Peça paralela em moto: com sabedoria dá sim para usar!

Por Lucas Silvério
Publicado em 22/07/2025 às 06h00

O cuidado com seu veículo que determina a vida útil dele. E isso é fato! Porém sabemos que quando chega a hora de dar uma manutenção, seja preventiva ou corretiva, nem sempre o bolso está esperando e há aquela opção de peça mais em conta para colocar, a peça paralela. Contra indicada pelas fabricantes, será que vale a pena usar esta ou é procurar por problema?

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Carenagem de moto shutterstock — *Em carenagens e partes estéticas, nenhum problema (Foto: Shutterstock)*

Sendo bem direto e seguindo a filosofia do nosso publisher, Boris Feldman: depende!

Uma peça original de moto, feita pela própria fabricante, específica para o modelo, testada com um rigor e produzida com componentes superiores certamente irá se sobressair em comparação a uma de mais baixo custo e talvez até de procedência duvidosa.

Em uma recente conversa, o especialista em desenvolvimento do setor de pesquisa da Honda, Bismark do Vale, nos informou que as motocicletas da japonesa são submetidas a vários testes de força e robustez. A partir destes, eles conseguem entender o limite de cada componente e indicar os melhores cuidados aos proprietários.

Estes testes são feitos, obviamente, com todas as peças originais da moto. Partindo deste ponto, é difícil compreender ou prever a reação de um modelo com alguma peça paralela.

Aí que vem a resposta do “depende”. Para peças que afetam diretamente no funcionamento e/ou segurança, o original é sensato. Para lataria ou apenas design, pode ser feliz pagando menos em uma peça paralela.

Por exemplo, na hora de trocar as velas e cabos de ignição, a escolha de um conjunto paralelo não é uma boa. Estes podem durar menos que o previsto, fazendo a necessidade de uma troca e gastos precoces, além de colocar em risco a vida do condutor com um desligamento repentino. Tudo isso por não saber a procedência do item.

Por outro lado, uma aleta plástica, que equipa o design do corpo da moto, não faz nenhuma diferença a não ser talvez uma aparência diferente da original e qualidade inferior.

Moto BMW Assistência 24h manutenção — *O óleo lubrificante é um dos itens que não pode sair das especificações recomendadas (foto: Shutterstock)*

Principais peças que não devem ser paralelas

Motoras: cabeçote, válvulas, comando de válvulas, velas de ignição, cilindro, pistão, anéis, pino do pistão, biela, virabrequim, cárter, corrente de comando, bico injector, filtro de ar, tanque de combustível, bomba de combustível, bomba de óleo, filtro de óleo, radiador, ventoinha elétrica, válvula termostática, mangueiras, embreagem, pedal de câmbio.
Elétrica: alternador, estator, retificador de voltagem, relé de partida, motor de partida, chicote elétrico, módulo da injeção eletrônica (ECU), sensor de rotação, sensor de temperatura do motor, sensor TPS, sensor MAP, sensor de oxigênio (sonda lambda), interruptor de freio, interruptor da embreagem, interruptor do neutro, interruptor do descanso lateral, comutador do guidão, botão de partida, botão corta-corrente, farol, lanterna traseira, piscas, luz de freio, luz de placa, painel de instrumentos, luzes do painel, relé de seta, buzina, sistema de iluminação do farol alto e baixo.

Óleos lubrificantes e filtros

Kit transmissão

Guidão

Retrovisores

Painel

manoplas

Outras que afetam o funcionamento e condução do modelo

Peças que podem ser paralelas

Carenagens e tampas plásticas

Para-lamas

Banco

Protetores laterais

capa do filtro de ar

capa de corrente

Adesivos, grafismos e pintura

Outras que não afetam o funcionamento e condução do modelo

Em resumo, o condutor pode sim comprar peças paralelas, mas se quiser andar com segurança e preservando a vida da moto, ele vai escolher uma original ao menos para as partes que influenciam o funcionamento da motocicleta.