Boa ideia, má execução: falhas de engenharia criaram 5 carros bombas
Desenvolvidos no exterior, esses modelos traziam novas tecnologias, mas pagaram o preço do pioneirismo com falhas
Desenvolvidos no exterior, esses modelos traziam novas tecnologias, mas pagaram o preço do pioneirismo com falhas
Os chamados carros bomba não são exclusividade do Brasil: em diferentes países, fabricantes já lançaram carros que se tornaram célebres devido aos problemas. E o mais curioso é que certas falhas decorreram de ideias que, em tese, eram boas: o caso é que elas não foram executadas do modo apropriado, ou não tiveram o devido desenvolvimento.
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O listão de hoje é justamente sobre eles: enumeramos 5 carros que tinham tudo para inovar, mas acabaram se tornando bombas. Alguns deles são obra de fabricantes renomados. Confira!
Já ouviu falar em sistema de desativação de cilindros? A ideia consiste manter parte dos pistões do motor fora de operação em situações nas quais não há demanda por potência (em marcha lenta, por exemplo); quando o motorista acelera mais forte, tudo volta a funcionar. Trata-se de uma tecnologia adotada, hoje, por diferentes fabricantes, em especial em motores de grande capacidade cúbica.
A primazia desse sistema coube à Cadillac, com o nome de V8-6-4: o motor podia desativar dois ou quatro dos oito cilindros, com o objetivo de economizar combustível. A novidade chegou aos modelos Eldorado, Deville e Fleetwood da linha 1981 (sim, exatos 40 anos atrás). Porém, esses carros tornaram-se verdadeiras bombas.
O problema é que o sistema dependia (e ainda depende) de eletrônica para funcionar. E, na década de 80, esse tipo de tecnologia engatinhava: o microprocessador simplesmente não conseguia gerenciar a desativação dos cilindros a contento. O V8-6-4 despertou a ira dos proprietários e permaneceu em produção por apenas um ano.
Esse sistema é mais antigo do que você imagina: o primeiro fabricante a oferecê-lo foi a Chrysler, para a linha 1958. Na década de 1950 já existiam sistemas mecânicos de injeção de combustível, mas a marca estadunidense foi a pioneira na utilização do gerenciamento eletrônico.
A Chrysler utilizava tecnologia da empresa Bendix, que havia desenvolvido o sistema eletrônico para motores aeronáuticos. Era complexo: a aplicação aos carros demandava a utilização de distribuidores e bombas de combustível. Por isso mesmo, o preço era elevado, o que fez o fabricante disponibilizá-lo como opcional em um motor V8 5.9, que equipava modelos das linhas De Soto, Dodge e Plymouth.
Consta que a demanda foi mínima, e o sistema equipou menos de 100 carros. Para piorar, os poucos que optaram pela injeção eletrônica sofreram com problemas de funcionamento: assim como a Cadillac, a Chrysler derrapou nas limitações tecnológicas da época e na falta de desenvolvimento. Muitos proprietários substituíram a inovação pelos tradicionais carburadores.
Atualmente extinta, a alemã NSU, cujas iniciais significam Neckarsulm Strickmaschinen Union (algo como Fábrica de Máquinas de Costura de Neckarsulm, uma vez que a empresa iniciou as atividades produzindo equipamentos têxteis), lançou em 1967 o Ro 80, um sofisticado e avançado sedã. Mas a maior inovação do modelo acabaria se tornando um pesadelo: o motor do tipo Wankel.
Nesse tipo bastante incomum de motor, não há cilindros, e sim rotores. Em relação à mecânica convencional, com pistões, o projeto Wankel tem como principais vantagens a leveza e o porte compacto. O problema é que a unidade que equipava o NSU Ro 80 não foi bem desenvolvida e apresentava baixa durabilidade, devido a problemas de vedação.
Alguns carros precisaram de retífica antes dos 50 mil quilômetros e não escaparam do inglório rótulo de bombas. Consequentemente, o Ro 80, que tinha projeto muito à frente de seu tempo e chegou até a ganhar o título de Carro Europeu do Ano em 1968, acabou sendo um retumbante fracasso. Anos depois, a Mazda equiparia o famoso esportivo RX-7 com motores Wankel potentes e confiáveis.
