Essa pequena motocicleta disputou contra renomadas japonesas campeãs de venda, mas ganhou na combinação de estilo e preço
A Haojue Chopper Road 150 está prestes a ser descontinuada no Brasil, uma pena para os fãs de pequenas clássicas já que essa é a moto custom mais barata do país. Por mais negativo que isso possa soar, não é a primeira vez que uma fabricante age assim. Em 2016 a mãe da chinesa Haojue, a Suzuki, deixou para traz a querida Intruder 125 (que inclusive deu lugar a Chopper Road) e junto disso um enorme mercado de motos usadas e histórias de motociclistas que gostam de uma pequena com um pouco mais de estilo.
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Quem conviveu com a pequena Suzuki Intruder 125 que foi lançada no mercado em 2002, certamente lembra dela na cor amarela, já que foi um modelo muito utilizado pelos Correios. Mas também nas ruas de grandes cidades como uma alternativa às clássicas japonesas da Honda e Yamaha. Essa tinha estilo custom, enquanto as concorrentes o clássico design city.
E foi justamente isso que ganhou o gosto do brasileiro. A Intruder era uma pequena custom de preço acessível, ou seja, era possível comprar, rodar em grandes cidades e com estilo.
A pequena Intruder, mesmo sendo uma 125 de baixo custo, contava com detalhes que enriqueceram seu acabamento. Além do estilo custom, detalhes cromados e pintados em várias partes do modelo deixavam um requinte na motocicleta, a diferenciando de outras com partes plásticas ou foscas. O banco largo e com design retrô também entrava nessa, junto com a correia de apoio que era um charme a mais.
Como já dito, o preço somou a estética e colocou a Suzuki intruder no mercado (e até hoje a mantém no comércio de motos usadas). Segundo a Tabela Fipe, em agosto de 2002 uma Intruder 125 zero quilômetro era avaliada em R$ 4.310, preços competitivos as Honda CG que variavam entre R$ 3.999 e R$ 4.743 dependendo da variante.
Junto a tudo isso um fator fundamental para o motociclista, a economia. A maioria dos testes realizados em sua época, apontavam que ela passava dos 35 km/l, variando até cerca de 37 km/l.
A antiga Suzuki Intruder 125 também destaca um ponto que nem sempre é fácil de encontrar em uma moto da categoria, o conforto. Esse banco retrô não serve apenas para embelezar o modelo, mas também como um amplo assento reto e macio.
Por mais que hoje em dia ela seja uma moto usada, a Suzuki intruder 125 mantém-se viva no mercado. Com preços que podem variar entre R$ 6.000 e R$ 13.000, ela é uma moto que geralmente está em bom estado de conservação e que não demora muito para ser comercializada.
Dentre algumas poucas das reclamações a essa pequena que realmente não apresentava grandes problemas – como uma iluminação pouco eficiente e até algumas queixas de problemas elétricos – a Suzuki Intruder 125 pecava em seu motor.
O monocilíndrico de 125 cm³ de duas válvulas, comando simples no cabeçote (OHC) e arrefecimento a ar garantia 11 cv de potência a 9.000 rpm e 0,9 kgfm de força a 7.000 rpm. Em 2007 um carburador mecânico com giclê maior aumentou a potência e força do modelo em 1,5 cv e 029 kgfm (12,5 cv a 8.500 rpm e 1,19 kgm a 8.000 rpm), uma atualização importante.
Porém em 2012 ela passou a incorporar um carburador Mikuni BS25 a vácuo com TPS (Sensor de Posição do acelerador), CDI (Módulo de Controle de Ignição Digital) e sensor de posição de marchas, conjunto que retomou a potência para 11 cv e o torque para 0,9 kgfm. Essa mudança trouxe uma sensação de lentidão em saídas e retomadas.
Além do motor meio lento, a Intruder 125 também decepcionava na vibração. Por mais que seja comum tal característica em uma monocilíndrica, principalmente nas pedaleiras tudo isso era bem perceptível. Felizmente nada que atrapalhasse o conforto ou a condução.
O que verificar antes da compra de uma Suzuki Intruder 125?
O que verificar no ato da compra de uma Suzuki Intruder 125 usada?
O que trocar imediatamente após a compra de uma Suzuki Intruder 125 usada?
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