Os casos de trincas de chassi no modelo ainda não foram esclarecidos pela fabricante; riscos de uma nova geração com o mesmo problema preocupam
A Yamaha Fazer 250 é uma das mais consagradas motos da japonesa aqui no Brasil. Fabricada desde 2005, hoje ela se encontra na sua 4ª geração (3ª segundo alguns), mantendo a fidelidade de quem procura uma japonesa confortável para o dia a dia, afinal é a maciez o seu diferencial na categoria.
Porém a versão já está chegando em seus momentos finais, uma vez que a última reformulação geral que recebeu foi em 2017 (3ª geração). Mesmo que 2021 (4ª geração) ela tenha sofrido pouquíssimas mudanças, já são 4 anos com a mesma versão e uma moto não costuma permanecer igual por muito mais que 5 anos.
Uma nova Fazer 250 deve chegar entre 2026 ou 2027, porém uma coisa é fundamental para que o nome dela não caia de vez na boca do povo: o fim do famoso problema da trinca no chassi.
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Quem não é tão assíduo no mundo das motos talvez não conheça tanto este grave desastre estrutural do modelo, afinal não é nada tão alarmante como a trinca do cabeçote das antigas 300 da Honda, porém essa aqui pode dar muito mais dor de cabeça.
Várias são as reclamações a respeito da trinca do chassi das FZ25, que podem ser encontradas no site de confiabilidade Reclame Aqui, ou ainda em vídeos nas redes sociais.
Ponto é que, mesmo sendo mais pontual do que a trinca no cabeçote das 300 da sua rival, esta não basta ser substituída. Ou o mecânico tem que fazer uma solda “improvisada”, ou o proprietário deverá iniciar um processo burocrático de troca de chassi (que é pedido direto de fábrica) e por isso tudo se complica mais.
O chassi da moto é estrutura metálica que sustenta as partes da moto, como se fosse o esqueleto dela. Para que uma moto possa rodar sem problemas e com segurança, é fundamental que esta peça (que deve durar por toda a vida útil da moto) esteja em bom estado.
Se uma moto apresenta trinca ou quebra no chassi, sua estrutura fica comprometida e corre o risco de alguma peça se soltar ou até de um empenamento ou quebra repentina durante a condução.
Mesmo que a Yamaha nunca tenha se manifestado a respeito do inconveniente, fica claro que um problema repetido é um defeito no projeto da moto.

Como o problema é sazonal, muitos apontam que se liga a mau uso do veículo ou sobrepeso. Empinar ou fazer manobras exigem mais da estrutura de um modelo e este como qualquer moto urbana não é preparado para isso. A FZ25 atual suporta no máximo 175 kg, considerando gasolina, óleo, bagagens e tripulantes.
Mecânicos ainda apontam a causa do problema derivado a retirada do berço metálico que envolvia os modelos até 2017 (2ª geração). As novas FZ25 tem o motor “solto” nesta parte.
Porém, nada é comprovado e a única coisa que pode ser feita é redobrar o cuidado e atenção.
Uma das dicas para evitar as trincas do chassi da Fazer 250 é, além do cuidado na condução, é o cuidado na manutenção. Este modelo exigiria uma verificação frequente dos parafusos que fixam o motor no chassi, já que é lá onde a trinca ocorre.

Reparadores também realizam a solda nesta parte, o que não é recomendado, pois é um paliativo nada garantido e que segue colocando em risco a vida do condutor.
A melhor saída é levar o modelo até uma loja autorizada e tentar solucionar o problema. Pode ser que seja necessário uma troca de chassi (o que é possível por meio de encomenda de uma peça nova, marcada pela fábrica exatamente como a danificada).
Além de auxiliar os donos dos modelos atuais, espera-se que a Yamaha ajuste este problema na nova Fazer 250. Não há nenhuma declaração oficial de quando ela chegará ao mercado, porém não deve demorar muito.
* Apuramos a situação com a fabricante, porém não obtivemos resposta.
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Tenho uma 2022. Na verdade, essa peça que trincou em algumas é o berço duplo, que é uma peça de fácil substituição pois não faz parte do chassis que é gravado. A peça pode ser encontrada no mercado livre por menos de 300,00 reais. A peça é realmente confeccionada em material muito leve e um pouco frágil. Por isso, é fundamental usar a moto de forma adequada, não colocar sobre peso e realizar as manutenções preventivas regularmente, para que seja realizados os reapertos dos parafusos de fixação do motor.
Isso só tem acontecido em um determinado tipo de comprador / condutor destas motos: o grauzeiro* poi aqui na minha regiao há várias rodando e nenhum caso exeto esses caceteiros* nunca vi falar