O Aston Martin Lagonda é um dos produtos mais ousados da indústria automobilística. O design divide opiniões, mas não dá para negar que ele marcou época. Um dos atrativos era o interior com aspecto futurista: por dentro, o modelo parecia ainda mais singular que por fora. E era justamente aí que residiam os problemas.
Lançado em 1975, o Lagonda estreou tecnologias como painel digital e teclas de acionamento elétrico. Muito interessante, só que nada disso funcionava bem: alguns proprietários chegaram a dizer que era impossível dirigir o veículo, pois panes deixavam vários instrumentos e comandos do painel inoperantes.
No fim das contas, a Aston Martin produziu apenas 645 unidades do Lagonda. É verdade que o fabricante minimizou os problemas com o passar do tempo, mas os primeiros carros, em especial, eram verdadeiras bombas. É o preço do pioneirismo no uso de tecnologias que, hoje, são absolutamente comuns.
O caso do De Lorean DMC 12 é um dos mais curiosos de toda a indústria automobilística. Quando novo, o esportivo fracassou em vendas e sofreu críticas devido ao desempenho abaixo das expectativas e a problemas de qualidade. Porém, acabou virando ícone pop graças à participação na franquia De Volta Para o Fururo.
Quando o primeiro filme da trilogia estreou, em 1985, a DMC (De Lorean Motor Company), de origem estadunidense mas com fábrica na Irlanda do Norte, já havia fechado as portas há três anos. A produção do DMC 12 foi apenas de 1981 a 1982; porém, é inegável que o projeto era inovador. Uma das peculiaridades do esportivo era a carroceria em aço inox, sem pintura. E justamente ela acabou se mostrando problemática.
Os proprietários reclamavam da dificuldade para limpar as chapas, processo que exigia uma palha de aço apropriada. Ademais, os painéis da carroceria custavam certa de oito vezes mais que as similares comuns. O objetivo da De Lorean era impedir a corrosão, mas os processos produtivos logo tornaram os demais automóveis bastante resistentes a esse fenômeno.
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Esse e um site jornalístico. O mínimo que ese espera e a utilização correta da língua portuguesa. Quem nasce nos Estados Unidos da América (USA=United State of America) pode ser estadunidense ou americano ou norte-americano. Isso é o que dizem alguns dicionários. O adjetivo estadunidense na prática não funciona. As duas formas mais usadas são americano e norte-americano.
Na verdade o DMC 12 era feito de fibra de vidro e no lugar da pintura ele era revestido com chapas de aço inox como acabamento.
Ruim mesmo é o incendiário Vectra, alvo de inúmeros processos judiciais. Procurem no Google. Chevrolet é sinônimo de bomba, sempre. Onix.. outro incendiário.
Concordo com vc
Faltou os cincos piores carros brasileiros
No GTA v ele deu certo Deluxo kkkk
O DeLorean era uma proposta até que boa, mas até pra fazer uma coisa simples eles não pensaram direito, que é trabalhar com o aço inox, é simplesmente a mesma coisa de confeccionar talheres que usamos em nossas casas, mas eles nem neste trâmite pensaram, pois desta forma era como limpar uma louça suja com uma esponja e ponto final, e daí se tem um carro pelo resto da vida, mas nem assim eles tiveram o cuidado de trabalhar o metal de uma forma muito comum como um talher.
Faltou o marea
Marea nunca foi um carro ruim, pelo contrário, uma verdadeira obra de engenharia. Porém véículos de manutenção cara não servem para o Brasil. Desvalorizam, caem nas mãos de pobre metido a bacana, que nao faz manutenção direito.. aí já era.
Verdade, muito bom.
Falou tudo. Infelizmente a falta de capacitação dos mecânicos resultou no fracasso do carro mas se tratava de um dos mais potentes e avançados da sua época.
Tenho uma mulher aqui em casa que devia estar nesta lista!!!
Mais um erro,presente também em outros órgãos da imprensa escrita. Seguimento não é segmento. Seguimento é o ato de seguir alguma coisa, tendências por exemplo. Segmento significa o que o artigo queria informar, ou seja, refere-se a uma parte de um todo.
