Associação afirma que mesmo com problemas específicos no passado o país hoje pode aumentar sua frota consideravelmente
O presidente Lula afirmou em julho que pretendia anunciar uma linha especial de crédito favorecendo pilotos de aplicativo na compra de motos elétricas. Embora ainda não oficializada, a proposta gerou apreensão quanto à capacidade de produção do país em decorrências com problemas nas entregas, como no caso Voltz. A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) afirma que não há o que se preocupar.
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A startup Voltz ganhou muita notoriedade em 2019, quando seu “carro” chefe, as motos elétricas, estouraram em vendas no Brasil. Logo a marca virou referência na categoria e as vendas aumentaram, até a saturação de sua produção. Em 2022 as coisas desandaram de tal forma que até hoje clientes esperam a entrega de modelos ou ao menos reembolso.
O anúncio de uma linha de crédito vem carregado de parte desse sentimento, mesmo que o cenário das motos elétricas cresça cada vez mais no país.
A ABVE afirma que não há o que temer e caso o Governo invista na compra de motocicletas movidas a eletricidade às fabricantes nacionais estão preparadas.
Sim, o Brasil está preparado para essa nova demanda do Lula”, afirmou em entrevista o Diretor técnico da ABVE e CEO da Riba Brasil, Carlos Augusto Serra Roma.
Ainda segundo Roma, apenas a Riba tem capacidade de montar 2 mil ou até mais motos elétricas em sua linha de montagem atual. A marca ainda planeja abrir uma fábrica em Manaus (AM), até o fim de 2025.
Outras marcas de motos elétricas como a Watts também apresentam capacidade para suportar a proposta do presidente Lula. A brasileira afirma que a linha de Manaus pode montar até 8 mil motos por mês.
A título de comparação, a indiana Bajaj, que hoje é a 7ª maior emplacadora de motos a combustão no Brasil, tem capacidade para montar 20 mil motos por ano em sua linha – em média 1,6 mil motos por mês.
Fabricantes maiores, como a Yamaha, produzem mais de 20 mil dentro de trinta dias. Segundo a japonesa, em 2025 o mínimo de fabricação foi 21.614, em junho, e o máximo 31.757, em abril.
O executivo ainda afirma que, além da capacidade de produção, o país precisa de suporte para a tecnologia.
Grandes capitais já investem na novidade e contam com estações de carregamento e troca de baterias. A Riba possui mais de 100 estações de troca espalhadas pelo país.
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