Pequena que poderia ser considerada a porta de entrada para uma variante minimamente mais esportiva foi duramente criticada em seus anos de ‘glória’
Em meados dos anos 2010 o sonho do motociclista de naked era uma Honda Hornet, intermediária que até hoje gera nostalgia nos pilotos. Para os que não conseguiam apostar nessa média, mas ainda sim querem uma Honda mais encorpada, o jeito era apelar para uma CB 300 que por muitos foi apelidada de “mini Hornet” – mesmo não tendo nada a ver com a 600, a não ser por uma leve semelhança estética.
Hoje, já uma moto usada, essa 300 pode ser encontrada por valores bem acessíveis (diferente da 600 que até parece ainda ser zero quilômetro), mas a questão é: vale a pena pegar essa japonesa?
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A Honda CB 300R foi lançada no fim de 2009, já em sua versão 2010, como uma sucessora da 250 Twister. Na época a Honda apostou em um motor maior e mais potente para fazer o upgrade de sua pequena.
A japonesa Honda usou a mesma lógica para tirar de linha a 250 Tornado e criar a XRE 300, ambas descontinuadas e lançadas junto da 250 Twister e CB 300, respectivamente.
Assim a nova 300 chegou: mais encorpada, carenada (mesmo ainda sendo uma naked), tecnológica e moderna. Porém logo o pesadelo começou.
O motor que foi reformulado a partir do antigo e robusto 250 logo apresentou o mais clássico dos defeitos desta moto, a trinca do cabeçote. Na época a engenharia da Honda pecou quando aumentou a capacidade volumétrica do propulsor e o deixou com problemas de superaquecimento. Com essa tribulação a parte de cima do conjunto facilmente trincava, gerando uma manutenção de custo elevado e sem garantia se solução longeva.
Em 2015 veio a resposta para o motor, que foi aplicada na XRE 300 a partir de 2016. Porém a CB 300R não teve a felicidade de receber a atualização e a fabricante preferiu retornar a ao antigo e confiável 250.
Segundo a Honda, na atualização do motor um novo cabeçote foi desenvolvido, além de ajustes nas paredes metálicas para melhora do sistema de ventilação. A mudança da vela tradicional para a famigerada “vela fina” também foi importante para a melhoria do modelo.
A partir daí, muitos afirmam que cessaram-se os problemas da XRE 300. Outros dizem que apenas tardou um defeito crônico e insolucionável.
Fato é que o problema crônico do motor fez a fama deste modelo. Com 291 cm³, essa 300 era capaz de desenvolver 26,1 cv de potência a 7.500 rpm e 2,81 kgfm de torque a 6.000 rpm. Parâmetros bons para a época e categoria.
Na estética uma moto bonita e encorpada, com um banco que não era bipartido, mas contava com uma moldura interessantes para os condutores. Ela ainda contava com um painel completo – mesmo sendo misto – e freios ABS dependendo da versão.
Ainda com o problema motor, a Honda CB 300 fabricada entre 2009 e 2015 segue como uma opção para quem precisa de uma moto um pouco mais encorpada e por um preço acessível. Peças de manutenção não faltam nas mais de 1.000 lojas autorizadas da marca espalhadas pelo Brasil, além de que a moto já conta com freios ABS e um painel completo.
O condutor que quiser apostar em uma destas tem que observar muito bem a procedência e o estado do modelo e ainda assim estar sujeito a uma quebra repentina na parte de cima do motor – o que vai custar alguns contos de real.
Sem mais delongas, apostar em uma concorrente da mesma idade, tamanho e sem problemas tão complexos como a Yamaha Fazer 250 talvez seja mais vantajoso.
O que verificar antes da compra de uma Honda CB 300R?
O que verificar no ato da compra de uma Honda CB 300R?
O que trocar imediatamente após a compra de uma Honda CB 300R usada?
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