecnologia da frenagem combinada (que aciona minimamente o freio dianteiro quando o traseiro é solicitado).
Nas partes tecnológicas do painel, mesmo sendo simples e analogico, o mostrador da Haojue Chopper Road 150 conta com: indicador de marcha, indicador de nível de combustível, indicador de velocidade, conta giros, hodômetro total e parcial, indicadores de setas e indicador de acionamento de farol alto.
A Haojue foi a 5ª marca que mais emplacou motos no Brasil em 2024. Ela destacou suas motos city – mais convencionais – e a Chopper Road 150 ficou de fora do top 10 dentre as categorias custom. Isso pode ser explicado pela tendência deste mercado em comercializar motos maiores, já que elas geralmente são usadas para passear e não no dia a dia. Apesar disso, esta pequena já foi a opção de moto custom mais barata do Brasil.
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