Produção de motos cai 98%; emplacamentos registram 70% de recuo
Com a maioria das fábricas paralisadas, somente 1.479 unidades saíram das linhas de montagem; média diária de vendas foi de 1.345 unidades
Com a maioria das fábricas paralisadas, somente 1.479 unidades saíram das linhas de montagem; média diária de vendas foi de 1.345 unidades
A produção de motos no Brasil apresentou queda de 98,4% na comparação com o registrado no mesmo mês de 2019 (91.226 unidades) e de 98,6% quando comparado a março do presente ano (102.865 unidades). De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), foram fabricadas apenas 1.479 unidades de motos em abril.
“A produção do segmento ficou praticamente estagnada em abril, já que 70% das fábricas de motocicletas paralisaram suas atividades produtivas como medida de prevenção e segurança de seus colaboradores diante da pandemia da covid-19”, explica Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
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No início de maio, metade do total de fábricas de motocicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) já haviam voltado a funcionar com adoção de medidas preventivas para a segurança dos colaboradores, tais como medição de temperatura na entrada, alteração do layout produtivo de forma a ampliar o espaço físico entre os trabalhadores, mudanças no sistema de ônibus fretado para assegurar o distanciamento entre os passageiros, fornecimento de máscara de proteção e álcool em gel 70% e outras.
O presidente da Abraciclo também chama atenção para a situação das fabricantes do segmento, bem como de seus parceiros do varejo, que sentiram fortemente a súbita paralisação das atividades de um modo geral e necessitam do apoio de medidas governamentais que aliviem as dificuldades de caixa das empresas.
Em abril, a categoria mais comercializada no atacado foi a Street, com 2.412 unidades, representando uma queda de 94,4% em relação ao mesmo mês de 2019 (42.770 unidades) e de 94,9% na comparação com março do presente ano (46.902 unidades).
O segundo lugar ficou com a Trail, que teve 1.243 motocicletas comercializadas, volume 92,5% menor ao registrado em abril do ano passado (16.681 unidades) e 93,1% inferior às 18.099 unidades repassadas às concessionárias no mês anterior.
Com 449 unidades comercializadas, a Scooter apareceu na terceira posição do ranking. O desempenho ficou 95,3% abaixo das 9.636 unidades comercializadas em abril do ano passado e 94,5% menor ante as 8.104 registradas em março do presente ano.
Acompanhando o cenário registrado na produção de motos, os emplacamentos também registraram queda acentuada em abril. Segundo levantamento do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), foram licenciadas 28.246 motocicletas, significando um recuo de 69,7% na comparação com o mesmo mês de 2019 (93.370 unidades) e de 62,5% em relação a março do presente ano (75.372 unidades).
A média diária de vendas foi de 1.345 unidades, em 21 dias úteis. Esse foi o pior resultado para o mês de abril desde 2003 (3.339 unidades). Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve uma queda de 69,7% (4.446 unidades/dia, em 21 dias úteis). Na comparação com março a retração foi de 60,7% (3.426 unidades/dia, em 22 dias úteis).
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O covid foi só o golpe final. Pelo que me lembro o mercado de motos já vem caindo a mais tempo por conta da crise econômica. Os valores das motocas novas não ajudam. TB acho que temos poucas opções entre 300 e 500 cc.