Conheça 10 versões de carros criadas especialmente para os brasileiros
De olho no mercado nacional, fabricantes desenvolveram carrocerias exclusivas para modelos existentes no exterior
De olho no mercado nacional, fabricantes desenvolveram carrocerias exclusivas para modelos existentes no exterior
Você já viu, aqui no AutoPapo, um listão com derivações de carros brasileiros que só existiram no exterior. Porém, o caso contrário também já ocorreu: certos modelos foram desenvolvidos majoritariamente para o mercado nacional. Alguns deles até chegaram a ser vendidos em outros países, mas o foco sempre esteve nos consumidores locais.
VEJA TAMBÉM:
Pois bem, a relação de hoje é sobre eles: enumeramos 10 configurações de carros criadas especialmente para os consumidores brasileiros. Vale esclarecer que o critério da reportagem é o tipo de carroceria. Derivações picape ou sedã de um modelo originalmente projetado como hatch, por exemplo, entraram no listão! Versões que se diferenciam do restante da linha pela mecânica ou pelo acabamento, por outro lado, ficaram de fora. Confira!
A configuração hatch não foi exclusividade do mercado brasileiro, mas só aqui ela teve duas portas. O Opel Ascona, similar europeu do Monza, vinha sempre com quatro portas nesse tipo de carroceria. Por sua vez, o estadunidense Chevrolet Cavalier até teve a opção hatch de duas portas, mas com várias distinções em relação ao modelo nacional.
Assista ao vídeo e saiba mais sobre a história do Chevrolet Monza!
Criada especialmente para os compradores brasileiros, a configuração hatch foi a primeira da linha Monza a chegar ao mercado, em 1982, em uma época em que vários fabricantes apostavam em carros desse gênero. Porém, ironicamente, foi a menos aceita da gama e saiu de linha já em 1988. Já a configuração sedã fez grande sucesso e só se despediu em 1996.
A divisão brasileira da Chevrolet foi responsável por várias derivações criadas a partir do Corsa hatch. Isso inclui o Sedan e a Wagon dos anos 90, além da Pick-Up da mesma época. Contudo, esses modelos, em especial os dois primeiros, acabaram se internacionalizando e sendo produzidos em outros países. E esse não é o caso do Sedan da geração seguinte.
Tal qual os antecessores, ele também é obra da subsidiária local, mas acabou ganhando menor projeção no exterior. Isso porque a GM já estava regionalizando parte dos projetos, principalmente nos ditos mercados emergentes. Ao menos os consumidores brasileiros puderam adquirir os carros dessa safra da gama Corsa ao longo de uma década, entre 2002 e 2012.
Precursora da linha de picapes compactas da Chevrolet, a Chevy 500, tal qual as sucessoras, exibe projeto com origem e destino no Brasil. Derivada do Chevette, a caminhonete chegou ao mercado no início da década de 80, quase ao mesmo tempo que a Volkswagen Saveiro e a Ford Pampa.
Embora o projeto que originou o Chevette tenha chegado a quase todos os mercados em que a GM atua, inclusive à América do Norte, a Chevy 500 ficou restrita a pouquíssimos países. Por aqui, a picape foi o último integrante da gama a sair de linha, em 1995.
A Volkswagen vendeu o Santana em diversos mercados. Porém, a carroceria de duas portas foi criada nacionalmente, para atender ao gosto local. Isso, porque nas décadas de 70 e 80, os consumidores brasileiros tinham um peculiar apreço por carros com esse tipo de carroceria.
A configuração de duas portas tinha tamanha participação no mercado que foi a primeira a estrear a grande reestilização que marcou a linha 1991. Porém, no início daquela década, a preferência dos compradores sofreu uma verdadeira reviravolta, e os carros de quatro portas tornaram-se os novos queridinhos. Assim, o Santana de duas portas saiu de linha em 1995.
Desde a segunda geração global, o Polo oferece a configuração sedã para determinados mercados. Porém, a carroceria de três volumes da quarta safra mundial (a segunda local) é a que tem tudo a ver com o país: foi criada pelos departamentos brasileiros da Volkswagen, em uma época na qual os segmentos de carros compactos estavam em expansão.
Tanto o Polo Sedan quanto o hatch permaneceram em produção até 2015. Após um breve hiato, a gama retornou ao mercado em 2017, já em nova geração. Entretanto, a configuração três volumes tornou-se um modelo próprio, inclusive com distância entre-eixos ampliada: no caso, o Virtus.
Em comparação ao similar europeu, o Tempra nacional apresenta inúmeras distinções: inclusive na plataforma, “herdada” do Fiat Regatta argentino, que permitiu a instalação de um conjunto traseiro de suspensão independente, do tipo McPherson. Mas a exclusividade que mais chama a atenção é a carroceria de duas portas, inexistente em qualquer outro lugar.
Para o azar da Fiat, o Tempra de duas portas chegou ao mercado em uma espécie de momento de transição, no qual os brasileiros começavam a preferir os carros de quatro portas. Assim, essa configuração foi bastante efêmera: existiu apenas entre 1992 e 1994. Já o sedã médio da marca italiana teve bons resultados comerciais e durou até 1998.
O caso do sedã linha Fiesta é curioso: ele surgiu quando o hatch estava na quarta geração, visando, em especial, os países asiáticos. Por lá, ele se chamava Ikon. No Brasil, esse modelo até chegou a ser vendido, com o nome de Fiesta mesmo, mas por pouco tempo, via importação.