Tem erro no texto – cerca e não certa de 8 vezes 🙁
Gostaria de ter visto também os carros Tucker
Boa matéria. Peço gentileza encontrar uma igual dos 5 carros mais casca grossa (resilientes e duráveis) já fabricados. Do tipo que não quebram nunca e duram até depois de acabados. Vi uma matéria no youtube de um Rolls Royce que ficou 70 anos parado em um galpão e cagado de galinhas, deram uma limpada geral, trocaram a fiação comida de ratos e os fluidos do motor e ele funcionou novamente. Outro foi um senhorzinho americano que dirigiu o MESMO Rolls Royce por 82 anos e único dono. Quando ele morreu a família doou o carro para um museu na cidade.
Muito show
Tantas bombas nacionais, os vovôs escolhem carros que nunca se viu no Brasil. Quero ver falar dos carros daqui, dos Renault, Fiat, VW, Peugeot… Isso sim seria interessante! Mas, esperar o quê deles, né?
Sobre esses carros nacionais não é necessário comentar pois eles foram analisados em dezenas de artigos e não säo novidade para brasileiros.
O DeLorean é tão problemático que fãs e alguns milionários desfilam constantemente com ele pelas ruas mundo afora e atraindo olhares encantados de todos.
Depois do sucesso no cinema.
Bombas atuais: câmbio powershift da Ford, motor ea111 da vw, onix q pega fogo( história antiga.. ) bombarok, câmbio al4 Renault, Peugeot, Citroen TB bombas(vamos ver se com a stelliantis melhora), a Renault TB com suas concessionárias bombas. Boris, dá um a atualizada pois estamos em 2021.
Pois é manutenção preventiva ninguém faz e pecas só compram no paralelo sem nenhum controle de qualidade depois reclama do fabricante. Ufa desisto.
Meu pai trabalhou em montadora de carros e dizia “nunca compre um veículo que acabou de ser lançado no mercado”.
O que acho engracado e que todo cara que nao sabe trocar nem vela de carro diz que carro a ou b nao presta.
Eu sempre gostei de carros da fiat principalmente os de luxo de zuas epocas …como tempra .marea .linea .
Sao carros excelentes marea mesmo tive 4 otimos.so temos que lembra que ezte tipo de carro nao e pra pobre …. nao guenta meia sola nem jeitinho .nao e uma conducao como fusca.gol.chevette.uno
Tem.que da manuntecao certa.
E igual aos bobos que comprm carro a diesel .coisa utrapassada com vida ultil marcada pra morrer .
Caro pra compra .caro pra manter .
Caro pra posuir .
E todo otario fala mais e economico
Kkkk se eu tenho dinheuro pra compra uma camionete vo preoculpa com consumo .
Tem dinheiro mas não tem cultura, deveria pelo menos saber escrever corretamente.
Aproveita que tem dinheiro e vai se alfabetizar. Não dá nem para entender o que escreveu.
Tá roncando de patrão mas não sabe escrever. VT nesse rabicó…
Sabe nem digitar, quer entender de carros ?.
A carroceria desse carro era de alumínio.
Achei que encontraria o AMAROK na lista. Os primeiros modelos foram uma verdadeira bomba. Até foi apelidado de BOMBAROK.
Essa matéria não é mais novidade, somente para público jovem que não costuma ler esse tipo de conteúdo. Espero matéria com novidades de verdade. Desde já agradeço!
Deixa de ser chato, porr4.
Tudo em termos de ciências e tecnologia vão dando frutos cada vez melhores.
E a Mercedes-Benz S-600 V-12? Em 1995 lançaram essa obra de MARTE . O V-12 nada mais era que 2 motores 6 cilindros Unidos de forma que as velas ficassem p/cima e coletores abaixo. Era uma filarmônica popular: UM CONCERTO EM CADA ESQUINA. A MB tentou arrumar o desesperado erro de projeto até perto do Século21, nunca conseguiu. O carro tem 4 portas e 4 luxuosas poltronas. Pode ser usado como sala, viajar dentro dele em cima de um caminhão ou ser uma âncora se você tiver um yate muito grande. Das muitas que via rodando na década de 90 … só sei de uma q foi doada ao Orfanato São Judas Tadeu e ninguém conseguia fazer ela funcionar.
