No século passado várias montadoras se adaptaram às exigências de guerra para continuar fornecendo modelos aos clienteles
Falar de moto a diesel parece ser loucura, mas isso já aconteceu e tudo foi motivado por táticas de guerra. Na ocasião, montadoras como Royal Enfield e Kawasaki aderiram a algumas exigências da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e fizeram seus modelos mais pesados e pouco eficientes, o que logo ocasionou no fim delas.
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Nos anos 1980, a OTAN padronizou todos os seus veículos para operar usando diesel como combustível. Na época, marcas como a italiana Lombardini forneceram motores próprios para algumas montadoras, o que chamou atenção das demais.
Marcas como Royal Enfield e Kawasaki exploraram o potencial desses motores, mas elas tiveram várias dificuldades com a eficiência deste tipo de propulsor.
Por que as motos a diesel não foram aceitas?
Os motivos eram simples e óbvios. Embora relatos apontem que modelos como a Royal Enfield Bullet conseguiam percorrer até 90 km com um litro de diesel, estes motores não passavam dos 65 km/h.
Além da baixa velocidade o fator peso potência também era um agravante. Para que motos a diesel fossem mais eficientes, também deveriam ter um motor maior e assim ser mais pesadas de maneiras gerais, o que as fazia vibrar mais e também subir o valor geral das motocicletas.
Além disso, no Brasil motores a diesel em veículos leves como as motos são proibidos desde os anos 1970, o que explica que estas motos nunca tenham vindo para cá.
Exemplos de motos a diesel
A Royal Enfield, buscando surfar na onda da alta dos combustíveis, lançou a Taurus na Índia em 1993. Essa moto a diesel, conhecida como Bullet Diesel, oferecia uma eficiência de 90 km por litro. No entanto, sua performance modesta e emissões poluentes levaram ao seu declínio quando as normas de emissão foram fortalecidas.
A Kawasaki, por sua vez, respondeu ao chamado da OTAN para padronizar veículos militares para operarem com diesel. A adaptação da KLR650 resultou na robusta HDT M1030-M1, um modelo de 584 cm³ e 30 cv de potência, encomendado em massa pelos Estados Unidos em 2004. Essa iniciativa militar destacou a utilidade específica dessas motos em contextos especializados.
Hoje em dia, o mercado já trabalha praticamente com modelos a gasolina ou flex, com exceção de motos especiais adaptada delos apaixonados.
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