Problemas comuns podem estar relacionados a degradação de alguns componentes duráveis e até de alguns de manutenção periódica.
Não é de hoje que a vida do motociclista é facilitada pela tecnologia – e a partida elétrica é um bom exemplo disso. Introduzida em modelos ainda na década de 1910, com a tentativa malsucedida da Indian no modelo Hendee Special de 1914, só começou a se popularizar de fato depois dos anos 1980. No Brasil, tornou-se comum ligar a moto com o simples toque de um botão nos anos 2000. Mas, como todo recurso tecnológico, também está sujeita a falhas — e é justamente na hora da pressa que o pior pode acontecer: a moto não quer ligar na partida elétrica.
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A boa notícia, em uma situação destas, é que não é um sistema tão complexo e tudo costuma ser resolvido com no máximo a inspeção de cinco componentes.
A bateria é um dos primeiros componentes que vêm à cabeça quando se pensa do porquê a moto não liga. Como ela é responsável por fornecer a energia que o botão utiliza para ligar a moto, se ela acaba a botoeira também não funciona.
Alguns outros indicativos também aparecem como: buzina fraca, luzes baixas, problemas para acender o painel, dentre outros.
Para se certificar, o melhor é conferir o nível da bateria com um multímetro ou ir em alguma casa de baterias para o laudo de um especialista. Caso seja esse o problema, o botão de partida da moto voltará a funcionar normalmente assim que a “pilha” for trocada.
O relé de partida costuma ser outro empecilho para o funcionamento. Ele trabalha como um tipo de interruptor entre a bateria e o motor de arranque e caso esteja queimado, travado ou com mau contato, a corrente elétrica não chega corretamente ao motor de partida, impedindo o funcionamento. Esse defeito pode ser identificado por “cliques” sem acionamento do motor ou pela ausência total de resposta ao apertar o botão de partida.
Para tirar a prova, um “jump” pode ser feito entre um terminal e outro do relé. Se a moto ligar fica óbvio o defeito – não realize este teste sem os devidos equipamentos ou conhecimentos já que há riscos de choque elétricos.
O motor de arranque, também conhecido como motor de partida, é o responsável por girar o motor da moto até que ele funcione por conta própria. Com o tempo, escovas desgastadas, sujeira acumulada ou defeitos internos podem comprometer seu funcionamento. Se houver ruído anormal ou ausência de rotação ao acionar a partida, este pode ser o problema.
Quem também é um grande responsável pela moto não querer ligar na partida elétrica é o próprio botão de ignição. À medida que ele é exposto ao sol, chuva, poeira e ao tempo, seus componentes podem falhar e até acumular sujeira ou zinabre (camada esverdeada que se forma em componentes metálicos como forma de oxidação). Às vezes, o problema se resolve com uma limpeza; outras vezes, é necessário substituir o botão.
Por fim, dois problemas que não são defeitos, mas podem levar a pensar que há algo errado com a motocicleta.
O primeiro é quando o descanso da moto está baixo e o condutor tenta ligá-la. Em modelos mais antigos isso não interfere em nada na ignição da moto, porém é muito comum que motos novas tenham um sistema de segurança que não deixa a moto ligada caso o equipamento esteja baixo. Basta verificar e mudar esse hábito antigo de ligar a moto com o descanso baixo.
O mesmo acontece quando o botão de emergência, que corta a energia da moto, é acionado. Este equipamento de segurança não deixa a energia passar, o que torna impossível ligar a moto. Pode parecer que não, mas este simples ato pode deixar o condutor batendo cabeça por algum tempo.
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