Bajaj e Royal Enfield: as motos indianas que vêm conquistando brasileiros

Motocicletas orientais têm se tornado líderes de mercado em decorrência da tecnologia exaltada e custo baixo de aquisição

Royal Enfield Bear 650 (3)
Já são muitas variantes por aqui (Foto: Royal Enfield | Divulgação)
Por Lucas Silvério
Publicado em 24/06/2025 às 08h00

Nos últimos anos, o mercado brasieliro de motocicletas recebeu duas das cinco maiores fabricantes de motos da Índia, Bajaj e Royal Enfield. Estas chegaram por aqui desacreditadas, mas hoje já são líderes de mercado em algumas das categorias do segmento. O que mais tem chamado a atenção do consumidor? Um conjunto de motos que oferece mais do que as clássicas japonesas 150 e 160, por um preço muitas vezes mais baixo.

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Listamos aqui quais são estas motos e também os principais pontos sobre cada uma.

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Moto indiana: Royal Enfield Hunter 350

Royal Enfield Hunter 350
A Royal Enfield Hunter 350 é a custom mias vendida do Braisl (Foto: Royal Enfield | Divulgação)

A Hunter foi lançada como uma releitura da Royal Enfield Meteor 350, em 2022. Seu objetivo é ser uma variante de entrada de preços acessíveis, mas ainda sim um estilo clássico e um motor um pouco mais potente que o normal. Ela permanece com seu preço de lançamento, de R$ 19.990.

Na parte motora a moto indiana porta um propulsor 349 cm³, quatro tempos e arrefecimento misto ar-óleo que entrega 20,2 cv de potência e torque de 2,75 kgfm. Sua transmissão possui 5 velocidades e comporta uma embreagem hidráulica simples.

Destaque para os freios ABS de canal duplo com disco de 300 mm, na dianteira, e 270 mm, na traseira.

No quesito tecnologia, a hunter vem bastante “pelada”, mas com nada menos do que o esperado para um modelo de entrada. Seu painel é completo e dispões de parte analógica (velocímetro) e parte digital. Ele marca o combustível, indica a marcha e as horas, além de ter Trip A e B como marcadores de distância percorrida.

Royal Enfield Classic 350 

Royal Enfield Classic 350
Foto: Royal Enfield | Divulgação

Atualmente no Brasil a Classic 350 é também um modelo de entrada da marca Indiana, mesmo se posicionando um pouco acima da Hunter. Esta 350 possui o mesmo motor, mas se diferencia na estética, dimensões e qualidade e tecnologia das peças mecânicas.

Ainda bem simples, ela tem um painel misto (analógico em sua maioria), luzes halógenas, mas se destaca sobre

Na parte motora, a motocicleta possui um monocilíndrico de 349 cm³, refrigerado a óleo e ar. Sua potência máxima são os mesmos 20,2 cv a 6.100 rpm e torque de 2.75 kgfm a 4.000 rpm.

Moto indiana: Royal Enfield Meteor 350 

Royal Enfield Meteor 350

Com o mesmo motor, a moto indiana Royal Enfield Meteor 350 é a irmã mais próxima da Classic. Essa que tem um visual menos requintado, aparentemente, não perde em nada e possui praticamente as mesmas características.

Nesta, os destaques vão para o conforto pelo custo benefício. Trata-se de uma 350 que parte de R$ 24.990 com freios a disco, painel completo e até GPS com a simples tecnologia de guia curva a curva.

Royal Enfield Super Meteor 650 

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Royal Enfield Super Meteor 650 (Foto: Royal Enfield | Divulgação)

Aqui a Royal Enfield começou a trazer as suas maiores motos indianas. Dotada de um propulsor 650 bicilíndrico de 47 cv, essa intermediária pode ser considerada um verdadeiro custom e coloca a marca em uma categoria boa para pegar estrada com mais conforto e segurança.

O ponto forte da nova Super Meteor 650 está no chassi e na balança que foram projetados para deixar o centro de gravidade mais baixo e melhorar a estabilidade.

Nas rodas um diâmetro interessante para os buracos brasileiros. São 16 polegadas na traseira e 19 na frente, comportando pneus sem câmara.

