Motorização mais querida pelos entusiastas tem desaparecido em meio a restrições do mercado pressionado por Leis ambientais
As últimas décadas têm sido difíceis para os amantes das duas rodas e esportividade, principalmente a partir de 2014, quando iniciou-se a Fase M-4 do Programa de Controle da Poluição do Ar Por Motociclos e Veículos Similares – Promot – e modelos icônicos como a quatro cilindros Honda CB 600F Hornet, saíram de linha.
Hoje a Fase M-5 (mais rigorosa) do programa está em vigor. Felizmente nenhuma consagrada motocicleta “faleceu” por causa direta da exigência – por mais que praticamente todas as carburadas tenham acabado.
A Lei de emissões visa cada vez mais acabar com o carbono e com isso a pergunta do milhão se torna: até quando teremos os gloriosos motores quatro cilindros em nossas motocicletas?
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Sendo bem simples e direto, a grande maioria das Fabricantes promete que até 2050, não haverá mais emissão de carbono para produzir ou queimar dentro de uma moto. Ou seja, até lá talvez ainda existam motos quatro cilindros no mercado.
Essa margem de 25 anos ainda pode ser mais curta. É comum que quanto maior a motocicleta, maior também seja o número de cilindros. Porém hoje em dia não é difícil encontrar modelos maiores que 1000 cm³ com motores de três ou dois cilindros. A Honda CRF 1100 Africa Twin é um exemplo de gigante bicilindrica.
A garantia do fim da tecnologia é tão imprevisível que, em 2023, durante o Eicma, a mesma japonesa lançou a maior de suas novas Hornet. Em sua ficha técnica, um quatro cilindros de 157 cv.
Porém é fato que, gradativamente, as motos quatro cilindros tem acabado. Nos anos 1970 era comum ter modelos intermediários com essa motorização, as consagradas CB 400 e CB 500 que o diga. Em meados dos anos 2000, modelos intermediários 600 ainda poderiam ser encontrados em massa com uma motorização deste tamanho e hoje, nos anos 2020, um quatro cilindros é visto praticamente apenas nas motos grandes.
As fabricantes tenderan a produzir menos cilindros em seus modelos médios. A nova CB 750F Hornet, substituiu a antiga 600, vem bicilindrica. A Suzuki trocou sua GSX 750 pela Suzuki 8S, também tetracilíndrica e bicilindrica, e – mesmo que inconscientemente – a Yamaha XJ6 perdeu espaço para a MT-07.
Esta seria a segunda parte da pergunta milionária. É perceptível a resistência das fabricantes quando esse assunto chega, afinal, é a motorização que mais cativa o entusiasta mundo afora. Mesmo que o pronunciamento oficial de todas seja a favor da redução de emissões, as marcas sabem que quem gosta de moto gosta de quatro cilindros.
Como consequência, o mercado vêm perdendo suas tetra pelas bi. Porém não é impossível que um movimento contrário, assim como fez a Honda, aconteça em massa e, quem sabe, com o passar dos anos, a flexibilização ou melhora na tecnologia permita esse conjunto vivo no mercado.
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