Royal Enfield Shotgun 650: como é pilotar a ‘escopeta’ sobre rodas

Modelo que já está em comercialização no Brasil faz jus ao seu nome e ainda vem com um banho de estilo e customização

Royal Enfield Shotgun 650 (1)
A moto "honesta" (Foto: Royal Enfield | Guilherme Veloso)
Por Lucas Silvério
Publicado em 27/02/2025 às 08h00
Atualizado em 12/03/2025 às 12h06

A Royal Enfield lançou a Shotgun 650 no mercado brasileiro, uma custom estilo bobber que conta com o mesmo chassi e motor da querida Super Meteor 650, porém outra proposta. Com guidão mais baixo, pedais recuados, uma vasta gama de acessórios e torque que dispensa redução de marchas para retomada de velocidade, esta “escopeta” provou que seu “tiro” faz juz ao nome.

AutoPapo
NÃO FIQUE DE FORA do que acontece de mais importante no mundo sobre rodas!
Seguir AutoPapo no Google

VEJA TAMBÉM:

Partindo de R$ 33.990 e chegando a até R$ 34.990 – dependendo da variante – a Royal Enfield Shotgun 650 é certamente a segunda intermediária mais famosa da fabricante aqui no Brasil, já que as gêmeas Interceptor e COntinental GT são menos lembradas e apenas a Super Meteor 650 tem mais nome que a novidade.

Com todo esse holofote o modelo apareceu em uma categoria que o mercado brasieliro está começando a tratar com mais carinho, a das custom com valores acessíveis, já que estamos cansados de saber que as Harley-Davidson são apenas para quem tem “bala na agulha”.

  • Mesmo que ainda existam outras marcas como Kawasaki e Triumph, com motos custom um pouco mais baratas, e ainda, as bem econômicas como a pequena Chopper Road da Haojue, foi a Royal Enfield que conseguiu ganhar o gosto do brasileiro.
Royal Enfield Shotgun 650 (3)
A nova custom tem o estilo bobber (Foto: Royal Enfield | Guilherme Veloso)

Avaliando seu desempenho, o twin de 648 cm³ capaz de uma potência de até 47 cv a 7250 rpm e torque máximo de 5.3 Kgfm a 5650 rpm entrega justamente o esperado, torque alto e uma potência que permite conforto na estrada. Por mais que o modelo não atinja velocidades finais tão elevadas, é possível rodar na faixa da esquerda sem preocupações e até realizar ultrapassagens com segurança, até porque o torque elevado muitas vezes permite uma retomada de velocidade tranquila até em rotações maiores, sem necessidade de reduzir a marcha engatada.

A condução também foi facilitada pelo desenho da Shotgun 650, que embora utilize o mesmo chassi da Super Meteor 650, tem o guidão mais baixo, pedais mais recuados e uma posição de pilotagem mais atacada. Tudo isso muda o comportamento da moto na estrada.

Dentro da cidade fica muito mais confortável manobrar o modelo, que inclusive ficou menor que sua irmã. Ela também é mais ágil e fácil de transitar entre veículos.

Em contrapartida, nas altas velocidades, a bobber menor e mais leve sofreu na resistência contra o vento (até porque não conta com para-brisas como opcional) e “balançou” mais que o esperado.

Royal Enfield Shotgun 650 (8)
Suas setas são convencionais, mas há opções para deixar a moto full LED (Foto: Royal Enfield | Guilherme Veloso)

Ainda comparando com a Super Metor 650, a opção entre ela e a Royal Enfield Shotgun 650 depende do estilo do piloto. Na preferência por uma condução mais “C”, com braços elevados e pés projetados para a frente, Meteor. Quem quiser ficar em ataque, Shotgun.

  • A Shotgun também é vantagem para os mais baixos e caçadores de lombadas, já que a altura do banco é menor e a distância entre o solo maior. São 795 mm e 140 mm, respectivamente.

No quesito tecnologia a intermediária entrega o que já conhecemos da marca Indiana. um painel misto com todas as informações mais importantes para o piloto como, velocidade, trip A e B, hodômetro, nível do tanque e outros. O fato do velocímetro ainda ser de ponteiros exige um pouco mais de atenção comparado a um grande número digital.

No visor menor a esquerda a Royal Enfield Shotgun 650 vem com o também conhecido tripper para conectividade com o smartphone, uma ferramenta simples que permite um mini-mapa de GPS. Segue pouco eficiente, mas pode ser melhor que nada.

  • O consumo desta bobber é um ponto considerável, já que ela tem uma média de 22 km/l, totalizando cerca de 303 km de autonomia com o tanque de 13,8 L de capacidade.
Royal Enfield Shotgun 650 (7)
Os visores arredondados remetem a uma clássica (Foto: Royal Enfield | Guilherme Veloso)

O destaque negativo dessa intermediárias vai para sua tomada USB, que diferente de praticamente todas as motos não fica próximo ao painel, mas sim em um compartimento próximo a bateria. Abrindo com a chave, o piloto encontra a entrada e para carregar o dispositivo é necessário tranca-lo no local e viajar com ele lá. Detalhe é que o compartimento não parece próprio para esse transporte.

A Royal Enfield Shotgun 650 pode ser resumida em uma moto honesta. Sem muito o que esconder, o modelo chega como uma opção custo-benefício para quem procura uma custom interessante para um uso misto – em estradas e cidades – e ainda sim desfrutar de muitos opcionais de customização oferecidos pela fabricante.

Royal Enfield Shotgun 650 (5)
São quatro opções de cores que mudam conforme a variante (Foto: Royal Enfield | Guilherme Veloso)
Newsletter
Receba semanalmente notícias, dicas e conteúdos exclusivos que foram destaque no AutoPapo.

👍  Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.

TikTok TikTok YouTube YouTube Facebook Facebook X X Instagram Instagram

Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:

Podcast - Ouviu na Rádio Podcast - Ouviu na Rádio AutoPapo Podcast AutoPapo Podcast
3 Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Comentários com palavrões e ofensas não serão publicados. Se identificar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Avatar
Gabriel Medeiros 7 de março de 2025

Não entendo esses “profissionais” falando que o celular precisa ficar trancado no compartimento da saída USB, ou que o mesmo só pode ser carregado com a moto parada. Li o mesmo sobre a super meteor.
Depois que comprei a minha, vi que existe um caminho bem óbvio para passar o cabo usb de dentro deste compartimento até a parte externa, e conectar no seu celular, que fica confortávelmente no seu bolso durante a condução. Agora, é realmente pouco prático para conectar o celular no guidão, apesar de não impossível.

Avatar
Sidney 4 de março de 2025

Alguém fale sobre pós venda e peças por favor.

Avatar
Sidneyrubio 4 de março de 2025

Gostei da moto o meu receio é o pós venda, pois muitas pessoas que conversei referem-se que não se acha peças como pastilhas de freio e muito tempo de espera para marcar assistência técnica.
Alguém poderia falar sobre isso?

Avatar
Deixe um comentário