Moto com marcha ré: até funciona, mas pra que?
As gigantescas motos touring da atualidade já contam com essa tecnologia, porém são modelos robustos e de valor bem elevado
As gigantescas motos touring da atualidade já contam com essa tecnologia, porém são modelos robustos e de valor bem elevado
É de conhecimento geral, mas não de todos, que quase nenhuma moto possui marcha ré. Essa característica garante maior simplicidade ao conjunto que não necessita da engrenagem extra, porém ainda sim alguns se indagam se seria possível ou não colocar uma marcha ré em uma pequena. Tudo vai depender da necessidade e do quanto se quer pagar a mais pelo produto.
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O primeiro ponto que devemos abordar na hora de falar de moto com marcha ré é a viabilidade da adesão deste item em uma pequena. Motos, no geral, não necessitam desta engrenagem extra, pela possibilidade de serem conduzidas apenas com as velocidades que a leva pra frente. Essas pequenas podem ser manobradas facilmente e caso necessite retornar basta colocar os pés no chão e ir um pouquinho para trás.
Em entrevista ao AutoPapo, o especialista em desenvolvimento do setor de pesquisa da Honda, Bismark do Vale, apontou que o principal motivo é o tamanho do modelo.
Pelo fato da moto ser leve, a manobra é mais eficiente usando os pés. Pra ter o sistema de ré teríamos que ter outro sistema de engrenagens.”, afirmou o engenheiro.
Adicionar mais engrenagens também é um empecilho para a tecnologia de marcha ré em uma moto. Segundo do Vale, quanto mais compacto for a caixa da moto, melhor.
Desenvolver uma nova engenharia para adicionar outra velocidade levaria a mais engrenagens e consequentemente o adicional de peso e dimensões, indo na contramão do que o especialista observa.
O preço do produto também é um fator para inviabilizar marcha ré em motos. A adesão de mais componentes, fora o custo da engenharia de desenvolvimento, certamente impacta no valor da motocicleta.
Embora não sejam tão comuns, motos touring muitas vezes contam com esta tecnologia. Por serem muito grandes e pesadas, a necessidade da tecnologia aparece. Porém nem mesmo essas costumam ter a adesão de mais engrenagens na caixa, contando com sistemas elétricos para isso.
A Honda Gold Wing e a BMW K 1600 GTL, por exemplo, contam com um sistema de marcha a ré elétrico, tudo para não impactar diretamente no câmbio e facilitar a engenharia.
Porém, nem estas gigantes são como os carros e a ferramenta reversa é apenas um auxiliar para retornar, fazendo que o piloto ainda tenha que colocar os pés no chão para fazer a manobra corretamente.
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