A 650 é a primeira motocicleta da Royal Enfield a contar com um garfo invertido. São 120 mm de curso, na dianteira, e 101 mm e cinco níveis de ajustes de pré-carga, na parte de trás.

No quesito tecnologia a Super Meteor 650 possui conectividade com o smartphone, seja por cabo USB ou pelo próprio aplicativo da marca, além do painel misto, como já é de praxe da montadora.

Shotgun 650

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Foto: Royal Enfield | Guilherme Veloso

A Shotgun tem a mesma base motora da Super Meteor, mas com uma diferença fundamental no chassi. Assim a variante se caracteriza como uma clássica tipo bobber.

Essa intermediária também se destaca na estética e mantém muitas das mesmas características da sua irmã maior, como freios ABS, painel misto e diversos itens opcionais oferecidos pela fabricante.

  • Ponto negativo para o carregador USB que se posiciona ao lado da bateria, ou seja, embaixo do banco.

Moto indiana: Royal Enfield Himalayan 450

A Himalayan 450 foi o último lançamento da fabricante a chegar às lojas brasileiras. Tirando de linha sua irmã 411, ela é muito mais tecnologia e herda praticamente só o nome da antiga.

Essa intermediária que está no mercado há mais de 1 ano abriu 2024 com o título de Indian Motorcycle of the Year – IMOTY – (Moto do Ano na Índia), destacando seu conjunto off-road e custo benefício.

Na parte motora a nova Himalayan traz consigo um monocilíndrico com 452 cm³ capaz de 40,02 cv de potência a 8.000 rpm e torque de 4,07 kgfm a 5.500 rpm.

A clássica também incorpora freios ABS, embreagem assistida e deslizante e dois modos de pilotagem: Performance e ECO. Ambos os modos permitem desligar o ABS traseiro, oferecendo quatro combinações no total. Segundo a marca, sua média de consumo é de 28,15 km/l.

Destaque para o painel da moto, que é o mais novo da marca de motos indiana. Este, 100% digital, é bem mais tecnológico e conta até com GPS com mapa integrado.

Moto indiana: Interceptor e Continental GT

Ambos os modelos são irmãos, ou seja, possuem praticamente as mesmas especificações, fora o tamanho. No motor, as custom retornam com o bicilíndrico de 648 cm³ presentes na Super Meteor e Shotgun.

Os chassis são de berço duplo em aço e as suspensões possuem 110 mm de curso, na dianteira e 88 mm, na traseira.

A diferença entre as irmãs está na altura e largura, pois a Royal Enfield Interceptor é maior que a Continental GT. Por isso o tanque da menor é de 12,5 litros e o da outra 13,7, além do peso, onde elas têm 214 kg e 217 kg, respectivamente.

Estas duas são as mais antigas à venda com esse propulsor e também as mais clássicas e queridas por verdadeiros fãs da marca.

Guerrilla 450

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  • Essa foi lançada, mas ainda não está nas lojas – a previsão é setembro de 2025.

Quando a moto foi lançada mundo afora, em setembro de 2024, na Índia, a Royal Enfield descreveu-a como uma moto “sem distrações. Sem frescuras chamativas. Sem plásticos inúteis.”

Além do visual que mescla a esportividade com a classe e até uma pitada scrambler, a Guerrilla 450 destaca uma ergonomia alinhada e popular. Sua estrutura é a mesma da Himalayan 450, porém com o banco fixo em uma posição ainda mais baixa, o que a deixa mais acessível. Na parte motora ela herda o propulsor 450, porém com alguns ajustes no mapa que a deixam com uma sensação de torque maior.

As suspensões frontais são garfos telescópicos tem 140 mm de curso e na traseira há um monoamortecedor de 150 mm.

No quesito tecnologia se destacam os dois modos de pilotagem, passeio e eco – que podem ser alternados no punho direito – a conectividade com smartphone, sistemas de navegação e outros que podem ser vistos no painel, iluminação em LED e wi-fi.

Moto indiana: Bajaj Dominar 400

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Já a Bajaj Dominar D 400 tem pegada viajante (Foto: Bajaj | Divulgação)

A Bajaj Dominar 400 é a maior moto da fabricante aqui no Brasil. Esta que está no mercado desde 2022 (quando a marca chegou aqui) é a moto naked mais comercializada no país, superando a já consagrada japonesa Yamaha MT-03. Assim como suas conterrâneas, ela oferece um preço acessível e um conjunto tecnológico elevado para a categoria e preços.

