Moto elétrica vale a pena? Veja os prós e contras
A eletrificação está chegando também para os veículos de duas rodas e o motociclista já está cogitando esse tipo de veículo
A eletrificação está chegando também para os veículos de duas rodas e o motociclista já está cogitando esse tipo de veículo
O futuro da mobilidade é o elétrico. Todas as grandes montadoras já estão focadas em automóveis movidos a baterias, e com as motocicletas não é diferente. as motos elétricas já estão ficando cada vez mais comuns.
No Brasil, embora ainda mais atrasado em relação a alguns outros países, a moto elétrica já não é mais uma grande novidade e é uma opção real para o piloto. Mas a grande questão é: comprar ou não comprar? Vale a pena?
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Para responder essa pergunta é importante saber que as motos elétricas ainda são uma tecnologia muito nova e bem menos explorada que os modelos a combustão. Por isso é importante ficar atento a suas especificidades e propostas para o consumidor.
A autonomia é o que muitas vezes fica na cabeça do piloto, pois enquanto um modelo 150 a combustão consegue fazer facilmente mais de 500 km com um tanque cheio, as motos elétricas não passam de 150 km, utilizando carga de duas baterias. Quem quiser rodar mais terá que parar para recarregar, ou contar com baterias reservas – itens também que não são baratos para se ter sobrando, tendo um valor médio de R$ 5.000. Para o piloto que quiser esperar a bateria recarregar, terá de esperar cerca de 5h para ter uma carga completa.
As motos elétricas não consomem combustíveis fósseis, elas funcionam apenas com eletricidade e neste quesito levam grande vantagem sobre motos a combustão.
Considerando um modelo que faz em média 40 km/l de combustível, com a gasolina custando o valor de R$ 5,63 (preço médio que custa atualmente no Brasil), o condutor estará pagando o equivalente a R$ 0,14 por km rodado.
Já com uma moto elétrica este valor por quilômetro é de R$ 0,041, considerando o valor médio do kWh no Brasil, que é de R$ 0,75, e que uma bateria de moto elétrica que roda até 90 km consome 5,16 kWh para o abastecimento completo.
Dessa forma, um motociclista com uma moto a combustão gastaria R$ 14 de gasolina para rodar 100 km, contra R$ 4,1 de energia de uma moto elétrica. Tudo isso parte do princípio de que a bateria está sendo abastecida apenas na casa do piloto, e consumindo a energia dele.
Outra preocupação dos pilotos que pensam em uma elétrica é a respeito da durabilidade das baterias de uma moto elétrica. Este componente, que pode variar em torno de R$ 5.000 reais para ser adquirido, tem vida útil de até 6 anos e após este período sua eficiência já não é mais a mesma. É um fator a ser considerado durante a manutenção destes modelos.
Falando em manutenção, existem prós e contras para isso também. As motos elétricas possuem menos peças mecânicas para serem revisadas, como motor lubrificado por óleo, sistema de velas, correntes e outros, isso faz com que o custo com peças se resuma a praticamente pneus, freios, suspensões e a bateria.
Os fabricantes e revendedores costumam oferecer serviços de revisão e manutenção em suas lojas autorizadas, porém, como é uma tecnologia relativamente nova, encontrar determinadas peças em outras lojas pode não ser fácil.
Embora não seja um mercado tão grande quanto o das motos tradicionais, motos elétricas como as da Watts Mobilidade já estão na tabela Fipe, ou seja, já possuem um preço base de mercado.
O custo destes modelos é um pouco mais elevado, mas não é muito diferente de uma 160 ou 125 de força e potência equivalentes. Enquanto uma Honda Titan 160 custa R$ 16.760 e uma Yamaha Neo 125 R$ 12.290, uma moto elétrica Watts W160S está por R$ 22.990 e a scooter Watts WS120 por R$ 16.990.
Considerando todos os fatores anteriores, é importante pensar se seu perfil se encaixa com a proposta de uma moto elétrica. No Brasil, as motos elétricas são equivalentes aos modelos 125 ou 160, sendo muito voltadas para a mobilidade urbana. Quem precisa se deslocar com agilidade nas grandes cidades e não roda para locais muito afastados pode ser dar bem com as atuais movidas a eletricidade. Porém, quem gosta de pegar a estrada, rodar por mais tempo e para locais mais afastados que exijam mais autonomia e motos maiores, ainda terão que esperar essa tecnologia avançar.
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Infelizmente a Voltz deixou, por incompetência ou má fé, uma péssima impressão sobre motos elétricas.