Queda na taxa de juros e desemprego impulsiona vendas de motos, no Paraná
Mercado projeta alta de 10% no segundo semestre devido aos fatores econômicos favoráveis e à maior oferta de modelos a pronta-entrega
Mercado projeta alta de 10% no segundo semestre devido aos fatores econômicos favoráveis e à maior oferta de modelos a pronta-entrega
A combinação de fatores econômicos favoráveis já está impulsionando o mercado de motocicletas no Paraná neste segundo semestre. A redução da taxa de juros Selic e a diminuição do nível de desemprego alimentam um cenário otimista para o setor até o fim do ano, refletindo em um aumento contínuo nas vendas de modelos zero quilômetro.
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Segundo a Honda Blokton, projeções do setor apontam para uma elevação de 10% no volume negociado no estado entre julho e dezembro comparado ao primeiro semestre de 2023. Este movimento de aceleração já foi verificado em agosto, quando 4,9 mil novas unidades chegaram às ruas, ante às 4,4 mil do mês anterior. Foi o terceiro melhor mês do ano, atrás apenas de março (5,2 mil) e maio (5,6 mil).
Para o diretor de operações da Honda Blokton, Rudney Doscher, as perspectivas são as melhores para o restante de 2023. Segundo ele, o mercado está sendo impactado positivamente com a redução da taxa Selic para 13,50% ao ano, chegando a 10,50% a.a. dependendo da linha de crédito oferecida à pessoa física.
Outro fator apontado pelo executivo é a diminuição do índice de desemprego para 7,9% ao fim do segundo trimestre, conforme o IBGE.
Há também os acordos salariais de todas as categorias, que acontecem neste período e geram um maior poder de compra dos consumidores. Bem como a maior disponibilidade de motos zero quilômetro para entrega imediata”, observa.
No setor de motocicletas, a disponibilidade de crédito sempre exerce um impacto significativo nas vendas. As transações realizadas por meio do Crédito Direto ao Consumidor (CDC) compõem cerca de um terço do faturamento total das concessionárias.
Doscher diz que vem observando um aumento na flexibilidade das instituições financeiras para liberar crédito aos consumidores. O que, segundo ele, sinaliza uma recuperação da confiança no mercado após a instabilidade causada pelas mudanças de governo e incertezas quanto ao seu impacto no setor.
Essa retomada vem ao encontro da maior disponibilidade de motos em estoque nas lojas, devido ao aumento de produção nas fábricas. Dados da Abraciclo, associação que reúne os fabricantes em duas rodas, mostram que o número de unidades que saíram da linha de montagem no Polo Industrial de Manaus (AM) no primeiro semestre cresceu 13,9% – o melhor resultado desde 2014.
Historicamente, o segundo semestre é marcado pelo crescimento das vendas em relação aos primeiros seis meses do ano. A Honda Blokton, por exemplo, teve aumento nas vendas de quase 41% em relação a julho.
No Brasil, o crescimento nas vendas de zero km chegou a 22,4% ante o mesmo período em 2022, que ainda vivia sob efeito das paralisações na produção nas fábricas, falta de peças e alta no desemprego.
No Paraná, esse índice foi menor, 8,6%, mas também motivo de comemoração pelos concessionários. A Blokton, por exemplo, comercializou 8,2% a mais de modelos novos entre janeiro e junho deste ano do que no mesmo intervalo de 2022.
Colocação | Moto | Unidades vendidas |
---|---|---|
1º | Honda CG 160 | 277.311 |
2º | Honda Biz | 131.759 |
3° | Honda NXR 160 | 99.776 |
4° | Honda POP 110i | 96.673 |
5° | Yamaha YBR 150 | 31.010 |
6° | Honda CB 300F | 30.524 |
7° | Yamaha XTZ 250 | 29.926 |
8° | Yamaha Fazer 250 | 29.733 |
9° | Mottu Sport 110i | 24.126 |
10° | Honda PCX 160 | 23.350 |
Fonte: Fenabrave
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