Por que não colocaram o Buick com câmbio dynaflow? Afinal é o pai do famigerado CVT…. que só dá lucro às montadoras. Marea foi esquecido na lista (me livrei do meu logo após tirar da agência) E o Mercedes Wenkel C-111?Nunca existiu(alguém tem pelo menos foto do carro c/motor?)e o fatídico MB S300 asa de gaivota. Se capotasse o ocupante morria e sua injeção direta não funcionava. Por isso todos q sobraram tem baixíssima quilometragem.
Meu pai teve um Buick Special Dynaflow comprado 0km entre 1951 e 1958 e nunca deu problemas.Rodou mais de 150.000 km. Ele nunca reclamou. Custava menos do que um Chevrolet.
Eu tive um Civic 1.8 com câmbio automático convencional de 5 marchas. Hoje tenho um HR-V 1.8 CVT e sinto saudades do câmbio antigo
Eu também saí do civic e fui pra hrv. Porém fosto mais do cvt.
Até que nosso Fiat Marea não é tão ruim né?
Marea eram bons até os 10 mil kms depois eram lixos
Marea Turbo era bomba chiando ..
Tentam ! Mas longe do ideal. Imaginavamos chegar ao ano 2000 com carros voadores, pneus seriam coisa do passado, mas nem nos elétricos ainda estamos, carros de Fórmula 1 ainda usam espelhos convencionais.
Bem pensado. Kkkkkkk
O sucesso no emprego da eletrônica embarcada em veículos em seus primórdios não dependia apenas de um projeto bem elaborado, mas sim de um projeto com um bom plano de qualificação e produção, passando por uma boa escolha de componentes e fornecedores. Por exemplo, um dos primeiros microprocessadores desenvolvidos e produzidos, da linha 4004, foram empregados em aviões militares desde o início dos anos 70, com alto nível de industrialização, e alguns desses projetos estão operando mundo afora até os dias de hoje, com baixíssimo número de falhas.
E o Fiat Marea não deveria entrar nesta lista?
Mas convenhamos que a Fiat recomendar a troca de óleo a cada 20.000 km foi um erro, pois a gasolina brasileira na época não se comparava a europeia. E ainda sempre teve posto que vende combustível batizado.
Me diz aí hoje em dia qual carro a gasolina no Brasil se recomenda trocar o óleo a cada 20.000 km? Pra quem não sabe o que gasolina batizada faz, vejam o que é borra de óleo, ela se forma por dois motivos: gasolina batizada por solventes ou passar do prazo de troca de óleo.
Não há nenhuma montadora que recomende um intervalo tão grande para troca de óleo mas…. Alguns carros rodam tranquilamente esse tempo sem dar pau.
Trabalhei em uma importadora de frutas e tinha muitos carreteiros Argentinos que transportava frutas da Argentina e relatavam que na Argentina não se trocava o óleo do motor eles adicionaram um produto no carter dos caminhões e nunca trocavam o óleo do motor(verdade/mentira?)
Difícil de saber se os argentinos estão mentindo. Não tenho conhecimento sobre manutenção de caminhões e desconheço esse fato de não trocar o óleo adicionando apenas um produto ao cárter. No entanto, em se tratando de carros pequenos e a gasolina, a troca de óleo do motor é muito barata (menos que meio tanque de gasolina) e não vale a pena ficar testando soluções diferentes das instruções do manual do proprietário.
Só sei que tenho um Chevrolata desde 0km, troco óleo a cada 5.000km, troco filtro, troco tudo na concessionária e mesmo assim a birosca me começa a bater tucho quando tá frio. A concessionária fala que é assim mesmo, que é normal. Tá bom que é normal…vou te falar viu. Mudar pra carro que usa tucho mecânico, Honda não deve ter isso nunca.
Não, porque aqui é bomba convencional, o Merea é bomba atômica!!!KKKKKK
Não, pois o defeito nunca foi de projeto ou de execução, mas sim problema na hora da manutenção.
Quem deveria estar nesta lista são os brasileiros, povo do jeitinho que não faz manutenção em seus veículos e ficam culpando os fabricantes!!!!!
o tipo tbm, lembra q pegava fogo kkkk