Com a nova lei federal, os cinco estados que tinham limite de 30 anos ou não davam a isenção terão que beneficiar os carros com 20 anos ou mais
Agora é oficial, carros com mais de 20 anos terão isenção de IPVA em todo o Brasil. Esse benefício já existia em muitos estados, com alguns isentando carros com 10 ou 15 anos também.
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Efetivamente, essa lei só mudou o IPVA em cinco estados que não tinham a isenção ou só davam para carros com mais de 30 anos. Nos que já tinham prazo de 20 anos ou menor, nada mudou. Veja quais se beneficiaram:
Os carros produzidos em 2006 ou antes estão isentos do IPVA. Listamos aqui 10 modelos que foram lançados nesse ano que agora não pagam o tributo.

Para muitos é difícil acostumar que a oitava do Honda Civic está completando 20 anos. Ele foi um marco para o segmento de sedãs médios, algo necessário após a Toyota promover uma revolução com o Corolla “Brad Pitt” em 2003.
O Honda Civic de oitava geração trazia um desenho bem esportivo, com faróis afilados e para-brisa bastante inclinado. O interior era diferente de tudo que existia no mercado, com o painel de instrumentos dividido em dois andares e o velocímetro digital ficando acima do volante.
Ele também era maior, com entre-eixos de 2,70 m. Pecava apenas no volume pequeno do porta-malas, mas os compradores ignoraram isso. Sob o capô estava um motor novo, o 1.8 R18 de 140 cv. A suspensão traseira era independente, como de costume no Civic, mas nessa geração foi a primeira do tipo multilink.
O Honda Civic de oitava geração estreou em abril de 2006 e foi um sucesso logo de cara. O motor flex veio no início de 2007, por enquanto apenas os carros movidos apenas a gasolina estão isentos do IPVA.

Com a chegada da nova geração do Toyota Corolla em 2003 os sedãs médios viraram a categoria da moda, toda marca queria ter um. A Renault vendia um Megane defasado e importado da Argentina e queria ter mais protagonismo.
Um mês antes do Honda Civic citado anteriormente veio a nova geração do Megane, agora produzido no Brasil. Ele foi uma baita evolução, mas com tempero europeu e mais conservador que o rival japonês.
Os motores 1.6 flex e 2.0 a gasolina, ambos 16 válvulas, já eram conhecidos no Brasil e bastante atuais. O câmbio manual era de seis marchas, enquanto o automático seguia o padrão de quatro com o benefício das trocas sequenciais.
Como todo bom carro médio francês, o interior era caprichado, vinha bem equipado e trazia algumas bossas, como a chave em formato de cartão e o freio de mão que parecia um manete de acelerador aeronáutico. O porta-malas de 520 litros empatava com o do Chevrolet Vectra como o maior do segmento e repetia as dobradiças pantográficas do concorrente.
Ainda em 2006 a família Megane ganhou a perua Grand Tour, para concorrer com a nacional Toyota Fielder e a importada Peugeot 307 SW. A vantagem da Renault nesse segmento era ter uma gama maior de versões e um preço mais baixo.

Outro tipo de carroceria que estava na moda em 2006 eram as minivan. O Fox era um hatch com inspirações nesses veículos, assim como o atual Citroën C3 tem elementos de SUV.
No caso do Fox isso significava um espaço interno mais bem aproveitado que o irmão Polo e banco traseiro corrediço. A perua SpaceFox chegou em abril de 2006 ampliando esse espaço interno com um enorme porta-malas de 527 litros.
A Volkswagen SpaceFox sempre usou apenas o motor 1.6 flex, quando foi lançada vinha apenas nas versões Trend e Comfortline. Ela tinha algumas melhorias sobre o hatch, como o porta-luvas com tampa e a dianteira do modelo de exportação.
Por ter uma mecânica conhecida, ser espaçosa e ter concepção simples, a SpaceFox é uma opção sensata de carro usado. Agora com a isenção do IPVA os custos de propriedade ficam ainda menores.

O acordo comercial entre o Brasil e o México abriu as portas para carros importados com preços competitivos. A Ford deixou de trazer o Mondeo da Europe para importar o Fusion mexicano, que estreou com preços similares ao das versões de topo dos sedãs nacionais.
O Fusion marcou por seu estilo, com a grade dianteira composta por três grandes barras cromadas. Ele também foi o carro do Presidente da República até sair de linha em 2019.
Agora usado ele está com o preço até convidativo, mas é preciso olhar com atenção para achar um que foi bem cuidado. Esses primeiros modelos vieram apenas com motor 2.3 16v Duratec, similar ao que equipava a picape Ranger.

A Chevrolet já tinha o Classic como sedã de entrada e o Corsa Sedan acima, mas conseguiu achar espaço para mais um modelo nesse segmento com o Prisma. Ele chegou em 2006 como o três volumes do Celta, já com o face-lift e uma traseira inspirada no Vectra.
Seu visual era mais esportivo que o do Classic, mas o interior tinha aquela aparência simples do Celta. Nos primeiros anos ele se diferenciava por ter o motor 1.4 flex, que dava um desempenho esperto para o sedã de apenas 905 kg.
Ele é uma opção de carro familiar com baixo custo de manutenção e desempenho que permite rodar em estrada. A isenção do IPVA é um complemento a esses atributos.