A moto 400 da segunda maior indiana comporta um motor de 373 cm³ arrefecido de forma hidráulica. Ela consegue entregar 40 cv de potência a 8.800 rpm e 3,6 kgfm de torque a 6.500 rpm.

Com um desempenho considerável para rodovias ela vem com um pára-brisas mais alto, placa de base do motor, protetor de perna, porta para carregamento USB e até um mini-encosto para o garupa.

Dominar 200

Dominar 200 Bajaj lança três motos
Bajaj Dominar 200 (Foto: Bajaj | Divulgação)

Já a Dominar 200 porta um propulsor monocilíndrico refrigerado a água de 199,5 cm³ que rende até 24,5 cv de potência a 9.750 rpm e torque máximo de 1,83 kgfm a 8.000 rpm. O modelo possui freios a disco nas duas rodas e ABS na dianteira. Um diferencial é o câmbio de 6 marchas.

A suspensão a 200 conta com um garfo telescópico na dianteira e um monochoque na traseira.

Essa moto indiana mantém as rodas de 17 polegadas, assim como na Dominar 400, e os pneus de fábrica tem medidas 100/80, na dianteira, e 130/70, na traseira.

Dominar 160

Dominar 160
Bajaj Dominar 160 (Foto: Bajaj | Divulgação)

O modelo quase gêmeo da 200 se diferencia esteticamente quase que apenas nas escritas que indicam os centímetros cúbicos no tanque. Mas na parte motora as diferenças são nítidas.

O motor do modelo é um possui 160 cm³ que são capazes de até 17 cv de potência a 9.000 rpm e 1,48 kgfm de torque a 7.250 rpm.

Moto indiana: Bajaj Dominar 250

Bajaj Dominar 250

Bastante semelhante a Dominar 400, a Bajaj Dominar 250 chegou ao Brasil em 2024, se diferenciando principalmente e obviamente na parte motora.

Portando um monocilíndrico de 248,77 cm³ e com refrigeração líquida o modelo é capaz de até 27 cv a 8.400 rpm e torque de 2,39 kgfm a 6.500 rpm. Seu câmbio conta com 6 velocidades.

Este modelo bem acabado conta também com um garfo invertido de 135 mm de curso e um monoamortecedor traseiro de 110 mm com vários níveis de ajuste. As duas rodas têm: 17 polegadas, ABS de dois canais e discos de 300 mm na frente e 230 atrás. O modelo que pesa 180 kg tem um tanque de 13 litros.

Além disso, o painel é 100% digital e a iluminação é full-LED. O farol opera em quatro modos diferentes, atendendo a várias necessidades de pilotagem.

Bajaj Pulsar N150

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O último lançamento da marca de motos indiana foi a Pulsar N150, que veio para ser um modelo simples e voltado para o deslocamento do dia a dia.

Chegando exatamente como sua versão indiana, a nova 150 da marca conta com um motor monocilíndrico de 149,6 cm³, 4 tempos, 2 válvulas e injeção eletrônica capaz de uma potência máxima de 14,5 cv a 8.500 rpm e torque de 1,3 kgfm a 6.000 rpm. Seu câmbio é manual de 5 velocidades.

Esteticamente ela surpreende na parte da frente e se torna comum na traseira. O modelo possui conjunto óptico em LED (porém mantém os piscas convencionais), protetor de motor e o clássico grafismo em 3D que a marca adora para as letras do nome da moto. Na parte de trás, rabeta e bancos bem tradicionais.

O mesmo vale para os freios da Pulsar N150, que embora a disco e ABS na dianteira, vem a tambor atrás. A história só se inverte no amortecedores: monoshock na traseira e simples na dianteira.

No aspecto tecnológico a moto indiana Pulsar N150 é equipada com um painel completo que traz recursos como indicador de marcha, relógio, aviso de distância até o tanque vazio (DTE) e conectividade ao smartphone. Ela também inclui uma porta USB para carregamento de celular.

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