5 motos que mudaram a lataria para justificar o preço
Cada uma dessas motos teve suas mudanças de casco que podem ser consideradas até significativas, mas as deixaram no mesmo lugar no mercado
Cada uma dessas motos teve suas mudanças de casco que podem ser consideradas até significativas, mas as deixaram no mesmo lugar no mercado
Assim como todo mercado, o de motos tem que se atualizar e as montadoras também precisam modificar seus modelos para que continuem competitivos. Até os mais consolidados modelos de duas rodas, às vezes, têm que passar por uma repaginada para se manter, ou até sair do mercado para dar lugar a outra melhor.
Porém, essas mudanças muitas vezes brilham mais aos olhos do que efetivamente em seu benefício ao consumidor e o levam a comprar uma moto que irá sair mais cara pela novidade e beleza.
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Mesmo sabendo que nem todas mudam apenas a carcaça, e sim têm melhorias significativas, estas são motos que muitas vezes tomam o lugar das antigas no mercado e continuam oferecendo o mesmo que a sua antecessora, tudo isso para permanecerem no mercado e justificar o preço reajustado.
O primeiro exemplo que podemos citar é a Yamaha Fazer, que passou a se chamar FZ15 na versão 2018. Esta que se tornou mais esportiva teve melhorias em tudo: design chassi, posição de pilotagem e até uma mexidinha no motor – mesmo tendo a mesma base há décadas.
A nova FZ 15 ficou sim melhor, porém deixou de ser uma moto mais básica e subiu seu valor em R$ 1.370 no valor sugerido – passando de R$ 13.620 para R$ 14.990, na época.
Além de subir o preço para o consumidor, a moto 250 que hoje custa R$ 22.790, em efetividade não mudou em nada e continua sendo uma moto pequena para quem quer sair das 150 ou 160.
A XTZ 250 também seguiu na mesma linha que sua “prima” voltada para o trânsito urbano. Com mexidas em todo o seu corpo, ela deixou para trás sua pegada mais cross e incorporou um estilo mais trail, se inspirando muito na falecida XT 660R. Porém ela também continuou na mesma posição de mercado que sempre esteve (até ultrapassando a Honda XRE 300 em alguns momentos, mas tudo por conta do lançamento da nova Sahara) e no lançamento de atualização passou a custar R$ 18.990.
Uma das japonesas mais queridas do Brasil também foi mexida para se adaptar ao mercado. Com uma jogada diferente das outras, a Honda teve que atualizar radicalmente sua moto com mais de 10 anos – praticamente com as mesmas características – e resolveu homenagear a antiga Sahara. Ela mudou a moto completamente, reformulando tudo e unindo os modelos XRE 300 a antiga Sahara 350, o que deu origem a XRE 300 Sahara. Porém, a quase intermediária saiu do preço sugerido de R$ 25.600, no meio de 2023, para R$ 27.090, quando atualizada.
A sucessora da Apache 150 foi lançada em 2019. Na época ela chegou bem tecnológica e totalmente diferente da anterior, porém tudo isso foi correndo atrás do prejuízo que a antiga nada tecnológica deixou. A 150 da Dafra ficou obsoleta e essa reformulação foi necessária para que a montadora conseguisse aplicar os R$ 12.490 sugeridos na data, já que não seria possível cobrar tal valor para antiga que já havia sido descontinuada em 2016.
Para fechar temos uma marcha nova no mercado brasileiro que, ao contrário das demais, não mudou a lata, mas apenas o motor. Seis das sete novas motos trazidas pela marca agora contam com um novo propulsor 350. Até as antigas T 310, R 310 e V 310, que agora passaram a se chamar T 350, R 350 e V 350, tiveram essa mudança.
Tudo isso culmina em motos mais potentes e fortes, porém a justificativa pode ser facilmente analisada pela questão de mercado. Estas três motos Zontes foram lançadas entre R$ 26.990 e R$ 27.990, e estavam muito acima das concorrentes diretas: Honda e Yamaha. Agora com um motor os valores entre R$ 28.880 e R$ 32.300 levam os modelos a se justificarem melhor.
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