Conheça os 5 caminhões bicudos que fizeram história no Brasil
Caminhões bicudos são mais charmosos que os modelos "cara chata" e chamam atenção quando passam pelas rodovias brasileiras
Caminhões bicudos são mais charmosos que os modelos "cara chata" e chamam atenção quando passam pelas rodovias brasileiras
Aqui no Auto Papo já falei dos caminhões clássicos do Brasil e recentemente comentei sobre o que está por trás do “sumiço” dos modelos bicudos em nosso mercado. Agora, vamos relembrar quais modelos marcaram o seu nome na história dos caminhões. Bom, antes de mais nada, vale lembrar que essa lista demonstra um ponto de vista pessoal, então se você sentir falta de algum bicudo, comente ai.
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Os caminhões da Scania Série 3 chegaram ao Brasil em 1991 com os modelos T (bicudos) e R (cara-chata). Naquela época, os cavalos entregavam potência de 450 cv, o que fazia dos Série 3, os caminhões de maior potência do mercado brasileiro. Com o passar dos anos, o sucesso da Série 3, incuindo o T113H.
O 113 ficou em produção até 1998 quando foi substituído pela então Série 4. Ironicamente ou não, o Scania Série 3 nunca teve uma série especial ou limitada no mercado brasileiro. No total, o 113 vendeu 26.731 unidades de 1991 a 1998.
Outro bicudo dos anos 1990 que fez grande sucesso foi Volvo EDC (que na verdade era uma atualização da linha NL). O EDC sigla para Electronic Diesel Control chegou ao mercado equipado com motores de 320, 360 e 410 cv. Em 1997, o EDC recebeu uma série limitada com 50 unidades na cor dourada, essa que celebrava os 20 anos da Volvo no Brasil.
Outro diferencial do Volvo EDC era a sua cabine, que tinha um teto alto e oferecia mais espaço para o motorista. Hoje é comum os caminhões terem versões teto alto, mas há 30 anos era mais difícil. Era um conforto a mais para poucos.
Em uma aposta no segmento de “extrapesados” (como ela mesmo gosta de chamar), a Mercedes-Benz apresentou em 1975 o motor OM352. Ele tinha opção de turbo carregamento e com isso produzida 156 cv a 2.800 rpm. Esses modelos de caminhões bicudos reinavam no segmento de cavalo mecânico para carretas de dois eixos.
No entanto, visando ampliar seu mercado mercado, a Mercedes utilizou a mesma cabine nos modelos 1525, 1924, 1925, 1929, 1932, 1933 e também no 1934. Eles eram equipados com o já conhecido motor OM355 com cinco ou seis cilindros, aspiração natural, turbo carregado ou turbo pós-arrefecido.
O 1934 era equipado com motor OM-355/6 LA com 340 cv a 2.000 rpm e 148 kgfm a 1.300 rpm. A Caixa era uma ZF 16S 130 com 8 velocidades (4+4) com as reduzidas. O modelo foi apelidado de “Terezona” e não me pergunte o motivo. O caminhão recebeu uma versão com carenagem e era simplesmente lindo e chamava atenção por onde passava. Isso numa época que não existiam internet e muito menos redes sociais, para eternizar o momento que um desses parava ao seu lado num posto de estrada. Deveria ser algo espetacular.
A série F da Ford fez história no nosso mercado, mas em especial, vamos falar do F8500. Em outubro de 1977 a Ford trazia algumas novidades para a linha de 1978, entre elas chegavam os novos F7000, F8000 e por fim o nosso astro, o F8500, caminhão bicudo que contava com caixa manual de cinco velocidade e o motor Detroit 6V53 de 202 cv e 61 kgfm a 1.800 rpm.
Mesmo sendo o primeiro cavalo mecânico da Ford no Brasil, o modelo não se saiu bem. O responsável era o seu motor Detroit que não agradou aos frotistas e derrubou suas vendas. Na verdade, o motor era tão afamado, que nenhum caminhão equipado com ele vendia bem. Apesar disso, ele deixou a sua marca por ser o primeiro cavalo mecânico da montadora. Ele também é conhecido por ter iniciado a trajetória da Ford no segmento de caminhões, que teve bom desempenho até ela abandonar o segmento no Brasil.
Desenvolvido nos anos 1990, o Powerstar era uma continuidade da linha ANW, modelos bicudos desenvolvidos conjunto com a Magirus e oferecido para aplicações específicas até o início dos anos 1990. Curiosamente, apesar do ANW ter tido melhor desempenho no mercado europeu, o Powerstar nasceu com um time de engenharia da Austrália com ajuda da Iveco Argentina.
A filial hermana era responsável pelo mercado latino. Com o desenvolvimento usando como base o EuroTech 450E37, o modelo só chegou ao Brasil nos anos 2000, e em poucas unidades. Na verdade, acredita-se que apenas 121 unidades foram destinadas ao mercado nacional.
Então, como um caminhão desconhecido desse pode ter marcado a história dos bicudos no Brasil? Bom de certa forma, a sua exclusividade em si já é um marco. Naquela época a Iveco estava em crescimento no Brasil e ganhando popularidade. E o seu modelo bicudo (que particularmente não era tão charmoso como os seus concorrentes da época, como Mercedes-Benz 1935, Scania série 4 ou Volvo NH) chamava bastante atenção por onde passava. Além disso, digamos que ele ficou bem mais conhecido após sua morte. Apesar de ser raro, estranhamente é possível encontrar unidades em plataformas de classificados.
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Faltou volvo NH, Mercedes 1935, 1938. Scania 111, 112
Faltou volvo NH, Mercedes 1935, 1938. Scania 112.
Érico, o caminhão que revolucionou, de verdade, foi o série 2 da Scania. A Cabine e visibilidade eram muito melhor que os rivais da época. Tanto que começaram a chamar os caminhões Volvo de “devolvo”.
MB 1620 foi o bicudo mais lendário do brasil
Bc focou so o 113 da scania, mas havia antes o 111, que tinha o apelido de macarico.
Na verdade, era conhecido mesmo como jacaré…
Puxão de orelha no Pimenta.
Onde se viu escrever um artigo como este e não explicar o significado de “Terezona”?
Tu bem sabe que eu sei. O que tu não queres é explicar :-).
Ford F 8500 – A foto mais bela de todos os caminhões brasileiros em todos os tempos.
E o jacaré? Onde fica na lista?