Lançamentos de motos em 2021: o que vem por aí?
Várias novidades vão saltar das vitrines (ou da internet) em 2021 diretamente para as ruas: não vão faltar candidatos a estacionar na sua garagem
Várias novidades vão saltar das vitrines (ou da internet) em 2021 diretamente para as ruas: não vão faltar candidatos a estacionar na sua garagem
Torcendo para 2020 acabar logo, os fabricantes de motos vislumbram os lançamentos em 2021. O palco dos grandes salões, onde as novas safras ganham os holofotes, também minguaram com um ano atípico. De qualquer modo, a roda tem que girar e vários novos modelos vão ganhar as vitrines via internet e as ruas em 2021, renovando, ou ampliando, parte da frota.
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A Honda, depois de mostrar o scooter Forza 300 em um teste de aceitação em 2019, confirmou que vai trazer em 2021 o irmão maior Forza 350, recentemente lançado na Europa. Lá, a potência do motor de um cilindro e 330 cm3 é de 28,9 cv a 7.500 rpm, e o torque, de 3,3 kgfm a 5.250 rpm. Aqui, com as restrições de emissões e ruídos impostas pelo programa Promot, os números podem variar.
O motor do novo Forza 350 é semelhante ao do scooter SH 350, também comercializado na Europa, o que indica que o “nosso” SH 300, igualmente pode virar SH 350 no futuro. O Forza 350, já confirmado, tem o controle de tração, que pode ser desligado, sistema de freios ABS nas duas rodas, que contam com aro de 15 polegadas na dianteira e 14 na traseira.
O para-brisa é ajustado em altura eletricamente, e o porta-malas comporta dois capacetes do tipo fechado. Tem ainda iluminação em LED, smart key, tomada USB e conectividade com o celular, via comando de voz dentro do capacete, desde que equipado com sistema próprio, fones e microfone.
Em 2021, outro dos lançamentos que vai desembarcar aqui a superesportiva CBR 1000RR-R Fireblade, a mais potente das motos de série jamais produzida pela Honda. São quatro cilindros em linha e nada menos que 217,4 cv a estratosféricos 14.500 rpm. O torque de 11,5 kgfm tem força máxima em 12.500 rpm. Os números também podem mudar em função dos controles de emissões e ruídos nacionais.
A Fireblade (Lâmina de Fogo), para não deixar dúvidas, tem em seu nome não duas, mas, três letras “R”, que simbolizam Racing (Corrida) e esportividade. Para tanto, também ganhou uma carenagem com asas invertidas para aumentar a pressão aerodinâmica e não decolar. O novo quadro tem dupla trave em alumínio e os freios pinças Brembo Stylema.
As suspensões são Ohlins na versão SP, com interface eletrônica, que permite regulagens através do painel. O painel em tela TFT colorida tem cinco polegadas. A eletrônica conta com três modos de pilotagem, nove níveis de controle de tração, três de anti-empinadas (antiwheelie) e também controle de freio motor, amortecedor de direção e quickshifter de duas direções.
As novas motos Africa Twin, com motor que passa de 1.000 cm3 para 1100 cm3, têm os lançamentos previstos para o primeiro semestre de 2021. Serão quatro versões: Africa Twin 1100 com câmbio tradicional, Africa Twin 1100 com câmbio DCT (Dupla Embreagem), Africa Twin 1100 Adventure Sports com câmbio tradicional e Adventure Sports com DCT, que nem tem manete de embreagem e pedal de câmbio.
A potência saltou para 102 cv a 7.500 rpm, e o torque, para 10,7 kgfm a 6.250 rpm. A eletrônica conta com cinco modos de pilotagem, três de freio motor e sete de controle de tração. O modelo Adventure Sports tem tanque de maior capacidade e suspensões de maior curso. O painel é em tela TFT.
A Honda apresentou na Europa o modelo Rebel 1100 (Rebelde 1100), com estilo custom, de formas mais compactas e limpas, sem cromados e supérfluos. Com pára-lamas mais curtos, a motocicleta assume também características “Bobber”, além de utilizar o mesmo motor de dois cilindros em linha da Africa Twin 1100.
A Honda já participou do segmento custom no Brasil com os modelos Shadow 600, substituída pela Shadow 750, que abandou o estilo clássico para exatamente adotar formas mais arejadas, com paralamas curtos e pedaleiras no lugar das plataformas para os pés. Com a retirada de linha da Shadow, a marca ficou sem representante no segmento.
