Relembre 5 acessórios de caminhões que marcaram época nas rodovias brasileiras

Apenas para enfeitar ou com alguma função prática no dia-a-dia, esses equipamentos faziam a cabeça dos nossos trabalhadores das estradas

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Modelos clássico com os acessórios de época (Foto: AC Pianaro | Divulgação)
Por Érico Pimenta
Publicado em 12/06/2022 às 12h03
Atualizado em 19/10/2022 às 14h41

Se hoje muitos caminhoneiros preferem deixar o caminhão original ou investem em poucos acessórios, entre os anos 1970 e 1990, os “guerreiros das rodovias” investiam pesado em acessórios – e a Bepo se destacava. Vamos relembrar os acessórios de caminhões que se tornaram clássicos.

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1. Enfeite de capô

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Cisnes no capô: esses ai viajavam o Brasil todo

Os enfeites de capô eram acessórios para caminhões tradicionalmente encontrados nos modelos da Mercedes série L e também nos Scania, também da série L (L55, L75. L101, L110 e L111S). Muitas vezes eram réplicas de cisnes cromados para dar um ‘charme’ a mais no modelo. Atualmente, ainda se encontra o cisne para vender em lojas de acessórios para caminhões de forma online.

Nos Estados Unidos, a montadora Mack sempre manteve um Bulldog no capô de seus caminhões, e essa tradição se segue, e quando um Mack Anthem, modelo pesado da montadora, tem um bulldog dourado no capô quer dizer que o motor é fabricado pela própria Mack. Quando o bulldog é prata, indica um motor de um outro fornecedor equipa o modelo.

2. Calotas Bepo

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Calotas e faixas brancas completam o charme do modelo

Antes das rodas de alumínio, os caminhoneiros colocavam calotas cromadas nas rodas, e nesse quesito a variedade é grande. No eixo dianteiro, era mais comum uma calota que tampava a roda como um todo e claro acompanhado da faixa branca no pneu. Nos eixos traseiros a calota de 3, 4, 5 ou até mesmo 6 pontas eram as mais comuns.

Com o passar do tempo, as calotas traseiras sempre vêm acompanhadas pelo rodoar, sistema que deixava o pneu calibrado na pressão certa automaticamente. No final com o passar dos anos, e a popularização das rodas de alumínio, as calotas foram perdendo espaço.

3. Para-choque Argentino

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Para-choque argentino estendia o tamanho do parachoque original do modelo

Para serem homologados, os caminhões, antigamente, tinham para-choques altos como o Scania L110 por exemplo. Devido a isso, era adotada uma extensão do para-choque. Assim, talvez como forma de esconder, os caminhoneiros usavam para-choques extra cromados.

Esses eram os para-choques argentinos, que tinham vários modelos e com isso a sua popularidade era grande além do charme a mais que dava ao pesado.

4. Balizas

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Baliza de metal cromada, acessório que auxilia o caminhoneiro no seu dia-a-dia

Você já deve ter notado que alguns caminhões com capô tinha uma espécie antena de cada lado, pequenas e geralmente com a ponta branca: isso era chamado de “baliza” que ajudava o caminhoneiro em seu dia-a-dia, ao dirigir, e servia como uma espécie de sinalização da “largura” do caminhão.

Como alguns modelos não tinham esse item de série, ele se popularizou no mercado de acessórios de caminhão. Muitas vezes, o que já vinham com equipamento de fábrica, era comum que as balizas fossem trocadas por outras cromadas – a ideia, claro, era deixar diferente.

5. Enfeite da antena de PX

boneca antena
Algumas versões da boneca vinha com topless

Um rádio PX – ou Serviço Rádio Cidadão como é tecnicamente conhecido -, é um rádio que os  caminhoneiros usam para se comunicarem e passar algumas informações sobre estradas (e outros assuntos). Para ter um bom alcance, os caminhoneiros colocam longas antenas e as enfeitam: entre os ornamentos está a bolinha de tênis é a boneca loira de biquíni.

Ainda vale lembrar que para usar o rádio PX, o caminhoneiro tem que ter uma carteirinha de radioamador junto a  ANATEL de forma gratuita. A carteirinha pode ser tirada pelo link a seguir: https://sistemas.anatel.gov.br/se/

Bônus: boneco da Michelin, o Bibendum

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Bonecos da Michelin, um companheiro dos caminhoneiros

Uma das ações mais famosas e que, ainda hoje é comum encontrar, é o famoso Boneco da Michelin (o Bibendum). Ele foi desenhado pelo francês O’Galop e ainda é encontrado em alguns caminhões – geralmente sentadinho no retrovisor -, mesmo que esse não use pneus da marca.

Na Europa o modelo pode ser encontrado junto aos faróis extras instalados no teto do caminhão, e muitos ainda contam com iluminação própria.

Os caminhões antigos têm o seu charme, e os acessórios complementavam toda a beleza e hoje em dia isso se perdeu um pouco. Na Europa o estilo “Old School” tenta resgatar um pouco disso, mas isso fica para um futuro texto.

Fotos: AC Pianaro | Divulgação

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6 Comentários
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Marcio 14 de junho de 2022

Hoje tudo é proibido e tudo o que não for original é multa

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Amauri Jr 14 de junho de 2022

Trazia elegância charme personalidade de cada dono de seu caminho. Muito bacana vermos esses antigos caminhões preservados Brasil a fora.

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Nildo 14 de junho de 2022

Muito bacana os acessórios, hoje em dia por causa dos excessos de alguns a maioria paga a conta. Até uma simples capa de porca vira motivo pra multas.

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Santiago Artur Wessner 13 de junho de 2022

Isso sim que é personalizar o caminhão, de verdade!!!
São ideias muito bacanas que tornam cada caminhão “único”, além de manter a sua estrutura original e prezar a segurança de todos.
E sem apelar pra aquela bizarrice de erguer traseira e abrir escapamento.

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HELENO DE ALMEIDA PINTO 13 de junho de 2022

Parabéns sr. Claude Fondeville. Legal ouvir direto da fonte a origem da coisa.

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Claude Fondeville 12 de junho de 2022

Boneco Michelin que lancei nos anos 80 quando trabalhava na área de marketing da Michelin. Fabricado pela TROL foi uma cópia que eu trousse da matriz (Clermont Ferrand). Os primeiros que coloquei foram na festa do Caminhoneiro em São Marcos (RS) com meu colega Carlos Roberto.

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