5 coisas que a moto escola te ensinou ERRADO!
É fácil aprender a rodar cheio de regras dentro de uma pista fechada, porém quando o piloto sai para a rua as coisas são bem diferentes
É fácil aprender a rodar cheio de regras dentro de uma pista fechada, porém quando o piloto sai para a rua as coisas são bem diferentes
Realizar o exame da moto escola para tirar a Carteira Nacional de Habilitação, a CNH, na categoria A, é uma missão que em tese atesta o piloto a circular pelo país sobre duas rodas. Porém, este exame que é feito em pista fechada exige várias ações que na rua, na prática, são totalmente inviáveis.
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Durante todo o percurso da pista, algumas práticas exigidas pelos examinadores podem fazer toda a diferença na condução real. Algumas são ordenadas por eles, outras deixadas de lado e azar de quem não aprendeu e vai rodar nas estradas.
Sem mais delongas, o primeiro e mais grave erro da moto escola é a respeito de como utilizar os freios, ou melhor, o freio. Durante toda a prova o aluno é ensinado a apertar apenas o freio traseiro, acionado pelo pedal do pé direito, e o freio dianteiro é deixado totalmente de lado.
No contexto de baixa velocidade nada sai do controle do condutor, porém na rua, com velocidades mais elevadas, é fundamental que o motociclista saiba utilizar tanto o freio dianteiro, quanto o traseiro. Em geral, o breque dianteiro é o que mais tem força para parar a moto por completo. Deixar tudo para a roda traseira é menos eficiente e aumenta as chances de derrapar na pista.
Pode parecer bobo, mas a moto escola ignora os retrovisores da moto, tal qual o freio dianteiro. Em paradas obrigatórias, saídas com a moto e outros é exigido apenas que o condutor olhe para trás. É claro que é muito importante olhar com mais atenção ao redor, já que o capacete limita a visão periférica e o retrovisor da moto é bem menor, mas a moto escola deveria sim alertar o aluno da importância deste item e utilizar de todos os recursos que a máquina possui.
O mesmo piloto que não olha o retrovisor e também não usa o freio traseiro também não aprende nem o básico de como fazer uma curva montado na moto. Durante as voltas que contornam o famoso “8” o aluno deve se manter totalmente ereto e virar o guidão da moto sem se inclinar para realizar as curvas. O mesmo continua nas outras partes com curva.
Por mais que isso seja importante para manter o equilíbrio, mais uma vez é algo que só se aplica nas baixas velocidades. Durante uma curva que o condutor está mais veloz é necessário se inclinar da forma correta. Apenas virar o guidão não irá resolver nada do problema a frente dele.
Ainda trazendo o assunto da postura, a moto escola exige que o piloto esteja sempre ereto, com os braços bem firmes e quase travados, pois caso contrário os movimentos podem ser considerados irregulares ele perderá pontos no exame. Claro que uma boa postura é fundamental para o condutor que obtém o melhor desempenho em cima da moto, mas a falta de mobilidade que ele perde por estar muito “travado” não funciona na rua e mais uma vez se classifica como algo que só se aplica na pista fechada.
Por fim, uma parte fundamental da condução é deixada de lado pela moto escola, que é a troca de marchas. Todo o exame é feito em primeira velocidade e o aluno literalmente não aprende a engatar da segunda para frente.
Por mais que seja uma ação simples de se aprender, o motociclista que sai limitado a isso na condução da vida real pode encontrar dificuldades quando estiver na rua e até se colocar em situações perigosas como: elevação excessiva dos giros do motor, trancos na troca, deixar o veículo morrer ou até quebrar alguma engrenagem da caixa.
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não, todo o exame não é feito em 1ra – é verdade que se troca pouco, mas vc passa marcha sim