Mudança de normas ambientais e a evolução tecnológica explicam o fim do modelo querido e nostálgico para o atual
Hoje a motorização 160 é a da vez entre os modelos mais compactos e econômicos, mas quem é mais velho ou conhece o mercado sabe que as marcas vêm subindo a capacidade volumétrica de seus motores ao longo das décadas. Há 20 anos, um modelo muito aclamado era a Honda CG 150 que, embora tivesse apenas 10 cm³ a menos que sua sucessora, deixou muita saudade pelas ruas brasileiras.
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Essa pequena ficou sendo fabricada por 10 anos entre atualizações e versões. Foi em 2004 que a antiga CG 125 deu espaço à CG 150, e em 2015 a 160 chegou. A partir da motorização 150, a Honda abandonou as varetas (OHV) e aderiu ao comando no cabeçote (OHC), uma evolução que trouxe mais eficiência e durabilidade.
O novo e maior motor chegou 13,6% mais potente, 35% mais forte e 18% mais econômico que o antigo, atingindo 14,2 cv e 1,35 kgfm.

Simples, robusto e confiável, tornando-se a nova “galinha dos ovos de ouro” da marca. Até hoje, muitos garantem que ela “aguenta mais” do que a atual 160. A manutenção simples e barata fechava o combo bom, bonito e barato, aquele que todo brasileiro gosta.
Quem gosta de andar um pouco mais rápido ainda aponta as vantagens de uma 150 versão carburada em relação a 150, mas aí depende do piloto também não é mesmo?
Mesmo com tantas qualidades, o tempo passou. O mercado mudou, a concorrência evoluiu e as leis ambientais ficaram mais rígidas. Em 2014, entrou em vigor a fase M-4 do Promot (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares), que estabeleceu limites mais severos para emissões de gases como CO, HC e NOx.
A Honda então decidiu desenvolver um novo conjunto mecânico, mais moderno e adequado às exigências do programa e daí nasceu o motor 162,7 cm³ que conhecemos hoje.

O novo propulsor trouxe balancins roletados, que reduzem atrito e ruído, e um torque um pouco maior em baixas rotações, o que ajuda no uso urbano. Também passou a ser a base para outros modelos, como a Bros 160 e a Titan 160, o que simplificou a produção e reduziu custos.
Com o motor 160, a CG ganhou mais tecnologia e eficiência, mas perdeu um pouco do que fazia a 150 ser tão querida: a sensação de leveza e a manutenção ainda mais simples. Para muitos, a CG 150 foi o auge da linha — o equilíbrio perfeito entre desempenho, economia e confiabilidade mecânica.
Hoje, ver uma 150 bem cuidada na rua desperta um sentimento quase nostálgico. É lembrar de uma época em que a CG era “feita com mais carinho” e não recheada de plásticos.
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