Antes dos SUVs o brasileiro procurava os modelos aventureiros para ter uma altura de rodagem maior. A Fiat começou com isso criando a perua Palio Adventure e foi estendendo para o resto da linha.
A Idea Adventure foi a estrela da marca no Salão do Automóvel de 2006 e o grande lançamento da Fiat no ano. Ela evoluiu a fórmula dos aventureiros da marca com ainda mais apliques plástico, um rack de teto decorativo em “V”, estepe pendurado na traseira e conjunto de rodas e pneus maiores.
Ela também marcou a volta do engenheiro Claudio Demaria para a Fiat Brasileira. Esse italiano era craque em acertar suspensões e conseguiu fazer essa minivan com altura de rodagem elevada e pneus de uso misto ficar melhor de guiar que o modelo “civil”.
O modelo Adventure era o topo de linha da Fiat Idea e contava com motor 1.8 flex, CD-player com MP3, vidros laterais laminados, ar-condicionado, direção hidráulica e computador de bordo. Na lista de opcionais havia os quatro airbags, freios ABS, bancos em couro, retrovisor fotocrômico, sensor de ré, subwoofer, teto solar panorâmico e Bluetooth.
A Fiat Idea Adventure tem espaço interno que dá um banho na maioria dos SUVs compactos atuais, mas o porta-malas de 380 litros não se destaca tanto. O vão livre grande é útil para não raspar em rampas de garagem como também para rodar em estradas de terra.

Hoje o câmbio automático é oferecido em praticamente todos os carros compactos, apenas o Renault Kwid e o Fiat Mobi não têm essa opção. Há 20 anos só tinha o Honda Fit, até chegar o Kia Picanto.
A proposta desse coreano era de ser um carro estritamente urbano e mais descontraído. A combinação do motor 1.1 de 64 cv com o câmbio de quatro marchas reforçava isso. Uma proposta similar ao dos elétricos de entrada que temos hoje, como o Renault Kwid E-Tech e o BYD Dolphin Mini.
Com preço na faixa de R$ 25 mil, o Kia Picanto é um dos compactos automáticos mais acessíveis do mercado hoje. E agora terá isenção no IPVA, como já existia no Honda Fit.

Agora vamos para uma opção mais passional com isenção de IPVA: o Citroën C4 VTR. Esse hatch médio é o sucessor do Xsara e estreou no Brasil com a versão de duas portas importada da França.
O motor do C4 VTR é o mesmo 2.0 16v de 143 cv da Xsara Picasso e o Peugeot 307. Algumas raras unidades do esportivo VTS, com 180 cv, chegaram a aportar no Brasil e são muito valorizadas.
O C4 VTR possui um desenho bem diferente, com sua traseira de corte reto e o vigia dividido em duas partes. O interior é comum ao do C4 Pallas argentino, com o inovador volante de cubo fixo e instrumentos digitais em posição central.
Ele veio apenas com câmbio manual e o comportamento dinâmico é bastante elogiado. O difícil é achar algum que não foi modificado.

A primeira geração do Audi A3 foi produzida no Brasil junto do Volkswagen Golf. A segunda, lançada em 2006, chegou importada da Alemanha e com a carroceria de 4 portas Sportback.
Na época eram oferecidas duas opções bem distintas de motorização: o 1.6 8 válvulas aspirado, o mesmo EA111 dos carros nacionais, e o 2.0 TFSI de 200 cv. O câmbio podia ser manual nos dois motores, mas apenas o mais forte tinha o S-Tronic de dupla embreagem.
Os motores turbinados de injeção direta do grupo Volkswagen foram melhorados com o tempo para ficarem mais robustos. Esses primeiros do A3 Sportback ainda utilizam correia dentada e são mais sensíveis. Pelo menos o câmbio S-Tronic dele é o banhado a óleo.

O Peugeot 206 ganhou a sua perua em 2005 e já no ano seguinte veio a versão aventureira Escapade. Ela não era tão alta quanto a linha Adventure da Fiat, passava mais uma imagem de carro de rali.
Essa versão aventureira era a topo de linha e já chegava bem equipada: direção hidráulica, ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, freios ABS, ajuste elétrico dos faróis e vidros elétricos eram de série. A lista de opcionais tinha o airbag duplo, rádio, ar-condicionado automático e retrovisores elétricos.
A 206 Escapade contava com suspensão elevada em 25 mm, pneus de uso misto e o protetor de cárter mais grosso do mercado. O motor 1.6 16v é confiável, quem fez a fama ruim da Peugeot no Brasil foi o 1.4 8v.
Como a fama ruim ficou enraizada, a Peugeot 206 Escapade é bem desvalorizada no mercado. É possível encontrar unidades bem cuidadas por preços baixos e tem os benefícios de vir completa, fora a isenção do IPVA.
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