ABVE confirma capacidade fabricação para motos elétricas após ideia de Lula

Associação afirma que mesmo com problemas específicos no passado o país hoje pode aumentar sua frota consideravelmente

Fábrica de moto elétrica Watts em Manaus
As linhas de montagem existentes no país tem capacidade para tal demanda (Foto: Watts | Divulgação)
Por Lucas Silvério
Publicado em 25/07/2025 às 16h00

O presidente Lula afirmou em julho que pretendia anunciar uma linha especial de crédito favorecendo pilotos de aplicativo na compra de motos elétricas. Embora ainda não oficializada, a proposta gerou apreensão quanto à capacidade de produção do país em decorrências com problemas nas entregas, como no caso Voltz. A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) afirma que não há o que se preocupar.

Participe do nosso Canal no WhatsApp

VEJA TAMBÉM:

Fábrica de moto elétrica Watts em Manaus (1)
As linhas suportam muito mais do que a capacidade atual de montagem (Foto: Watts | Divulgação)

A startup Voltz ganhou muita notoriedade em 2019, quando seu “carro” chefe, as motos elétricas, estouraram em vendas no Brasil. Logo a marca virou referência na categoria e as vendas aumentaram, até a saturação de sua produção. Em 2022 as coisas desandaram de tal forma que até hoje clientes esperam a entrega de modelos ou ao menos reembolso.

O anúncio de uma linha de crédito vem carregado de parte desse sentimento, mesmo que o cenário das motos elétricas cresça cada vez mais no país.

A ABVE afirma que não há o que temer e caso o Governo invista na compra de motocicletas movidas a eletricidade às fabricantes nacionais estão preparadas.

Sim, o Brasil está preparado para essa nova demanda do Lula”, afirmou em entrevista o Diretor técnico da ABVE e CEO da Riba Brasil, Carlos Augusto Serra Roma.

Ainda segundo Roma, apenas a Riba tem capacidade de montar 2 mil ou até mais motos elétricas em sua linha de montagem atual. A marca ainda planeja abrir uma fábrica em Manaus (AM), até o fim de 2025.

  • Os modelos Riba, comercializados no Brasil são fornecidos pela marca australiana, com fábrica na China, VMoto.

Outras marcas de motos elétricas como a Watts também apresentam capacidade para suportar a proposta do presidente Lula. A brasileira afirma que a linha de Manaus pode montar até 8 mil motos por mês.

A título de comparação, a indiana Bajaj, que hoje é a 7ª maior emplacadora de motos a combustão no Brasil, tem capacidade para montar 20 mil motos por ano em sua linha – em média 1,6 mil motos por mês.

Fabricantes maiores, como a Yamaha, produzem mais de 20 mil dentro de trinta dias. Segundo a japonesa, em 2025 o mínimo de fabricação foi 21.614, em junho, e o máximo 31.757, em abril.

  • Atualmente o Brasil emplaca pouco mais de 780 motos elétricas. O acumulado do primeiro semestre tem um total de 3550 unidades. Conclui-se que a capacidade prevista atenderia mesmo com aumento nos pedidos de motos do tipo.

O executivo ainda afirma que, além da capacidade de produção, o país precisa de suporte para a tecnologia.

Grandes capitais já investem na novidade e contam com estações de carregamento e troca de baterias. A Riba possui mais de 100 estações de troca espalhadas pelo país.

Newsletter
Receba semanalmente notícias, dicas e conteúdos exclusivos que foram destaque no AutoPapo.

👍  Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.

TikTok TikTok YouTube YouTube Facebook Facebook X X Instagram Instagram

Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:

Podcast - Ouviu na Rádio Podcast - Ouviu na Rádio AutoPapo Podcast AutoPapo Podcast
0 Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Comentários com palavrões e ofensas não serão publicados. Se identificar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Avatar
Deixe um comentário