Tudo sobre Diogo Moreira, o novo piloto brasileiro da MotoGP

Por Julia Vargas
Publicado em 14/10/2025 às 16h00

O Brasil voltará a ter um representante na categoria mais importante do motociclismo mundial. A Honda LCR anunciou oficialmente a contratação de Diogo Moreira para disputar a MotoGP a partir de 2026, encerrando um jejum de 19 anos sem pilotos brasileiros no grid. O último havia sido Alex Barros, em 2007.

O acordo é multianual e o paulista de 21 anos dividirá a garagem com o francês Johann Zarco, que também renovou com a equipe até 2027. A LCR é uma equipe satélite da Honda Racing Corporation (HRC), e vê em Moreira uma aposta de longo prazo para o novo ciclo técnico da categoria, que mudará seus regulamentos em 2027.

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Ascensão rápida nas pistas

Nascido em São Paulo, em 23 de abril de 2004, e criado em Guarulhos, Diogo Moreira começou a pilotar ainda criança. Iniciou no motocross aos três anos de idade e continuou na modalidade até sua transição para a motovelocidade, que contou com incentivo e apoio de Alex Barros, que atuou como mentor do jovem piloto.

Já na Europa, Moreira chamou atenção nas categorias de base e, em 2022, estreou no Campeonato Mundial de Moto3. Foram 39 corridas, com uma vitória, três pódios e duas poles positions. O desempenho o credenciou a subir para a Moto2 em 2024, onde logo foi eleito o Rookie of the Year (novato do ano).

2025 foi o ano de Diogo Moreira na Moto2

Em 2025, Diogo Moreira vive a melhor fase da carreira. Com vitórias em circuitos como Assen (Holanda), Red Bull Ring (Áustria) e Mandalika (Indonésia), o brasileiro ocupa a vice-liderança do campeonato, a apenas nove pontos do líder.

A regularidade e a maturidade nas disputas chamaram a atenção da Honda, que decidiu promovê-lo diretamente para a MotoGP. A equipe destacou o talento e a evolução técnica do jovem como fatores decisivos para o contrato.

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Diogo fará sua estreia oficial na categoria em 2026, no Grande Prêmio da Tailândia. O calendário da próxima temporada também marcará o retorno do GP do Brasil, previsto para o circuito de Goiânia, o que pode ser muito positivo para a movimentação da mídia local e de patrocinadores.

A Honda LCR planeja fazer de Diogo Moreira uma peça importante em sua renovação técnica. A equipe espera que o piloto cresça junto com o novo regulamento da MotoGP, que em 2027 reduzirá a cilindrada dos motores para 850cc e limitará os dispositivos aerodinâmicos.

Moreira, por sua vez, encara o desafio com serenidade. “É um sonho realizado. Sempre imaginei estar entre os melhores do mundo e representar o Brasil na MotoGP. Agora é trabalhar muito para fazer história”, afirmou em comunicado oficial.

Outros brasileiros na MotoGP

Diogo Moreira é o quinto representante do Brasil na história da categoria principal do motociclismo mundial. Os primeiros foram Adu-Celso Santos e Edmar Ferreira, ainda nos anos 70; seguidos por Marco Greco que permaneceu na competição, entre 1981 e 1986. Somente 21 anos depois veio a chegada de Alex Barros.

Curiosidades sobre Diogo Moreira

Atualmente Moreira vive em Andorra, pequeno país entre a França e a Espanha;
Seu pai foi quem o levou para o mundo do motociclismo, quando começou com o motocross com apenas três anos de idade;
Seu primeiro herói das corridas foi o piloto americano de motocross James Stewart;
Sempre utilizou o número 10 em suas motos, em referência ao número que o acompanhou desde o início da carreira.
É fã de esportes radicais e costuma compartilhar bastidores de treinos nas redes sociais.
Um dos seus hobbies favoritos é fazer sobremesas e, de acordo com ele, faz um excelente cheesecake;
A comida brasileira favorita de Diogo é feijoada;
Seu estilo musical favorito do Brasil é o Funk;
Seu lugar favorito no Brasil é a Rocinha, no Rio de Janeiro;
Antes das corridas, Diogo Moreira gosta de acordar e tomar café ouvindo músicas, depois disso assiste a largada da Moto3 e depois vai se trocar e relaxar até a hora da corrida;

Seu jogo de tabuleiro favorito é Rummikub, que é a atração principal das noites em família. Ele afirma que seria divertido jogar com os irmãos Marc e Alex Márquez, Pecco Bagnaia e Jack Miller;
Foi o primeiro brasileiro em quase duas décadas a conquistar vitórias em categorias de base do Mundial de Motovelocidade.