Câmbio ‘automático’ em moto: presta ou não?
Tirando as scooters que não são oficialmente motocicletas e contam com câmbio CVT, a indústria de das rodas está automatizando cada vez mais seus modelos
Tirando as scooters que não são oficialmente motocicletas e contam com câmbio CVT, a indústria de das rodas está automatizando cada vez mais seus modelos
A Yamaha anunciou recentemente um protótipo de seu câmbio automatizado para motocicletas, que ainda não tem previsão de lançamento nem modelos certos para incorporar. Com essa novidade ela entra para o time das marcas que estão transformando seus modelos em automáticos, como Honda e BMW.
Esta tendência de automatização que já é antiga nos veículos de quatro ou mais rodas ainda é algo mais sombrio no mercado de motocicletas por vários motivos e um deles é o próprio gosto do condutor que, por suas razões, é resistente é muitas vezes afirma gostar mais do manual mesmo nunca tendo conduzido uma moto automatizada. E aí vem o questionamento, câmbio automatizado presta ou não?
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Indo direto ao ponto, assim como para os motoristas, vai depender do estilo de pilotagem e das intenções do motociclista que estiver pensando em um câmbio automatizado. Usando como exemplo a caixa de tipo CVT que a Honda possui e também a Y-AMT a Yamaha (que são bem parecidos), estes que livram a moto de pedal de troca e de manete de embreagem contam apenas com botões para passar ou reduzir a marcha e se o condutor quiser pode deixar que a moto fará isso sozinha.
Para aqueles que conduzem de uma forma mais tranquila e optam por menos preocupações, esse tipo de câmbio automatizado pode ser sim uma boa. Mas para quem anda com mais agressividade eles também não deixam a desejar, já que dá para fazer a troca de marchas pelo botão e quando o piloto quiser.
Claro que a troca de marchas manual será necessária nas motocicletas, principalmente nas curvas, pois diferente dos carros as duas rodas exigem mais atenção em conversões. Mais um ponto positivo para esse câmbio que permite trocas manuais.
Talvez um dos grandes medos que os pilotos tenham a respeito dos automatizados seja que aconteça o mesmo que nos carros. Nas quatro rodas a grande maioria dos automatizados foram totalmente escorraçados, pois davam muitos problemas, não engataram corretamente e engasgaram. Isso na moto pode significar uma fatalidade! Entretanto, estes eram apenas uma embreagem. Câmbios automatizados de dupla embreagem são muito mais eficientes e usados até em carros de corrida.
Na moto poderia acontecer a mesma coisa no caso de um câmbio simples, porém os que temos aqui não tem este problema. O DCT da Honda tem duas embreagens, uma para as marchas pares e outra para as ímpares. Dessa forma a embreagem da marcha seguinte já fica pré engatada e aciona rapidamente, acabando com o risco de falhas de engate.
O grande ponto que pode sim ser negativo nas automatizadas é o custo das manutenções, que são praticamente as mesmas que em um manual, porém como dito tem duas embreagens, ou seja gasto em dobro an hora da troca de discos. Mas considerando que elas funcionam para a metade das marchas, pode ser que demore o dobro do tempo para a manutenção.
Outro ponto é a respeito do “robô”, o atuador eletrônico que troca as marchas do câmbio da moto automatizada. Ele não tem manutenção programada nem foi feito para ser substituído, mas se isso for necessário este é um gasto a mais.
Como dito, vai depender do condutor saber avaliar sua situação. Para quem roda na cidade e quer evitar trocas repetidas ou andar mais tranquilo, o câmbio automatizado na moto pode ser uma boa. Porém para quem realmente não larga o pedal e a embreagem, este vai deixar saudades.
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