A Honda, porém, fez um teste de aceitação com exibição do modelo Rebel 500 (que utiliza o mesmo motor da CB 500) durante o Salão das Duas Rodas de 2017, o que também pode sinalizar um possível desembarque da nova Rebel 1100 em nosso mercado. A favor, o fato de o modelo utilizar o mesmo motor da Africa Twin 1100 e a opção de caixa de dupla embreagem, que chega em 2021 produzida em Manaus, facilitando a logística.
O motor ganhou novos contrapesos, caixa do filtro de ar e escape, resultando em uma potência de 86,9 cv a 7.000 rpm e em um torque de 10,0 kgfm a 4.750 rpm. O quadro é em tubos de aço, a suspensão dianteira é convencional, com tubos de 43 mm e duplo amortecedor com reservatório de expansão de gás na traseira. Tem ainda iluminação em LED, tomada USB e espaço de três litros em baixo do banco.
A Yamaha modernizou, lá fora, os modelos MT-09, MT-07 e Tracer GT 900, que é a MT-09 versão Esporte Turismo, com carenagem, pára-brisa, que passa a ser chamada de Tracer 9. Os lançamentos dessas motos no Brasil ocorrerão em 2021.
A MT-09 (Master of Torque) chega à terceira geração. O motor foi reconstruído, passando de 847 cm3 para 899 cm3, com novos pistões, bielas e comando de válvulas, mantendo, porém, a arquitetura de três cilindros em linha e intervalo de ignição de 270 graus. A potência subiu 4 cv e ,o torque, 7%, com 9,5 kgfm a 7.000 rpm, cerca de 1.400 rpm mais cedo que no modelo anterior. É o mesmo conjunto mecânico da Tracer 9.
A eletrônica ganhou uma central de medição inercial de seis eixos, painel em tela TFT de 3,5 polegadas e um novo bloco óptico em LED, bem mais agressivo, com farol central tipo canhão, ladeado por duas fileiras de lâmpadas. A Tracer 9 ganhou banco 15 mm mais baixo e regulagem nas pedaleiras e no guidão.
A MT-07 também ganhou novo bloco óptico em LED com farol central e dois laterais. O duplo disco de freio dianteiro aumentou o diâmetro para 298 mm. O painel é novo, com tela em LCD. O motor de dois cilindros em linha e 689 cm3 não foi alterado e entrega potência de 73,4 cv e torque de 6,8 kgfm.
A grande novidade, porém, será a esperada Ténéré 700, que utiliza exatamente o mesmo motor da MT-07. O modelo já está em processo de homologação, mas está enfrentando dificuldades nas emissões de ruídos.
O modelo, inicialmente apresentado como protótipo em 2016, passou por um processo de desenvolvimento bastante extenso e já tem até a versão Ténéré 700 Rally Edition, com visual inspirado nos modelos que disputaram o Rally Dakar em 1983 e 1984, atravessando o deserto que a batizou.
A Versão “normal” que será comercializada aqui não é tão off-road: mais comportada, será mais apropriada para também rodar nas ruas das cidades. Porém, pelas dimensões reduzidas e opelomotor sempre alerta, herdado da MT-07, sem dúvida vai ficar muito à vontade na terra.
Outra novidade é a Harley-Davidson Pan America 1250, que será oficialmente apresentada em fevereiro. Ela pode desembarcar no Brasil, onde há uma fábrica da empresa em Manaus (AM). A marca também vai apresentar a tradicional linha das estradeiras, com mais eletrônica.
A Harley-Davidson passou por uma reestruturação mundial, com substituição do presidente e adiamento de lançamentos anunciados para 2021, como uma naked e uma streetfighter, ambas as motor com mecânica de dois cilindros em V, de 975 cm3, com refrigeração líquida.
No Brasil, a Harley também está reestruturando a rede de concessionárias, tornando-a candidata ao modelo elétrico Livewire e também à nova Pan America 1250, que vai contar com as mesmas armas da forte concorrência do segmento. A Pan América 1250 vai adotar suspensões de maior curso Showa, freios Brembo, além de para-brisa regulável, painel com tela TFT e ergonomia de pilotagem mais vertical e relaxada.
O motor, batizado de Revolution Max, com cerca de 145 cv de potência e 12,4 kgfm de torque, também vai equipar outros modelos da marca. A unidade segue a tradicional arquitetura de dois cilindros em V, com 60 graus de inclinação, porém com arrefecimento líquido, controle de tração e transmissão final por corrente. A Pan America 1250 vai contar com suspensões eletrônicas reguláveis, punhos aquecidos, piloto automático e farol em LED com bloco horizontal.