Quando a gama chegou à safra seguinte, contudo, a situação se inverteu, e o três-volumes foi desenvolvido com foco no mercado nacional. O projeto acabou chegando a poucos outros países, quase todos na América Latina. Enquanto isso, o Ikon prosseguiu na Ásia e na África com um design próprio. No Brasil, essa geração do Fiesta foi produzida entre 2003 e 2014.
Em 2010, dois anos após reestilizar a gama 206 e passar a chamá-la de 207, a Peugeot lançou uma picape no país: a Hoggar. O objetivo era entrar no segmento de picapes compactas, então em alta junto aos consumidores brasileiros, utilizando a gama local de carros como base.
A picape foi o último integrante da gama a ser desenvolvido em âmbito global e mirava especificamente o mercado nacional, embora tenha sido vendida em outros países sul-americanos. Mas o tiro saiu pela culatra, e a Hoggar se revelou um fracasso comercial. A produção, iniciada em 2010, chegou ao fim já em 2014. O design, com grandes faróis e lanternas, além da dianteira pontuda, é geralmente apontado como o grande vilão.
A Dodge D100 é um dos carros brasileiros mais obscuros já fabricados: estudiosos estimam que a produção no país somou apenas 2.160 unidades. Desse total, a maioria tinha cabine simples. Mas existiu também uma versão com cabine dupla, criada para o mercado local: ao contrário da similar estadunidense, tinha apenas duas portas e não exibia aumento de entre-eixos.
Quando a subsidiária brasileira da Chrysler encerrou as atividades, em 1981, após ter sido adquirida pela Volkswagen, a picape D100 já havia saído de linha. Todavia, a linha de caminhões serviu de base para os similares da marca alemã.
Outra fabricante francesa de carros que apostou em uma picape para tentar agradar os brasileiros foi a Renault. O modelo em questão é a Oroch, baseada no Duster. Primeira caminhonete com porte entre as compactas e as médias, ela chegou ao mercado em 2015, meses antes da Fiat Toto, mas logo acabou ofuscada pela rival e segue como mera coadjuvante nesse segmento.
Curiosamente, a Oroch registra bons números de vendas em países como Argentina e Colômbia, para os quais é exportada a partir do Brasil. De qualquer modo, a picape segue à venda no mercado nacional e deve passar por uma atualização no ano que vem.
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |
Eu acho que o gol g2 não poderia faltar !!!
Gigante guerreiro !!!
NÃO ME LEMBRO DESSE GOL G2. PORÉM TIVE UM MODELO LS ANTES DO GOL BOLA, MOVIDO A ALCOOL, CARBURADOR WEBER, MOTOR 1.6 AP, SUPER POSTENTE.PENA QUE SÓ TINHA ATÉ A QUARTA MARCHA A FRENTE. FAZIA EXATOS 7 QUILOMETROS COM 1 LITRO DE ALCOOL NA CIDADE, MESMO COM TRANSITO E EXSTOS 10 QUILÔMETROS COM 1 LITROS DE ALCOOL NA PISTA. SE TIVESSE A QUINTA MARCHA ERA MAIS ECONOMINOC. ERA UM SENHOR AUTOMÓVEL. O CHAMADO MOTOR DE PASSAT, NAQUELA ÉPOCA.
É GM Monza uns dos carros melhor que eu já tive conforto potência e segurança
Estou restaurando um ano 1990 duas portas
Monza foi primeiro carro mundial ele teve um custo de 8 bilhões de dólares valores da época, Monza pode se dizer que 100% DO projeto É novo plataforma nova e motor , novo ,carroceria nova,, suspensão NOVA parte do conjunto de freio projeto de 80 é o mesmo que usa nos carros da GM 2021 MONZA FOI O PIONEIRO NA GLOBALIZAÇAO AUTOMOTIVA
A Renault Duster deveria ter novamente no Brasil uma versão com tração integral 4 X 4, incluindo a picape Oroch, que tem uma versão assim exportada para a Argentina.
É um excelente carro, robusto e barato de manutenir. Tomara que o novo motor 1.3 turbo tenha a mesma robustez e durabilidade dom motor 1.6 japonês (Nissan).
A matéria relata carros que praticamente foram desenvolvidos e vendidos quase que apenas no Brasil, alguns em poucos países da América Latina, é o caso do Corsa Sedan. Mas alguns destes que vc citou chegaram a mais lugares, como Europa, Oceania e África.
No vídeo sobre os Monza faltou citar a belíssima e completa série hi tech
Estive na Inglaterra em 1980 e havia pick ups Vauxhaul (com carroceria fechada – tipo Fiorino) com base no modelo sedan (variante local do Chevette), assim a Chevy 500 não é exclusividade de brasileiros.
Sim existia uma furgoneta com nome Vauxhaul Chevanne, derivada do Chevette, mas não era uma picape, e nem era igual a Chevy. Várias marcas tinham esse tipo de utilitário na Europa, como a Fiat Fiorino, Ford Courier (que no BR também virou picape), Renault Express e etc. Até o Kadett de lá teve um derivado na forma de furgão.
A Vauxhall Chevanne era derivada da station wagon, a “nossa” Marajó, e não da picape.
Ainda podemos incluir na lista a Montana, Vectra 06, o Verona 2p, Courier, Royale 3 portas, Virtus, Oggi, Elba, Premio e Strada. Não sei se algum desses foi produzido no exterior.