Crise na KTM pode desfazer união com MV Agusta
A austríaca enfrenta um processo de reestruturação judicial e pode ser obrigada a reduzir ainda mais seus rendimentos para voltar a ativa
A austríaca enfrenta um processo de reestruturação judicial e pode ser obrigada a reduzir ainda mais seus rendimentos para voltar a ativa
No fim de novembro fomos surpreendidos com o anúncio do início de um “processo de falência” declarado pela renomada KTM. Agora a fabricante que já havia anunciado uma redução drástica em sua produção parece enfrentar também o que seria o fim de sua recente parceria com a italiana MV Agusta. Tudo foi conversado durante uma reunião na Confindustria Varese.
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Segundo trazido pelo Car&Bike na primeira quinzena do mês, as operações de produção da MV Agusta retornarão à sua fábrica original em Varese, na Itália – o que alinha a posição da KTM de reduzir sua produção. A transição deve ser concluída até março de 2025, dentro de um prazo estimado de 90 dias.
O portal ainda afirma que mesmo com a situação a MV Agusta parece não se abalar tanto. Ela pretende vender seu estoque atual de motocicletas fabricadas na Áustria, e já planeja a produção de três novas motocicletas em 2025. A marca italiana está mirando um crescimento acelerado ao longo de três anos, esperando atingir a estabilidade até o final de 2027.
A parceria entre KTM e MV Agusta na verdade foi uma compra. A austríaca iniciou a aquisição da italiana há pouco mais de um ano, adquirindo inicialmente 25,1% das ações e alcançando 50,1% meses depois. Essa compra fazia parte de uma estratégia para expandir sua presença no mercado de motocicletas esportivas, no entanto, mudanças nas preferências dos consumidores, interrupções na cadeia de suprimentos e a transição para a mobilidade elétrica impactam severamente o setor na Europa, agravando os problemas financeiros da KTM.
A reestruturação da KTM é vista como uma tentativa de concentrar recursos em suas operações principais e lidar com os desafios de um mercado em transição. A marca preza sua permanência no mercado global de duas rodas.
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