Moto usadas: 7 dicas para não cair em golpes ao comprar
A alta do mercado de duas rodas leva a pessoas que nem sempre são especialistas no assunto a se arriscarem nas transferências veiculares
A alta do mercado de duas rodas leva a pessoas que nem sempre são especialistas no assunto a se arriscarem nas transferências veiculares
Assim como o mercado dos zero quilômetro, a procura por seminovos cresceu exponencialmente nos últimos anos. Esta lógica que vale também para o comércio de moto usada tem levado vários condutores, não tão experientes com comércios, a compra de modelos de duas rodas. Mas para isso deve-se ter atenção.
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Vários podem ser os golpes aplicados a quem deseja comprar sua moto usada e para evitar isso a Olho no Carro apontou algumas dicas de como se safar de quem quer passar a perna no cidadão.
As motos usadas, assim como a maioria dos outros bens, possuem um valor tabelado e, portanto, os preços tendem a não variar muito de um anúncio para outro. Por isso, antes de qualquer coisa, faça uma pesquisa ampla sobre o modelo que você deseja comprar e se atente não só ao modelo em si, mas também a aspectos como o ano e a quilometragem da moto. Também estime um valor médio que os anunciantes estão pedindo e ao encontrar anúncios muito baratos, desconfie.
Muitas vezes, os vendedores farão pressão para que você compre a moto usada rapidamente, falando que existem outras pessoas interessadas e que se você não fizer um movimento rápido, perderá a oportunidade. No entanto, nunca compre uma moto sem antes vê-la pessoalmente. É nessa visita presencial que você terá a chance de avaliar a real condição do produto, podendo averiguar se ela está riscada, batida ou se possui algum sinal de reparo, como diferenças na pintura.
Se a aparência da moto estiver de acordo com as suas expectativas, não deixe de solicitar ao vendedor que faça um test drive antes da compra, pois assim que você poderá de fato sentir o produto e perceber eventuais sinais de problema, seja no motor, no freio ou na suspensão.
Se, após o test drive, restar alguma dúvida, não exite em pedir ajuda. Chamar um mecânico de confiança para avaliar a moto pode ser um bom caminho para ter uma compra ainda mais segura.
Outro passo fundamental para te dar mais segurança antes de investir seus recursos em uma moto usada é saber se a documentação dela está em dia e se seu histórico passa a confiança necessária para que a compra seja efetuada.
A Internet e as plataformas virtuais possibilitam que pessoas falsifiquem suas identidades. Nesse sentido, é fundamental que você faça uma pesquisa sobre o vendedor da moto usada para entender se ele realmente existe e se há algum indício de descredibilidade em relação a ele ou ao seu anúncio.
Ainda na lógica das pressões que os vendedores podem fazer para que você feche a compra logo, talvez alguns deles te peçam sinais ou adiantamentos como forma de garantir que aquela moto será sua. No entanto, isso não é recomendado, uma vez que pode ser um golpe. Apenas efetue qualquer pagamento após ter certeza de que a moto será sua.
Parece óbvio falar sobre comunicação, mas muitos golpistas se utilizam da falta dela para aplicar golpes a partir da clonagem de anúncios. Por isso, desconfie de vendedores que te instruem a não falar sobre valores e outras questões na hora que você for ver a moto, independentemente do motivo que eles te derem para isso. Jogue limpo e sempre se comunique com as pessoas envolvidas no seu processo de compra.
Para evitar cair em golpes na hora de comprar uma moto usada, é necessário também conhecer quais são os golpes mais praticados e ficar esperto com qualquer indício de estar sofrendo um deles. Por isso, a Olho no Carro separou dois golpes bem comuns no mercado:
Alguns golpistas dizem que o motivo da venda é o fato de que tiveram que sair do país e não conseguiram regularizar a moto nesse novo destino. Supostamente é isso que leva o anúncio a ter um preço mais competitivo, afinal, teoricamente o comprador precisará ter alguns custos extras, que poderão ser pagos ao suposto advogado do vendedor, que mora no Brasil e será o responsável pela negociação.
Nesse caso, o comprador até recebe uma ordem falsa de conhecimento de carga, o que dá uma maior credibilidade ao negócio. Após realizar a transferência do dinheiro, o comprador é avisado que a moto demorará alguns dias para chegar, por causa do transporte por navio. No entanto, o produto nunca chega e, ao tentar entrar em contato, o advogado some.
Nesse golpe, por sua vez, o vendedor alega que está vendendo a moto porque ela está envolvida em algum trauma familiar, como, por exemplo, o acidente de um filho. Ele até apresenta ao comprador os documentos da moto, onde consta que ela está regularizada e com tudo em dia. Então o golpista pede um sinal, argumentando que existem outras pessoas interessadas na compra.
No entanto, após receber o pagamento do sinal, o suposto vendedor some. Tudo isso porque, na verdade, ele nunca teve essa moto usada e apenas conseguiu os documentos após demonstrar um falso interesse em uma moto que, de fato, está sendo anunciada.
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