Processo de assentamento de peças deve ser repetido uma vez que o propulsor foi totalmente manuseado e 'desajustado'
 
          Quem compra uma moto zero quilômetro, ou qualquer outro veículo, geralmente já ouviu falar do amaciar o motor. Esse processo que serve para acertar o motor deve ser respeitado nos primeiros quilômetros do modelo e, após isso, é só acelerar e ser feliz.
Porém existem situações em que o condutor necessitará de um segundo amaciamento no motor. Esse vem depois de uma retífica.
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Em uma recente entrevista com o especialista em preparação de motos, calibração de motores, instrutor e fundador da BH Motoracing, Sérgio Naves Melo, enquanto falávamos de retifica de motores, o segundo amaciamento chamou atenção.
O técnico reforçou a necessidade de amaciar o motor de uma motocicleta novamente, no caso, após uma retifica. Por mais que seja lógico, já que o motor está novo de novo, nem todos lembram desse período.

Quando um veículo novo começa a fazer suas primeiras viagens, o condutor deve respeitar com muita maestria os limites do propulsor do modelo. Os primeiros 500 km daquele motor em questão devem ser percorridos com exigências mínimas, onde o piloto não elevará o giro.
Variando de modelo para modelo, passar dos 50% ou 60% dos giros máximos do motor pode ser arriscado.
Segundo a Honda, no manual da sua moto mais vendida, a CG 160, nos primeiros 500 km o condutor deve:
É importante lembrar que, o intervalo de troca de óleo também é diferente pouco depois de amaciar. No modelo em questão, por exemplo, a primeira troca acontece com 1.000 km e as demais a cada 6.000 km.
O amaciamento do motor serve basicamente para “assentar” as peças móveis do conjunto. Mesmo que tenha acabado de sair de fábrica, para evitar as mínimas alterações por qualquer imprevisto, o período é necessário.
Outro motivo vem por uma necessidade de um “primeiro desgaste” interno, ajustando milimetricamente todo o conjunto.
O segundo amaciamento do motor da moto parte do mesmo princípio. Após a retífica, onde o conjunto foi todo desmontado, reformado e montado novamente, ou seja, está novo, todo o processo deve ser repetido. Melo alertou os pilotos.
Rodar com cuidado nas primeiras centenas de quilômetros e trocar o óleo com intervalos curtos evita desgastes prematuros e garante a vida longa do motor reconstruído.”
Exigir da moto sem que esteja tudo encaixado perfeitamente, pode gerar grandes problemas imediatos ou futuros para o propulsor.
Os maiores riscos são realmente levar a moto pela primeira ou segunda vez até uma retífica, serviço de manutenção complexo que pode custar alguns milhares de reais.
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