Transmissão por eixo cardã: bom apenas longe da oficina!
O eixo cardã é uma das mais incomuns transmissões a serem encontradas numa motocicleta, mas ainda sim aparece em motos de maior robustez
O eixo cardã é uma das mais incomuns transmissões a serem encontradas numa motocicleta, mas ainda sim aparece em motos de maior robustez
Recentemente o AutoPapo fez uma matéria sobre dois tipos de transmissões que costumam interessar motociclistas que estão escolhendo uma moto e avaliando modificações úteis para nela colocar. Essas foram a correia dentada e a corrente. Mas e a transmissão por cardã? Esse terceiro tipo, menos convencional, será desmembrado aqui.
Antes de tudo, é importante dizer que a transmissão por eixo cardã não é encontrada em muitos modelos. Ela está presente em motos grandes e robustas, aquelas boas para pegar a estrada e viajar.
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Assim como a transmissão por corrente, ou por correia, o eixo cardã é responsável por transmitir o movimento do giro do motor para a roda traseira da motocicleta. Um processo semelhante ao de um automóvel com tração no eixo traseiro, como o Chevrolet Opala.
Formada por várias partes móveis, a peça é um composto de aço que se conecta, por meio de duas engrenagens, à parte interna do câmbio, em uma das extremidades, e ao cubo da moto, na outra ponta.
Este é um ponto positivo para o proprietário de uma moto com cardã. O eixo é extremamente durável. Para os motociclistas que tomam devidos cuidados, basta seguir a tabela de manutenção da fabricante e rodar sem se preocupar.
Como dito, o condutor que seguir o manual do proprietário provavelmente não terá problemas com manutenções não programadas.
O eixo cardã exige apenas a troca de óleo, além da verificação para atestar se está tudo bem com o item. Fora ser apenas esse tipo de troca, elas não costumam ser frequentes e podem levar até anos entre seus intervalos.
O caso da Honda Gold Wing é um exemplo. A Super Touring japonesa exige uma troca de óleo do cardã a cada 3 anos. Não é especificado a quilometragem.
Outro ponto é que, diferentemente das transmissão por corrente, o cardã não necessita de limpeza em suas partes rolantes. Ou seja, o piloto não precisa se preocupar com isso, pois a peça é vedada e não acumula sujeiras.
Um contraponto da manutenção, causado pela complexidade do equipamento, é a falta de mão de obra especializada. Não é toda oficina que vai conseguir mexer nessa peça e quem se arriscar pode ter uma grande dor de cabeça.
Nesse quesito o eixo cardã deixa a desejar. Entre os tipos de transmissão ele é o que mais gera perda de potência em relação ao que sai do motor. A redução de força está entre 15% e 20%, sendo bem maior do que os outros tipos de transmissão que ficam entre 10% (correia) e 5% (corrente).
É aqui que o motociclista decide qual moto e que tipo de transmissão escolher. Apesar de ser uma peça que quase não quebra e dispensa manutenção periódica, um kit cardã pode facilmente ultrapassar R$ 2.000, muito acima de uma transmissão por corrente que fica numa faixa de R$ 150 para vários modelos.
Escolher entre uma moto com transmissão por eixo cardã, assim como as outras transmissões, depende do bolso do motociclista e do tipo de uso da moto. Vale lembrar que esse tipo de transmissão equipa motos caras. Quem estiver procurando um modelo que não tenha que se preocupar em realizar manutenção, trocas e não ande em terrenos que tenham pedras e fragmentos que comprometam o item, pois o custo das peças e manutenção é alto, pode investir em um cardã.
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Minha memória pode estar me enganando, mas as Lambretas do meu tempo de criança usavam esse tipo de transmissão. Meu tio era mecânico de Vespas e Lambretas e eu via ele desmontar transmissões. Lembro de uma moto de média potência que também não possuía corrente, a Jawa.
Durabilidade? Fala isso para os donos da GS 1200 da vida???. Novamente eu falo, se fosse boa as Superbikes usariam. Transmissão de moto é corrente, coroa e pinhão, qualquer invenção fora disso não vale a pena. Aí, mas tem de fazer uma limpeza, paga mão de ser vadio e cuide de sua moto
Boa materia, tecnicamente bem elaborada e dentro da realidade. Pré quando chega no quesito custo esta muito fora da realidade, pois comparoi o valor e um cardã com a relacão corrente coroa e pinhao de uma moto de baixa cilindrada. Normalmente o carda e utilizado em motococletas de media para alta cilindrada, entao na materia seria interessante colocar o valor das peças de motociletas da mesma categoria e preços de conjuntos originais, por exemplo nao existe conjunto de relaçao original por 150 reais.