A inglesa Triumph, instalada em Manaus, monta as novas Tiger 900, campeãs de vendas da marca, e também vai montar a nova Tiger Sport 850. O modelo utiliza o mesmo motor das irmãs, mas com potência reduzida eletronicamente, para ser a Tiger de entrada e ampliar a linha. A unidade de três cilindros em linha entrega 84 cv, (contra 95 cv da Tiger 900), e o torque passa de 8,8 kgfm para 8,4 kgfm.
As suspensões são Marzocchi, com 180 mm de curso na dianteira e 170 mm na traseira, enquanto os freios possuem pinças Brembo. O quadro em tubos de aço e o painel em tela TFT também são os mesmos, porém, os pneus e a eletrônica, diferentes.
A Triumph também deve trazer a nova Trident 660, uma naked igualmente de entrada, equipada com motor de três cilindros, com 660 cm3, que fornece 81 cv a 10.250 rpm e 6,5 kgfm a 6.250 rpm. O pacote eletrônico tem dois modos de pilotagem e controle de tração. O painel arredondado pode ser espelhado ao celular via Bluetooth, e a lanterna traseira é integrada à rabeta. A ideia é oferecer uma moto divertida e ágil para atrair uma faixa mais jovem.
Outra marca nascida inglesa, mas agora indiana, a Royal Enfield vai lançar em 2021 o modelo Meteor 350, que, na Índia, tem três versões de acabamento: Fireball, Stellar e Supernova, a mais equipada.
No Brasil, a Royal Enfield vem acelerando a abertura de concessionárias e pretende produzir seus modelos em linha de montagem em Manaus (AM). Porém, a Bullet (Bala) 500, considerada a mais antiga moto de série em produção contínua do mundo, desde 1932, saiu de linha no país, assim como sua irmã Classic 500. Assim, a gama de modelos ficou restrita à Hymalaian 400 e às Twin 650, Interceptor e Continental.
Dessa forma, a marca tem urgência na Meteor 350, que já está em processo de homologação. O motor de um cilindro, com 349 cm3, é arrefecido a ar e fornece 20,2 cv a 6.100 rpm e 2,8 kgfm a apenas 4.000 rpm.
Com estilo cruiser, tem freios ABS, suspensões convencionais, com tubos de 41 mm de diâmetro e 130 mm de curso na dianteira e regulável na pré-carga na traseira, além de um inédito sistema de navegação em parceria com a Google, destacado ao lado do painel redondo. A previsão e que o preço fique abaixo dos R$ 20 mil.
Entre as motos BMW cujos lançamentos no mercado nacional ocorrerão em 2021, está a nova naked S 1000R. Derivado da superesportiva S 1000RR, o modelo ficou mais leve, mais potente, com mais eletrônica e com novo farol único, além da nova linha GS 40 Anos, da qual a caçula G 310 GS faz parte.
A segunda geração da G 310 GS será produzida em Manaus (AM), com motor de um cilindro de 313 cm3 com refrigeração líquida, que entrega 34 cv a 9.500 e 2,9 kgfm a 7.500 rpm. O acelerador passa a ser eletrônico, a embreagem, deslizante, e toda a iluminação, em LED. O painel é totalmente digital e inclui computador de bordo e luzinha shift light, que indica o momento certo de trocar as marchas. A nova decoração também inclui a pintura do quadro em vermelho na versão Rally.
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O texto tem um erro muito grande
Diz que graças às restrições do PROMOT as configurações aqui podem ser diferentes da europeia.
Mentira: é o contrário. Nossas restrições de poluentes são muito baixas e permitem qualquer coisa. Já os modelos europeus vem já com EURO 5 OU 6 que é muito mais rigoroso que o nosso protocolo. Saímos ganhando ao comprar motos menos poluentes vinda da Europa.
Não tem como a Rebel vir para o Brasil Honda???
Honda não traz nada que é bom lá fora. Queria muito a Rebel 500.
E Kawasaki?
Estamos em abril de 2021 e nada de chegar a Fireblade RR-R, até quando hein?
Essa moto da BMW G310GS , para uma moto que se diz aventureira , ter somente tanque de 11l e rodas que não são raiadas , é uma piada. Chega a ser ridícula.
Sobre a Tenere 700, não entendi pq escreveram que na versão “normal” elas vai ser mais comportada. Vai vir um modelo diferente da Europa e EUA?
amigo, pra nos BR a moto vem bemmmmmmmmm mais fraca do que realmente ela vem montada. é ridiculo
Motos elétricas nada,já se percebe que o Brasil como sempre vai ser o atrasado da rodada do futuro. Sucesso para a Voltz do Brasil !
A MT-09 NUNCA teve ignição em 270º, e sim em 240º.